Leia sempre, a leitura transforma.

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Sabia que você pode adotar um leitor com seu Imposto de Renda?



Sim, você pode financiar a formação de um jovem leitor apoiando o projeto Oficina de Leitura e Escrita Palavra Mágica, destinando ao
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente um percentual do seu IR devido.

E custa só R$ 80,00 por mês (R$ 960,00 por ano) do seu Imposto de Renda.

A Oficina de Leitura e Escrita Palavra Mágica é constituída por cursos gratuitos de formação para adolescentes da periferia, nos quais eles aprendem, durante um ano inteiro, a escrever melhor, ler bons livros e a criar e exercer uma consciência cidadã, crítica e participativa, criando, assim, novas perspectivas para seu futuro pessoal e profissional, para suas famílias e a comunidade.

Uma tecnologia social experimentada e certificada há mais de 10 anos. Acompanhe os resultados do seu investimento social pelo nosso site e no Facebook.

2 passos para investir na formação de um leitor com seu Imposto de Renda:

1-  Calcule o valor que deseja doar. O limite é entre 4% e 6% do IR devido para destinação até 30.12.2015.

Dica: tenha como base o montante pago nos últimos anos e, então, faça a estimativa do imposto devido e do valor que deseja doar (se preferir, utilize o simulador da Receita Federal, que é bem simples).

2-   Acesse o site do Conselho Municipal da Criança do Adolescente e emita sua Guia, que deverá ser paga até 30.12.2015; depois, entregue ao seu contador para dedução. Não esqueça de selecionar, no campo Sensibilizado por, a Fundação Palavra Mágica.

Em caso de dúvidas, escreva para fundacao@palavramagica.org.br ou telefone para (16) 3610-0204.

Conheça a Fundação Palavra Mágica e veja o que fazemos para ajudar a construir cidades e um país com mais leitores e cidadãos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

EXTRA! EXTRA! PROCURA-SE O ESPÍRITO DO NATAL: URGENTE!

Publicado em Sociedade por Cátia Rodrigues

Recompensa-se com Alegria, Amor e Paz no coração!



2015 não foi um dos melhores anos para o Planeta. Conflitos políticos, crise econômica, terrorismo exacerbado, desrespeito à vida e à natureza, tragédias naturais. As constelações astrais não devem ter sido favoráveis para o Planeta Terra. Mas o mundo continua girando, a vida vai se reinventando e a gente... bem, a gente vai suportando, se virando como dá. Mas não é porque o ano foi terrível que a gente esquece o sentido das coisas e da vida. Até parece que o Grinch tá solto esse ano! Poucas luzes na cidade, pouco enfeite nas casas, pouca generosidade nos corações. Até aquelas musiquinhas de natal deram lugar ao Funk Batidão nas lojas populares de rua. Apesar da crise, parece que o Natal se reduziu este ano ao consumismo vazio de significado e de sentimentos, restando apenas as aparências – quando restaram. Cheguei a ver um pretenso Papai Noel flertando com a mãe de uma criança, sem barba branca e menos ainda cara de bom velhinho.

Se todo mundo ama o Natal na infância, se esperávamos ansiosos pelo velhinho arquétipo de bondade e fartura, o que acontece na vida adulta que reduzimos a data a consumir desenfreadamente, seja comida, bebida ou bens de consumo fúteis e inúteis? A meu ver, esvaziamos o sentido e o significado do Natal. Deixamos de celebrar seus valores e de viver sua espiritualidade (independente de religiosidade). Passamos a concentrar mais energia no presente e em seus papéis de embrulho, e esquecemos a presença das relações humanas. Trocamos o conteúdo pelo contorno vazio.

