Leia sempre, a leitura transforma.

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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Vencedor do Casa de Las Américas diz que biblioteca pode mudar vida

Mariana Menezes - MinC - 05/02/2016

Pesquisador da Casa Rui Barbosa, que vendia cocada na rua, diz ter sido salvo pelos livros da sua condição de vunerabilidade social.


Formado em Biblioteconomia, Letras Francês, Letras Tradução Francês, Filosofia e Teologia e fluente em oito línguas, Cristian Santos, servidor público da Câmara dos Deputados e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), acaba de receber um dos mais importantes prêmios literários da América Latina, o Casa de Las Américas, na categoria literatura brasileira. Cristian foi premiado com o livro Devotos e devassos - Representação dos padres e beatas na literatura anticlerical brasileira, resultado da tese de mestrado feita pelo pesquisador na Universidade de Brasília (UnB).

O livro premiado traça um panorama da representação de personagens religiosos em três livros da segunda metade do século XIX considerados anticlericais: O Mulato e O Homem, de Aluísio Azevedo, e Morbus: Romance Patológico, de Farias Neves Sobrinho.

Segundo Cristian, a literatura e as bibliotecas o salvaram de uma condição de muita vulnerabilidade social. O brasiliense vendeu cocada dos nove aos 19 anos para comprar livros, materiais escolares, passagem de ônibus e ajudar em casa. Filho de pai carpinteiro e mãe empregada doméstica, o escritor viu nos livros uma oportunidade de mudar sua história.

Atualmente, o servidor público faz pós-doutorado na Fundação Casa de Rui Barbosa, órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), e é orientado pela pesquisadora Isabel Lustosa. O foco de pesquisa verificar charges anticlericais que foram publicadas na imprensa brasileira no século XIX. As charges foram produzidas por jornais republicanos que defendiam a separação do estado e da igreja na mesma época dos romances analisados no livro.

Em entrevista ao MinC, Cristian conta mais sobre a importância do prêmio e o poder de mudança do livro e da biblioteca, entre outros temas.

Qual é a importância de receber um prêmio como este?
O prêmio é outorgado anualmente pela Casa de Las Américas, em Havana, capital de Cuba. É considerado um dos prêmios mais importantes de toda a América Latina e começou em 1960. Tem diversas categorias, como contos, teatros e, desde 1980, a categoria literatura brasileira foi incorporada. Em 2016, os textos indicados deveriam ser não ficcionais de críticas literárias. Era única categoria aberta para brasileiros. Além de receber o valor de 3 mil dólares em prêmio, a Casa de Las Américas irá traduzir o livro para o espanhol. A primeira edição em português teve uma tiragem de mil exemplares. Agora serão 10 mil.

Como é sua relação com a leitura?
Eu vim de uma família muito pobre e sempre fui muito apaixonado pela biblioteca perto da minha casa. Ali, eu me sentia igual a todo mundo, era um ambiente democrático e com um lindo jardim. Durante toda a minha infância e juventude, eu frequentei o espaço. Foi lá que nasceu o afeto pela literatura, tinha facilidade em localizar as fontes e quando tinha gincana na escola eu sabia onde tinha cada informação nos livros.

Como foi a sua carreira profissional e acadêmica?
Trabalhei por 10 anos na biblioteca do Superior Tribunal de Justiça. Posteriormente, passei no concurso da Câmara dos Deputados, onde estou até agora. Meu mestrado foi em ciência da informação, sobre os arquivos que existiam antes do final do regime do padroado até 1890. Naquela época, todos os registros eram feitos na Igreja, como nome, casamento e óbito. Só depois dessa separação que o Estado começou a produzir seus próprios documentos. Minha análise foi para saber a condição desses arquivos, que são importantes para a nossa história e ficaram aos cuidados da Igreja Católica.

Você tem prêmios no currículo. Quais são?
Fiz mestrado e doutorado na Universidade de Brasília. Meu mestrado, defendido em 2005, foi premiado pelo governo da Argentina no concurso latino-americano Fernando Baiz. O doutorado resultou neste meu livro, que foi indicado ao Prêmio Jabuti nas categorias capa e crítica literária. Agora veio o prêmio da Casa de Las Américas.

Pela sua história, como você vê o papel da literatura na sua vida e na vida das pessoas?
A literatura teve um papel de redenção, me salvou de muita vulnerabilidade social. Os meus pais sempre fomentaram para que eu estudasse. Eles diziam que a única oportunidade de sair daquela situação era com o estudo e eu encontrei isso na figura da biblioteca. Nos últimos anos, o Brasil passou a oferecer uma série de modalidades de incentivo ao estudo para os mais pobres. Eu não tive essa oportunidade, mas minha irmã mais nova está fazendo faculdade por causa desses incentivos. Eu usei da minha cara de pau para conseguir estudar, entregava cartas manuscritas nas escolas de línguas para conseguir bolsa. Uma história curiosa foi quando fui ao Instituto Cervantes falar com o diretor e ele me tratou muito mal, ele estava com vários problemas na escola. Decidi guardar a carta e no ano seguinte voltei e consegui a bolsa. Eu reconheço, eu provei que a biblioteca tem um papel mobilizador e pode transformar a vida das pessoas. É um espaço que garante que todos os grupos sejam valorizados.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Jornada Pedagógica 2016

Recepção e Café da manhã

Recepção calorosa e acolhedora, tudo realizado com muito carinho.











MJ Habilidades












Faça da vida um show
Palestra Show com Roselei Angst 





Equipe Gestora e Palestrante



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Educação a distância é a que mais cresce no Brasil, segundo censo do MEC
















A Educação a Distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais cresce no Brasil. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), das 3,3 milhões de matrículas no ensino superior, registradas entre os anos de 2003 e 2013, um terço correspondia a cursos a distância, sendo a maioria na rede privada de ensino. De 49.911 alunos em 2003, o número saltou para 1.153.572, dez anos depois. Desse total, 86% correspondia a instituições particulares de educação superior. Em 2014, segundo dados Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), o total de matriculados já ultrapassava a marca de 3,8 milhões.
Segundo o Professor Doutor Luciano Sathler, Diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e Diretor de EAD da Universidade Metodista, os motivos para essa expansão são diversos, sendo os principais o Decreto Nº 5622, de 2005, que reconhece a EAD como uma modalidade de ensino, e sua consequente regulação pelo MEC, em 2006. Ao mesmo tempo, nesses anos, nós tivemos o avanço da internet em todo o Brasil, com mais pessoas tendo acesso [...] e também uma demanda maior por ensino superior, que tem levado a uma busca de mais opções para conseguir o diploma”, explica Sathler.
Para o professor, entre os benefícios oferecidos por essa modalidade estão as mensalidades mais acessíveis, os horários flexíveis e a possibilidade de estudar em qualquer lugar. “Temos um público adulto muito grande, já que a população brasileira está envelhecendo, e eles, geralmente, preferem a educação a distância, pois dá flexibilidade de tempo e espaço, e também de ritmo de estudos”, conta Sathler.
As Instituições de ensino
Segundo o último censo da ABED, referente ao ano de 2014, das 226 instituições que oferecem cursos ou disciplinas em EAD, 64% pertencem à rede privada, enquanto 36% são instituições públicas de ensino. Apesar de 67% delas já estarem no mercado de educação presencial há mais de 20 anos, a oferta de cursos a distância é mais recente, com 64% atuando a menos de 10 anos no segmento.
Uma tendência que vem sendo observada nos últimos anos é uma maior adesão de universidades consideradas “tradicionais”, e famosas por seus cursos presenciais, à modalidade de EAD. “Nós temos um volume de credenciamentos que estão sendo liberados pelo MEC, que é crescente, e temos também novos pedidos dessas instituições, para entrarem no mercado de graduação e pós a distância”, conta Luciano Sathler.
A Universidade Metodista de São Paulo é um exemplo de instituição que resolveu apostar na nova modalidade. Em 2016, a universidade completa 10 anos de atuação no mercado de educação a distância por meio da EAD Metodista. Até agora, mais de 18 mil alunos já se formaram em cursos oferecidos pela instituição, que conta com 37 polos e 121 unidades ativas, em 24 estados brasileiros, com um total de 6.900 estudantes matriculados na graduação e 1.100 na pós-graduação.
Aprender a distância
A professora Adriana Barroso, coordenadora de Educação a Distância da Metodista, acredita que o ensino conectado constrói, diariamente, novos conhecimentos, mas que, apesar da distância, a responsabilidade da instituição permanece a mesma. Para ela, a informação e a aprendizagem são elementos de poder e empregabilidade, cabendo à universidade a responsabilidade de formar profissionais ativos, competitivos, prontos para dar respostas às necessidades atuais do mercado e às que estão por vir.
Um exemplo disso é a psicopedagoga Alexandrina Alves de Freitas, formada em Pedagogia pela Metodista em 2010. Hoje, Alexandrina trabalha com crianças especiais, além de se dedicar à carreira de atriz e cineasta. Para ela, a qualidade da graduação à distância é indiscutível. “Os professores ajudam muito. Além de aulas bem dadas, há muita orientação”, conta.