Antes do Cristianismo, a data já comemorada pelos berços das culturas ocidentais, Grécia e Roma, celebrava o Solstício de Inverno no hemisfério norte, o início do inverno ali. Tempo de fechamento, de revisão, de gratidão pelos frutos colhidos na produção daquele ciclo que se encerrava. E, por isso, banqueteavam, celebravam a igualdade, confraternizavam. Saturnália era o nome da festa, muito popular no Império Romano no século IV, quando o Cristianismo torna-se a religião oficial do Império. Pouco a pouco, a data do nascimento da figura central do Cristianismo, Jesus, comemorada até então em 6 de Janeiro, acaba sendo conjugada com 25 de Dezembro, já tradicional na cultura Romana. E somam-se os sentidos espirituais à data: se, por um lado se tem gratidão pelo ano, por outro celebra-se o nascimento da esperança e do amor salvador da humanidade.

A meu ver, independente das verdades bíblicas ou históricas, é imperativo que 17 séculos de celebração natalina no ocidente consolida a data, por bem e tradição, como uma reavaliação da vida, dos nossos relacionamentos e atitudes, como tempo de perdão, reconciliação, alegria, amor e paz para as pessoas, para os povos, e para as crianças. O que me assusta é como que em tão pouco tempo, entre o século XX e XXI, a data se tornou tão vazia, tão cheia de exageros alimentares e alcóolicos, competitiva e meramente consumista, onde o amor é caricaturizado com o clichê de meias de presente.

Seja quem for sua família, numa casa cheia de tias de seios e quadris fartos falando alto ou apenas com dois gatos que se aninham em seus pés, seja um grupo de amigos que formam uma liga estrangeira num lugar inóspito do mundo, ou seu amorzinho ao seu lado numa mesa com luz de velas, você pode recuperar o sentido dessa data. Não é preciso comprar presentes; é preciso estar presente. Ninguém se importa se você vai dar meias, mas se seus abraços podem ser sinceros e vibrarem energia calorosa. A gente não é suprassumo nem unanimidade para perder a paciência com aquelas mesmas perguntas indiscretas da avó ou as piadas manjadas do tio; dá pra rir, ser legal de verdade com eles. Afinal, amar é também acolher as diferenças. Dá pra encher o coração ao ver as crianças esperando o Velho Imaginário que as conhece todas. Mas, se não tiver crianças, dá pra praticar a generosidade com a prima invejosa, e nem contar que você emagreceu 5 quilos esse ano. Ou, só por esta data, sorrir pra cunhada e pro cunhado sem esperar que ele e ela possam ser legais (vendo por outro ângulo, você é a cunhada/o chato).

Esse é o Espírito de Natal, foragido por força do consumismo, excluído por força do nosso secularismo. Se você procurar com atenção, capaz de encontra-lo aí, nos galhos da árvore de Natal, entre as rabanadas que a avó fez, naquelas tradições bobinhas que repetimos todo ano. E, garanto, pra quem encontrar tem recompensa: livrar-se do cinismo e da amargura por um momento de ingenuidade e pureza, com alegria, paz e amor no coração.


CÁTIA RODRIGUES
Psicóloga, Professora Universitária, Pesquisadora da Essência Humana. Paradoxal desde o início, acredita que viver é sempre buscar ampliar horizontes.


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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Felicidade silenciosa

FELICIDADE

A felicidade é silenciosa
Quando vemos ela chegar
A cada momento sinto
Ela cada vez se despertar

A cada momento, a cada dia
Sinto-a através do ar
Eu chego a pensar a
Felicidade é obscura

O momento nos mostra
O dia, a vida, os momentos
Felizes que passamos
Por cada tempo ou cada dia

A felicidade é imensa
Por onde ela chega
Através de olhares
Felizes e silenciosos

Litiele  Turma 
202

O Salgado News desafiou os estudantes a falarem sobre a felicidade silenciosa. Este é o poema da Litiele que não foi publicado no jornal por motivo de falta de tempo hábil.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Salgado News 3ª Edição

Nesta sexta-feira chegou a 3ª Edição do Salgado News. A cada edição houve superação. Acreditamos que o trabalho colaborativo faz uma grande diferença. Foi um ano muito produtivo e de muito crescimento junto às turmas dos segundos anos do IEESF. Eles viram pela primeira os trabalhos de sala aula ultrapassarem os muros da escola.
Agradecemos em todas as edições a colaboração da professora Eliandra Gomes Marques que participou projeto trabalhando reportagens e entrevistas com as turmas. 
Abaixo você confere como ficou.