Fonte: Universia Brasil

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Jornada Pedagógica 2016



Professores e Funcionários!

A Equipe Gestora do IEE Salgado Filho deseja um ótimo recomeço.

Sejam bem-vindos a mais um ano escolar.

Que juntos possamos sonhar e transformar pequenos sonhos em realidade.

É com imensa alegria que convidamos nossos professores e funcionários para a seguinte programação:

JORNADA PEDAGÓGICA – 2016

Dia 25/2 – QUINTA-FEIRA

8:00 h – Acolhimento aos professores e funcionários
Local: Pátio da Escola

9:30 h – Palestra Acústica Motivacional: Faça da vida um Show
Palestrante: Roselei Luiz Angst e Equipe
Local: Salão de Atos Nádia Maria B. de Bastos

Objetivo: Oportunizar ao público momentos de alegria, descontração e reflexão acerca de suas vivências pessoais e profissionais.

Forma de apresentação: Músicas cantadas e tocadas ao vivo.

O show é baseado em composições próprias e de cantores como:
Roberto Carlos, Victor e Léo, Edson e Hudson, Zezé Di Camargo e Luciano, J Quest, Roupa Nova e Titãs.

O show possui crônicas relacionadas aos seguintes assuntos:
Felicidade, família, motivação, persistência, fé, paixão pela vida e profissão, sonhos, otimismo, relacionamento humano, coragem, atitudes e autoestima.

Encerramento: 11:45 h

18:30 h – REUNIÃO GERAL – Equipe Gestora
Local: Salão de Atos Nádia Maria B. de Bastos
Encerramento: 22:00 h
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Dia 26/2- SEXTA-FEIRA
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8:30 h – Reunião de Planejamento
Local: Salão de Atos Nádia Maria B. de Bastos

Ensino Médio Politécnico
EJA – Elaboração da avaliação diagnóstica

Encerramento: 11:30 h

13:30 – Reunião de Planejamento
Local: Salão de Atos Nádia Maria B. de Bastos

Ensino Fundamental – Anos Iniciais
Ensino Fundamental – Anos Finais

Encerramento: 16:30 h

18:30 h – Reunião de Planejamento
Local: Bloco “B”
Curso Normal - APE
Equipe Gestora/2016

Roseli Martins, Ivana Muller Bolzan, Maira Chimelo Aguiar, Ivete Porto da Silveira, Jaqueline Sudati Gindri, Carmen Tolfo, Márcia Chaves, Silvia Salbego SagriloIzabel Vielmo, Cleusa Luiz Ramos Soares, Carmen Elisa Ribeiro, Alvimara Chimelo Pereira Chimelo

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Jornal da Turma 2016


JORNAL DA TURMA – INSCRIÇÕES 2016

O programa Jornal da Turma abre 100 novas vagas para professores regentes de todo o Brasil, com inscrições até 1º de março. O jornal escolar é uma ferramenta sociointeracionista reconhecido universalmente por sua contribuição para o letramento, o desenvolvimento de competências socioemocionais e a participação social dos estudantes. Os participantes recebem formação, o suporte de um diagramador e a impressão de seus jornais. O conceito é Jornal da Turma, não “jornal da escola” como um todo. Para professores polivalentes, o conceito de turma é claro. Para os especialistas, a “turma” pode incluir todos os alunos com os quais trabalham na mesma escola e período.

Veja a seguir uma apresentação detalhada e relatos de várias professoras que publicaram em 2015, e vão continuar a fazê-lo este ano (trata-se de uma atividade permanente).

Para fazer a sua inscrição clique AQUI



Condições

Para professores regentes de escolas públicas de todo o país, de todos os níveis.

Os inscritos participam de uma webaula inicial. Para os que decidam continuar após essa introdução, a participação solicitada é de R$ 50 (inclui a impressão de três edições do jornal).

Toda a formação, acompanhamento e interação para diagramação/impressão é feita através da Internet.

Inscrições até o dia 1º de março.

Importante: esta iniciativa não aceita inscrições para o Programa Mais Educação.

Maiores informações sobre o Jornal da Turma: Jornal da Turma – apresentação completa

Depoimentos e relatos de experiências:

Depoimento Professora Dalviene – Baianópolis-BA

Depoimento Professora Luciana Ferreira Soares – Porto Alegre-RS

Depoimento Professora Silvania Linck – Nova Petrópolis -RS

Depoimento Professora Vanda Lúcia -Taquarituba-SP

Apoio:
Fundação Itaú Social

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Professora usa WhatsApp para incentivar leitura

Crédito: slavaleks / Fotolia.com
Diário de Inovações

Debora Machry decidiu usar o app para enviar textos para os alunos lerem em casa e discutirem, posteriormente, em sala de aula
por Debora Cristina Schilling Machry  _ 19 de agosto de 2015

Eu sou muito insistente na questão da escrita e da leitura. Como professora de ciências, eu mostro aos meus alunos que, assim como os músculos do corpo, o cérebro também precisa se exercitar e que lendo, ele se exercita. Apesar disso, a maioria deles não gosta de ler e tem dificuldades de concentração, precisando de motivação contínua para estudar. Além disso, eu tinha muita dificuldade na correção das atividades, devido aos inúmeros erros ortográficos feitos por eles. Então, decidi trabalhar a leitura de uma forma que envolvesse os estudantes. O problema é que a ideia era utilizar o celular para isso e, apesar de ser uma ferramenta incrível, seu uso é proibido em sala de aula. A diretoria recolhe os aparelhos no começo do dia.

Sendo assim, eu resolvi a questão de outra forma. Comecei a escrever artigos para a seção de opinião dos jornais de São Leopoldo, do Rio Grande do Sul, sobre os conteúdos trabalhados em sala de aula com os 6ºs, 7ºs e 8ºs anos. Depois, eu tiro foto da página do jornal com o artigo publicado e mando para meus alunos pelo grupo do WhatsApp, para que eles leiam em casa pelo celular.

A partir dessa atividade, eu peço que eles respondam o que o artigo pode mudar ou alterar na aprendizagem em casa. Eles relatam as aplicações do que leram, mas também podem mandar fotos de animais que acham curiosos para trabalharmos em aula ou denunciar entulhos de lixo para que eu ligue para a prefeitura. A participação no grupo é também um trabalho social. Dessa forma, eu sei que estão aplicando o conhecimento passado presencialmente.