Estudante procure seu jornal com as professoras Denise e Eliandra.
No sábado pela manhã estaremos na escola.




quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Equipe Eleita

O IEE Salgado Filho tem nova Equipe a partir de Janeiro de 2016 eleita nesta terça-feira. O porcesso ocorreu durante todo o dia e no final da noite, após a apuração dos votos foi legitimada a eleição da Professora Roseli Martins e consequentemente sua Equipe.
Parabenizamos a equipe, desejamos um ótimo trabalho e sucesso no triêno 2016-2018.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Eleições no IEESF

Participe:


Dia: 15 de dezembro de 2015
Hora: Das 08h às 21h

Quem vota: Professores, Funcionários, Alunos a partir do 5º ano, ou maiores de 12 anos e Pais ou responsáveis por alunos menores de 18.

Exerça a democracia, participe!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Avaliação 3º Livro do Trimestre - 6º do Ano

O terceiro livro do trimestre, último e 6º do ano deverá conter além de comentários sobre a história, sua opinião pessoal sobre a leitura realizada e poderá ser apresentado nas seguintes versões:



1- Vídeo produzido pelo estudante com comentários pessoais sobre o livro


2- No Moodle da turma no Item Leituras Realizadas

3- Enviado para o e-mail da professora (denisemiletto@gmail.com).


4- Escrito, contendo as informações citadas acima e entregues para a professora.


5- Elaborar um post para o Blog Leitura100 - http://leitura100.blogspot.com.br/ (solicitar login e senha com a professora).



Um ótimo trabalho!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A Procura

Publicado em Recortes por Alexandre Bazenga

Há hoje uma procura incessante por algo que nem sabemos ser, se existe sequer, se já encontramos até, que nos faça afirmar sermos felizes.

Há anos alguém me disse que para sermos felizes, não me recordo se acrescentou "mais facilmente", um dos segredos seria não exigirmos demasiado da vida, no que queremos que nos faça felizes.

Quando hoje observo à minha volta, vejo uma mão cheia de gente, de amigos e conhecidos, felizes, aparentemente felizes, tornando-se difícil ir mais a fundo e confirmar a extensão das aparências. E vejo muito pouco mais do que essa mão, mesmo que cheia. Em ambiente profissional e laboral, durante anos e trocas de experiências e palavras sobre a satisfação, um ingrediente de felicidade humana, realização, outro, eventualmente mais determinante, ou sentido de sucesso mesmo, o que normalmente usamos para a classificação máxima de preenchimento da nossa escala pessoal de felicidade nesse âmbito, essas trocas de experiências trouxeram-me um registo estatístico de muita gente vivendo o seu trabalho por obrigação, e uma minoria com o prazer que ao Domingo à tarde não nos deixa na ansiedade da Segunda que aí vem.



Há na maioria das vidas que fui conhecendo um padrão comum de sensação de felicidade segura, no que às amizades toca. Quando tentamos confirmar a realização pessoal e a satisfação com a sua própria experiência humana, uma visão da felicidade muito cumprida por todos nós, refere-se ao grupo de amigos que temos. Dizemos, frequentemente, uns aos outros, que se há aspecto das nossas vidas onde nos sentimos em conforto, é com os amigos que temos. Costumo dizer que será porque não lhes exigimos nada e ainda porque lhes levamos apenas o nosso melhor, com a excepção do círculo mais próximo a quem levamos, uma vez por outra, os nossos problemas, também.