Depois de tudo isso, eu faço a hora do conto científico em sala. Para ler o artigo e discuti-lo com os alunos, eu crio um clima no ambiente: apago as luzes, levo uma vela ou vamos ler na rua, o que acaba envolvendo os estudantes.

É um projeto bem diferente na escola porque, de um modo geral, os professores têm medo do celular, porque é uma ferramenta nova e nem todo mundo se adapta. Eu mesma não tinha um smartphone, ganhei um esse ano. Foram os alunos que me ensinaram a usar o aparelho. Algumas coisas eu ainda não sei fazer, mas vou aprender. Eu perdi o medo.

O grupo do WhatsApp é mais um recurso didático. É uma prática que estamos desenvolvendo e aprendendo com ela. Eu nunca usei a tecnologia desse jeito, então eu estou achando ótimo. Os alunos estão aderindo aos pouco, mas todos que fazem parte dos grupos participam bem. Eles estão mais concentrados e conseguem entender melhor o que eu falo nas aulas. A leitura facilitou muito a aprendizagem.

Eu sei que a minha vocação é essa. É na escola que eu consigo fazer meu trabalho socioambiental. Sou respeitada pela minha profissão. Tudo isso me motiva a não desistir e me faz acreditar que a educação ainda vai ser valorizada.


Debora Cristina Schilling Machry
Debora Cristina Schilling Machry é bióloga formada pela Unisinos, especialista em Microbiologia. É professora de Ciências da rede pública e privada. Já foi Supervisora da Educação Ambiental do município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, Conselheira no Conselho do Meio Ambiente e interlocutora na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Atualmente, escreve artigos de opinião para jornais regionais e coordena projetos socioambientais.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Professora usa vídeos e filmes para desencorajar o bullying


Crédito: aleutie / Fotolia.com

Diário de Inovações
A partir de materiais interativos, educadora promove discussões com alunos do ensino fundamental
por Luciana Camilo de Paula - 11 de novembro de 2015

Eu sou professora do ensino fundamental 1. Há três anos, atuo como professora do laboratório de informática. Pensando na transição dos alunos mais velhos, a partir do sexto ano, para a adolescência e todas as questões que esse processo envolve, comecei a baixar vídeos da internet para exibir no começo das aulas.

Com o passar do tempo, fui percebendo que a demanda por esse conteúdo foi crescendo. Um único vídeo gerava grandes discussões. Então, resolvi criar um projeto que trabalhasse a questão do bullying de forma mais aprofundada. Na plataforma Edmodo, uma rede social especialmente para a escola, criei um grupo para cada sala e, neles, eu disponibilizava conteúdos, como vídeos, atividades e questionários. O mais legal é que, com o login, os alunos podiam acessar de casa.

Saiba mais: Dilma sanciona lei que obriga escolas e clubes a combaterem bullying

No começo, o meu intuito não era que eles fizessem tudo em casa, mas quando eu apresentei a plataforma, eles ficaram tão interessados que acessavam em casa e já faziam várias atividades. Então, nós organizávamos uma roda de conversa sobre os resultados.

A minha ideia era trabalhar o que é o bullying e fazer que nem tudo virasse bullying, além de fazê-los se reconhecerem como vítimas ou agressores. Eu sempre falava: “a brincadeira vai até o ponto que a outra pessoa gosta. Quando ela para de gostar, você tem que parar de brincar”.

Na escola, temos mesa de pebolim e de ping-pong. O que pra ser divertido no início acabou se tornando uma guerra. Por isso, sugeri que eles observassem o que acontecia durante os intervalos e logo eles vieram com a devolutiva: “Nossa, professora, depois do projeto, as brigas no intervalo diminuíram muito”. Cada vez eles participavam mais.