E, assim, voltamos ao grau de cumprimento de felicidade a que nos propomos. Como me dizia essa amiga há uns bons anos, se exigirmos pouco, tudo se torna mais fácil para nos sentirmos...realizados. O que, a mim, se me ofereceu logo a oportunidade de dois comentários. Que exigir pouco não seria um grande contentamento para a maioria de nós, habituados por formação, por cultura ou apenas por aspiração a uma procura bem mais longe e mais alto, nessa escala de cumprimento da nossa felicidade humana. Que realização era um dos componentes fundamentais desse sentimento tão humano, mas que a felicidade, como o amor, são aspectos e sentimentos, são circunstâncias e são sonhos pessoais tão difíceis de definir, de definir sobre nós mesmos, como de os sentirmos cumpridos. E a procura, parece ser eterna para alguns, porventura muitos, ou impossível de perceber, para outros, que terminou, que o caminho chegou ao fim e não devemos insistir mais nela.

Por esses anos, quando esta questão se colocou numa conversa interessante e animada entre amigos, ainda não era sentido o efeito das redes sociais. E refiro-o, apenas porque por vezes me parece que por elas se tem desenvolvido uma procura quase constante e incessante de novas amizades, provavelmente de novos relacionamentos, numa insatisfação permanente. A constatação vem mais do que tenho lido sobre isto, pois em geral ninguém confessa e assume ter conhecido alguém num Facebook, com quem possa ter ou ter tido um relacionamento mais do que que uma boa amizade. Costumo pensar e dizer que as redes sociais são locais, hoje, tão naturais para troca de conversas e desenvolvimento de amizades, ou de encontro de um amor, como antes o foram cafés e convívios entre amigos ou famílias. Mas confirmo, em todo o lado, em ruas e transportes públicos, em conversas com amigos, em conhecimento trocados que as redes servem hoje para uma espécie de procura sem fim, uma insistência em que o fim do caminho dessa procura nunca cesse. O contrário, precisamente, da sabedoria que nos leva a ter a perfeita noção de que a felicidade e a realização sentimental já chegou, um dia. A procura constante, num artigo aqui mesmo li, há umas semanas, não é um significante de felicidade em si mesma. No que tenho de dar razão ao que me dizia a tal amiga há uns anos, sobre a que altura queremos colocar a fasquia dessa felicidade tão perseguida por todos nós. Até pelos que dizem ter já desistido.

A procura em si é um caminho, ou muitos caminhos em simultâneo, e provavelmente a certeza de nos embrenharmos em tantos que nos perdemos em muitos. E o uso, hoje, de redes sociais para tal, é uma oportunidade para muita gente, de encontro de amigos e até de algum amor, mas um uso perverso, por ser, com frequência, para muita gente, bem mais procura, do que encontro. No que me parece ser importante saber dar uso, como na vida real e palpável, da mesma sensatez que queremos e sabemos ter em tudo o resto.

A procura importante será na percepção do que realmente queremos, e na percepção do que temos, ou do que podemos ter. A vida hoje, mudou e muito. As nossas possibilidades aumentaram, o mundo ficou mais pequeno. Mas a psicologia, a nossa, não mudou assim tanto. Ou nada.

ALEXANDRE BAZENGA
Português, Engenheiro Agrónomo, em Lisboa. Apaixonado irremediável e doentiamente por Livros e leituras, procurando a cura pela Escrita, num jorro de ideia em busca de disciplina. A Pintura, a Fotografia, a Culinária, e esta dispersão toda dando uma vida rica, preenchida, mas difícil de encaixar no tempo disponível. A Escrita é, definitivamente, um caminho sempre me parecendo em início de caminhada. Uma busca sim, mas, afinal um prazer pessoal com que espero contagiar mais alguém. Se ao menos contribuir um pouco para trazer mais alguém ao amor pela Cultura e Leitura, o esforço foi compensado.


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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Avaliação Salgado News

Reflexão para a aprendizagem

Neste ano desenvolvemos o Jornal Salgado News nas turmas de segundos anos do Ensino Médio Politécnico do IEE Salgado Filho. Foram três edições durante o ano, uma a cada trimestre. Chegou a hora de avaliamos o processo.       




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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Recomeçar

publicado em recortes por Simone Guerra

O recomeço está na mudança de dentro para fora, quando o coração implora menos desatino e a alma grita por libertação. Devemos recomeçar para não ficarmos trancados no quarto escuro da escravidão, em que, as limitações e os insucessos, impedem a vontade de seguirmos...



Dar o primeiro passo para começar mais uma vez não é fácil. É querer se reerguer e estar disposto ao novo. Levantar depois da tempestade, é para quem se impõe diante da dor, do desassossego, enquanto que, os menos capazes, nem sequer tentarão dar um passo adiante, apenas lamentarão os seus desesperos.

O recomeço é o caminho árduo para aqueles que perderam tudo ou parte de suas vidas. Não é nada fácil superar o choro, a tristeza. Não é fácil enxugar as lágrimas, tentar um sorriso com vontade e seguir adiante. Não é fácil deixar para trás, se as memórias insistem caminhar com o presente. Nada é fácil, mas se faz possível quando decidimos não perder mais tempo com o que deu errado, nos machucou ou nos tirou o chão.

Devemos insistir que precisamos ser melhores, mais amados, mais acreditados e mais respeitados, mesmo que seja doído demais deixar para trás. A vontade de vencer os problemas, a dignidade e o sofrimento nos ensinam lições de vida. O recomeço não está apenas no levantar e seguir, não! O recomeço está na mudança de dentro para fora, quando o coração implora menos desatino e a alma grita por libertação.

Recomeçar implica em mudança, é um refletir libertador em tentar uma vida melhor. Recomeçar é ter olhar crítico sobre o passado e ir. É olhar com liberdade e dignidade o que partiu deixando saudade ou não. O passado, segue com nós, para nos lembrarmos dos sucessos e derrotas; do que foi bom ou não, e o que não devia ser...

Cometemos enganos, nos machucamos, mas não devemos permitir que, as lembranças de um passado marcante, bem resolvido ou de sofreguidão seja um martírio. Devemos recomeçar para não ficarmos trancados no quarto escuro da escravidão, em que, as limitações e os insucessos, impedem a vontade de seguirmos.

Os recomeços felizes também existem: ir morar sozinha, o novo emprego, a casa nova, mudar de cidade, ir para outro país... Recomeços felizes exigem de nós: disciplina, dedicação, controle e discernimento. Recomeçar a vida é dar bom dia para mais uma perspectiva, é viver a novidade de um novo caminho. Não podemos nos entregar a miséria de permanecermos na dor, na apatia, na tristeza, pois, é preciso audácia para viver a vida, e vontade de querer um mundo melhor todos os dias.

Ninguém deve aceitar a derrota como a última opção, mas que seja um impulso para se levantar e mudar, mais uma vez, o script das próximas cenas da vida. Que recomeçamos quantas vezes forem necessárias. E, a cada tentativa, que vou ser mais feliz desta vez, seja uma promessa sem cair na tentação da frustração.

Que possamos comungar nossos recomeços diários, quando abrimos nossos olhos pela manhã e, o sol lá fora, tímido ou não, possa iluminar nossa existência, mesmo que os nossos corações estejam chorando desamores, dores, insucessos e insensatezes.

Que possamos ter uma vida cheios da vontade de sermos felizes, porque recomeçamos mais uma vez, todos os dias.