No laboratório de informática, me preocupei em chamar os alunos para a aula. A internet é muito ampla; uma vez no computador, eles podem entrar no site que quiserem. Dar uma aula maçante não iria adiantar em nada. Comecei a perceber que conteúdos com músicas e vídeos chamam muito a atenção. Então, depois que eles assistiam, eu propunha a montagem de uma apresentação de Power Point, por exemplo. Quando os alunos se tornam protagonistas da atividade, não tem como eles não se envolverem. Cria-se uma relação maravilhosa.

O que mais me surpreendeu foi o retorno que eu tive deles. Alguns vieram me falar “professora, eu não sabia que o que eu fazia era bullying. Hoje eu não faço mais”.


Luciana Camilo de Paula
Luciana Camilo de Paula é professora de ensino fundamental 1, formada em pedagogia. Atualmente, é professora orientadora de informática educativa na EMEF Prof Remo Rinaldi Naddeo, na zona Oeste de São Paulo

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Projeto incentiva crianças não alfabetizadas a produzirem livros

Crédito: aleutie / Fotolia.com












A partir de um projeto de leitura, escola de Porto Alegre instiga alunos da educação infantil a contarem suas histórias
Diário de Inovaçõespor Rossana Pacheco Perinazzo  - 28 de janeiro de 2016

Sempre acreditei que a principal tarefa da educação infantil é ajudar as crianças a construir sua personalidade e a desenvolver ao máximo suas possibilidades. Partindo desses valores, em 2013 implantei na escola Aprendendo a Crescer o projeto “Criança Leitora”, que busca desenvolver o hábito da leitura em crianças ainda não alfabetizadas. O projeto é da Rede Ciranda, um grupo de dez escolas de Porto Alegre que buscam a qualidade e excelência dentro da educação infantil.

A partir do pré-maternal, as crianças levam para casa, toda sexta-feira, um livro da escola para lerem com os pais. A repercussão desse projeto foi muito boa, nós tivemos um retorno muito positivo dos alunos e dos pais. Além disso, os pequenos começaram a se interessar por outros livros que tinham em casa, criando um momento entre a família e a criança.

Quando a gente se deu conta do quanto isso estava sendo significativo, nós pensamos que seria legal se elas conseguissem se ver nos livros ou então ter livros com as histórias delas. Foi aí que, em 2014, surgiu a ideia de produzirmos livros com os alunos. A construção das obras acontece a partir de muita conversa e o objetivo é fazer com que eles participem bastante.

Desde o berçário, cada turma tem o seu livro. Quando as crianças são muito pequenas, nós fazemos um livro de músicas, montado com as preferidas. A gente colocou, por exemplo, a música do pintinho amarelinho no livro do berçário, então a turma fez todo um cenário com pintinhos de balões.

No final do ano, quando os livros já estão prontos, nós mandamos tudo para uma gráfica e depois, cada família encomenda quantos exemplares quer, dividindo o custo das publicações com a escola.

O projeto já está no segundo ano. Desde a primeira edição, que foi em 2014, nós conseguimos um espaço na Feira do Livro de Porto Alegre. Nós encontramos os pais e as crianças na Feira, que acontece no centro da cidade, e os pequenos têm uma sala especial para autografarem os livros que produziram.

Apesar da atividade ser recente, já notamos uma grande mudança na sala de aula. As crianças demonstram um interesse maior pelas histórias. Antes eles eram menos ativos, costumavam só escutar. Agora, conseguem ficar mais tempo interessados em uma história e, a partir disso, mesmo os bem pequenininhos, de dois anos e meio, já pegam um livro e saem contando a história do jeito deles. Eles inventam coisas, cantam, fazem teatro e contam as histórias que escutam em casa.

Acredito que esse é um projeto que não pode mais parar. Quero muito que meus alunos cresçam e sejam pessoas críticas, que saibam o que estão lendo e que quando chegarem no colégio e tiverem que ler, que façam dessa tarefa um hábito de prazer.

Rossana Pacheco Perinazzo
Rossana Pacheco Perinazzo é diretora da Escola de Educação Infantil Aprendendo a Crescer, fundada em Porto Alegre em 2007. Tem formação como psicóloga clínica, é especialista em psicologia escolar (CAPE) e em Infância e Família pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A sabedoria dos livros infantis: 8 trechos incríveis de A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga

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January 28, 2016
Luisa Bertrami D'Angelo

A Bolsa Amarela foi o primeiro livro que eu li. Eu estava na Classe de Alfabetização, tinha mais ou menos 6 anos, e nunca me esqueci nem da história, nem da capa, nem do nome da autora e muito menos do que o livro me ensinou.

Ele conta a história de Raquel, uma menina que tem 3 grandes vontades: crescer, ser menino e escrever. Sem saber o que fazer com essas vontades que não param de crescer e sem encontrar eco na família, atolada demais para dar atenção às vontades da única criança da casa, Raquel as enfia numa bolsa amarela velha que ganha de uma tia. Mas as vontades não param de crescer, e a bolsa vai ficando sem espaço para aquelas coisas enormes que moram dentro dela.

Apesar de ser um livro infantil, A Bolsa Amarela é leitura profunda: fala para nós, adultos, talvez até mais do que para os pequenos. Talvez porque já tenhamos aprendido, à duras penas, que às vezes precisamos de bolsas amarelas pra guardar nossas vontades.

Selecionamos, então, 8 trechos do livro que vão nos mostrar que as crianças, às vezes, sabem mais da vida do que quem já é gente grande:

“(…) ela contou que eu continuava a maior inventadeira do mundo. Aí foi aquela crise: o pessoal todo ficou contra mim. Fui dormir na maior fossa de ser criança podendo tão bem ser gente grande. Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu posso fazer?”

“Fiquei uma porção de dias pensando no meu pessoal pra ver se entendia por que é que eles zangavam tanto comigo. Acabei desistindo também: gente grande é uma turma muito difícil de entender.”

“Se o pessoal vê as minhas três vontades engordando desse jeito e crescendo que nem balão, eles vão rir, aposto. Eles não entendem essas coisas, acham que é infantil, não levam a sério. Eu tenho que achar depressa um lugar pra esconder as três: se tem coisa que eu não quero mais é ver gente grande rindo de mim.”

“Às vezes a gente quer muito uma coisa e então acha que vai querer a vida toda. Mas aí o tempo passa. E o tempo é o tipo de sujeito que adora mudar tudo. Um dia ele muda você e pronto: você enjoa de ser pequena e vai querer crescer.”

“Eu achei aquilo tão impressionante! É claro que eu já tinha visto gente com mania de dizer que a gente tem que ganhar dos outros, tem que ser a primeira disso, a primeira daquilo, mas nunca pensei que alguém tinha que ganhar tanto assim.”


“Fui fingindo o tempo todo que a bolsa amarela não pesava tanto assim. Mas pra falar a verdade ela pesava mais que um elefante.”

“E de repente todo mundo tava lá lutando pra abrir a minha bolsa. Minha. Minha. Minha! E eu ali sem poder fazer nada. Ah, se eu fosse gente grande! Quem é que ia abrir a minha bolsa assim à força se eu fosse gente grande? quem?”

“- Você não vai mais esconder as vontades dentro da bolsa amarela?
– Não. Elas viram que eu tava perdendo a vontade delas, então perguntaram se podiam ir embora. Eu falei que sim. Elas quiseram saber se podiam ir que nem pipa e eu disse ‘claro, ué’.”

Fonte: Notaterapia

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Depois do furor de início de ano, seus sonhos tomaram forma?

publicado em sociedade por Laura Maria
Logo nos primeiros suspiros de 2016, corremos a listar aquilo que desejamos para o ano que acaba de nascer. Mas, passados alguns dias, percebemos que não demos nem o primeiro passo no mais simples dos desejos. É hora, então, de sacudir a poeira acumulada do tapete chamado rotina


Início de ano. Novos planos. Listinha de desejos a serem realizados feita. Esperanças renovadas. É hora de botar em prática tudo aquilo que adiamos no ano passado e no antepenúltimo também. Todos os sonhos a postos, bora viver!