SIMONE GUERRA
Entre palavras e sentimentos, minha vida faz-se metade educadora e metade escritora. Não tenho preferência, porque quando junto as metades, realizo-me. Facebook: www.facebook.com/entrepalavrasesentimentos - Blog: www.simoneguerraescritora.blogspot.com.br - Instagram: @simoneguerraescritora.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Felicidade em Comprimidos: A Triste Realidade da Geração Dopada

publicado em recortes por Erick Morais

Existe uma sociedade que toma Prozac e, assim, nunca ouviu falar em ficar triste, em sentir-se infeliz. Basta um comprimidinho diário e veja só, lá vai mais um rindo à toa. Os problemas... Que problemas? Ah! Que solução mágica inventaram. Como pode o homem ser feliz sem o Prozac? Pobre dos nossos ancestrais que não puderam engolir a felicidade com apenas um copo d’água.



Existe uma sociedade que quer ser feliz o tempo inteiro. Existe uma sociedade que não enxerga elegância em poder cair e se levantar. Existe uma sociedade que cobra “sucesso” o tempo inteiro de você. Existe uma sociedade onde desconhecem a dor e a tristeza. Existe uma sociedade que só enxerga o valor das vitórias. Existe uma sociedade que desconhece a vida.

Existe uma sociedade que toma Prozac e, assim, nunca ouviu falar em ficar triste, em sentir-se infeliz. Basta um comprimidinho diário e veja só, lá vai mais um rindo à toa. Os problemas... Que problemas? Ah! Que solução mágica inventaram. Como pode o homem ser feliz sem o Prozac? Pobre dos nossos ancestrais que não puderam engolir a felicidade com apenas um copo d’ água.

Existe uma sociedade que toma Ritalina e, assim, nunca ouviu falar em desatenção. Há muito que se aprender. Há muito que se fazer. Portanto, ficais concentrados. Acabaram as desculpas para não ser o melhor, para aquela desconcentração que lhe custou o dez na prova. E não me venha com essa de que não precisa tirar dez sempre. Ora, você quer ser um alfa ou um gama menos?

Existe uma sociedade que toma Lexotan e, assim, nunca ouviu falar em ficar preocupado, ansioso com algo. A tranquilidade reina, sem direito a exceções. Todos são perfeitos no que fazem, têm relacionamentos maravilhosos e carreiras de sucesso. Todos os créditos, é claro, devem-se ao Lexotan. Para que ficar preocupado com o futuro quando essa maravilha nos dá garantia de tudo?

Existe uma sociedade que toma Rivotril e, assim, nunca ouviu falar em ficar estressado ou agitado. Que calmaria. Quanta paz. Quanto amor. Já não sabemos o que é ter olheiras, por causa de insônia. Tudo é tão tranquilo. E aqueles dias em que se acordava “virado” viraram lendas que pouco se ouve falar. Nem se fala naquelas sensações ruins de aperto no coração, né? Não consigo imaginar o quão ruim era a vida daqueles que desconheciam dessa dádiva.

Existe uma sociedade que não passa por incômodos ou dores existenciais. Existe uma sociedade que transformou tudo em mercadoria e, assim, compra-se tudo. Amor, tranquilidade, felicidade, disposição, atenção, sucesso, tudo em comprimidos. Dor? Que palavra estranha, está para ser abolida do vernáculo. O último relato de lágrimas já data de muito tempo. Oh! Admirável mundo novo cheio de belezas. Maravilhosas são as tuas pílulas. Maravilhoso é o sabor da tua felicidade.

Existe uma sociedade que toma essas maravilhas, que insistem em chamar de remédios, separadas. Mas, já estão produzindo todas juntas em um único e belo comprimido, o qual chamam de soma. Haveria nome melhor? A publicidade já está tratando de divulgar esse milagre, com o seguinte slogan – “E se por acaso alguma coisa andar mal, há o soma”. Quanta graça em único lugar.

Existe uma sociedade perfeita, em plena paz. Com apenas um problema, um selvagem, esquisito que ainda chora. Que lástima! Reclama aos quatro cantos o direito de ser infeliz. Diz não estar disposto a virar um dopado e perder sua autenticidade. Que audácia! Bem, ele já está sendo removido para a selva que é seu lugar. Entre nós só aceitamos aqueles que aceitam a felicidade. Confesso que só não entendo a música que o selvagem insiste em cantar: “Eu que já não quero mais ser um vencedor. Levo a vida devagar pra não faltar amor”. Faltar amor com o soma? Quanta ingenuidade.



ERICK MORAIS
Um menestrel caminhando pelas ruas solitárias da vida.
Saiba como escrever na obvious.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Prazo de Validade de um Favor…

por ERICO ROCHA - 20.11.2015
Quando você faz um favor a alguém existe um prazo para que essa pessoa se lembre desse favor e se sinta inclinada a retribuir? Algo como um prazo de validade?

Francis Flin fez um experimento para responder essa pergunta. Esse vídeo mostra a conclusão do experimento e como você pode usar isso para construir parcerias estratégicas para você e para seu negócio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Carta à Paixão

Publicado em Recortes por Salinê Saunders

Destinatária: Àquela que não pede licença.



Querida,

Quanto tempo nós não nos falávamos! É bom perceber que ainda temos assunto...sempre que nos encontramos parece que não nos víamos há poucos dias, né? Essa intimidade que construímos ao longo dos anos é rara, ainda te reconheço em cada detalhe, como antigamente.

Estás linda! Não mudastes nada, talvez mais madura, realista mas, a essência continua a mesma, saracoteando moleca em todo canto como sempre. Dando susto e enchendo a casa de flor. Mas, mesmo com saudades preciso confessar algumas coisas e escrevo por que tu sabes bem que algumas coisas só saem de mim por escrito...e, normalmente, se tratando de ti é a única forma plausível.

Confesso que não estás me deixando confortável nesta última visita. Me sinto descontrolada. É isso! Descontrole é a palavra. Algo como uma respiração trancada por segundos longos demais. Ofegante, agoniada. Um descontrole latente, pulsante e morno que aquece meu corpo...mas é quente demais. Numa temperatura onde queima a pele e ferve os nervos, o sangue e os pensamentos. Perco o controle, oequilíbrio, o bom senso. Me perco.

Faço de uma forma onde não fiques constrangida mas, silenciosamente, aperto cada sintoma agonizante da tua companhia, numa tentativa vã de deixá-la tão pequena a ponto de ser imperceptível...a ponto de sumir por si. Implodir. Desaparecer daqui. Mas, tu gritas como uma criança faminta, que busca com anseio o único leite que saciará sua fome. Uma fome emocional. Uma fome vazia de um alimento inventado. Inventado sim! Por que tens o péssimo hábito de inventar as coisas. Inventar que faz sentido, que combina, que encanta...inventa até razões para que essa cara de boba se instale de uma vez por todas e me deixe constrangida em público.

Não compreendo a valorização demasiada que as pessoas te dão, os escritores, novelistas, músicos...te idolatram! Não que não sejas especial e encantadora. És! Mas é muito bafafá na tua volta entende? Te convidam a todo instante pra visitá-los com freqüência pra que o peito invente de fazer arte. Eu acho que tu deveria ir... Eu acho heim!? Vá querida, vá de uma vez! Tu descontrola todo meu equipamento cardíaco e não estou disposta a buscar ajuda médica agora nessa fase tão corrida da minha vida. Na verdade não compreendo o que trazes além de agonia e inspiração... Ok, ao menos trás a inspiração. Mas na próxima vez podes trazer a inspiração e deixar esse sufoco na casa de quem goste de recebê-lo, pois eu não gosto.

Racionalizar o coração tem sido meu exercício diário com essa tua visita imprevisível. Racionalizar o que não passa pela mente, o que me toma como marionete e embala meu corpo numa dança que faz dos meus planos mais sérios frágeis bolhas de sabão. Brincas de ser agulha e sai estourando uma a uma...brincas de ser presente mesmo quando me faço de ausência. Eu estava tranquila até chegares espaçosamente, deitar no meu colo pedindo conselhos, como se eu já fosse consciente o suficiente para te responder de uma forma digna. Não sou. Não sei o que dizer pra ti que me questiona incansavelmente, que me rouba os olhos desde meu primeiro encanto. Me rouba descaradamente a atenção e os devaneios pré-sono nessa forma louca de me por a mercê desse tumulto que és.

Paixão, por favor, volte mais tarde. Não estou com a casa pronta pra recebê-la e por favor, avise quando estiver vindo, pra que eu possa encaixar tua presença na minha vida. Eu te respeito, não quero cortar os laços, cultivo a esperança de reatarmos nosso contato qualquer dia, mas sinceramente não tenho vontade de dividir minha vida contigo, agora. Tu me causa ansiedade, bobice e uma vontade incontrolável de ver e rever filmes água com açúcar. Que coisa inconveniente!

Pratico repetidamente o dom de interpretar desde que ressurgistes na minha rotina. Mas não consigo ser tão boa a ponto de convencer a mim mesma que não mexes comigo... Cansei! Vou te passar o endereço de alguns amigos super legais que adorariam recebê-la agora no inverno! Nós combinamos umas férias tuas aqui em casa daqui a um ano pode ser? Conversamos por e-mail e acertamos os detalhes.

No mais, obrigada pela visita e desculpe a sinceridade. Sei que tua intenção era boa, mas tens que aprender de uma vez por todas a pedir licença. Levei um susto quando abri a porta e te vi instalada ali novamente, tomando conta de todo canto meu sem a menor cerimônia... Assim, sinceramente, não dá.

Até breve, e que o breve esteja longe... Mas nem tanto.



Essa menina diz que ama, e que amando, escreve. Diz que as coisas escritas são tagarelas e que adoram sair tocando as campainhas dos corações alheios. Essa menina diz um bocado de coisa, mas o que mais repete é que aceita café, por favor.
Fonte: © 
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O que você quer ser quando crescer?

publicado em recortes por Cláudia Alves

Já parou para pensar sobre suas respostas? Talvez nunca tenhamos crescido, por não termos nos tornado o que queríamos ser quando crescer. Ou, talvez, nunca soubemos responder a essa pergunta. 


 

Quando criança, ela adorava desenhar casas e substituía as brincadeiras de bonecas por um papel em branco, um lápis e uma borracha. E com sua imaginação, vivia dentro das casas que desenhava.

Quando a perguntavam o que queria ser quando crescer, ela não hesitava e logo respondia: Arquiteta! Seu olhar brilhava e um sorriso tímido se escondia entre as bochechas avermelhadas.

Outras profissões disputavam o seu desejo. Uma vez, respondeu que queria ser policial, com o argumento que arrancou sorrisos dos adultos presentes: "Preciso proteger meus pais dos ladrões".

Na adolescência, quando se aproximavam os vestibulares - aquilo que parece definir o destino de todas as nossas vidas para sempre e amém! -, a pergunta se intensificava e parecia persegui-la por onde andava. O seu maior desejo era não crescer, para não ter que a responder decisivamente.

E quando se tornou adulta, então, percebeu que a resposta sempre esteve com ela. Hoje, não arquiteta e muito menos policial, ela é o que qualquer pessoa deveria desejar ser quando crescer.

Um dos seus maiores desejos é de voltar no tempo à todas as vezes que a fizeram a pergunta "O que você quer ser quando crescer?". Sem hesitar, ela responderia: Eu.

Aprendeu que uma profissão não é o que define o que ela é e será.

E você, o que quer ser quando crescer?


Cláudia Alves
Amante de voos e sorrisos. Se há leveza, eu voo. Se a vida chama, eu vou. Afinal, voar é preciso. Faço de tudo uma poesia, sem perder a prosa. Com silêncio misterioso e olhar observador.
Saiba como escrever na obvious.

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