Mas eis que se passam pouco mais de vinte dias desde o primeiro nascer do sol do ano e, ao passar os olhos pela lista que fizemos na emoção dos primeiros minutos de 2016, talvez embriagados de espumante e de esperança, constatamos que não demos nenhum check na listagem.

Mas calma, aí, né?! O ano mal começou, não passou nem o carnaval ainda, e já tenho que começar a cumprir o que planejei? Tenho um ano ainda inteiro pela frente! E, com esse discurso, vamos arrastando mais 366 dias. Já que tudo pode ser adiado para depois da semana santa ou até mesmo para as férias de julho ou então até pra depois da semana da criança e... veja só! Já é Natal, o ano passou, e nem vi! Onde eu estava?

Aí que está! Onde você estava? Porque, por mais que pareça que passe com um piscar dos olhos, o ano continua sendo uma volta completa da Terra em torno do sol. O ponteiro do relógio ainda continua marcando as 24 horas do dia, e, o calendário da mesa do seu trabalho possui os 12 meses completos.



O que acontece é que vivemos os dias exatamente no tempo em que ele deve estar. Acordamos, fazemos nossas atividades e tornamos a dormir. Nesse ritmo, deixamos de perceber que "a rotina crescia como planta e engolia metade do caminho", como disse Renato Russo, na música "Perdidos no Espaço".

A rotina, em si, não tem juízo de valor. O que fazemos com ela é que tem. Ter um padrão diário é importante pra se organizar e manter a ordem. Mas deixar com que as atividades rotineiras sufoquem aquilo que mais gostamos de fazer não é nada saudável. Sensação ruim é ter que ficar esperando pela sexta-feira com sofreguidão e reclamar que o domingo já está acabando, sem que "você não tenha feito nada de tudo aquilo que queria".

Se os planos feitos são mirabolantes demais para serem cumpridos esta é a hora de ajustá-los. Nada de se sentir impotente por não poder realizar aquilo que desejou em um momento de pura emoção. Os sonhos são seus e podem ser modificá-los como bem entender.

Uma pergunta que ajuda sempre a pensar se estamos conduzindo nossa vida do jeito que realmente gostaríamos é: "Se fosse escrever a sua própria biografia, quais pontos da sua vida colocaria com orgulho?". Que tal, então, começar com uma boa dose de coragem?

Publicado aqui originalmente.

Crédito das fotos: Laura Maria
LAURA MARIA
Estudante de jornalismo que, contra tudo e todos, abandonou o curso de publicidade na hora certa para seguir o sonho de unir a paixão pelas palavras à paixão pelas pessoas. Do encontro, nasceu a vontade escrever. Seja amenidades ou questões filosóficas, quando o assunto é se expressar me recorro às palavras, aonde nelas me encontro por completo..
Saiba como escrever na obvious.

© obvious: http://obviousmag.org/cem_mais_palavras/2016/depois-do-furor-de-inicio-de-ano-
seus-sonhos-tomaram-forma.html#ixzz3z8Q1DNfx


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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Aceitação!

A aceitação e entrega existem quando você não se pergunta mais : Por que isso foi acontecer comigo? Mesmo nas situações mais inaceitáveis existe um profundo bem, e lá está a semente da PAZ. Aceitar o inaceitável é a maior graça que existe, pois tem situações em que nenhuma resposta ou explicação satisfaz e aí quando você aceita que não sabe, desiste de lutar para encontrar a resposta usando o pensamento de uma mente limitada e aí permite que uma inteligência maior atue através de você. Às vezes, entregar-se significa desistir de querer entender e sentir-se bem com o que você não sabe.Qualquer coisa que você aceite plenamente vai levá-lo à PAZ, o que inclui a aceitação daquilo que você não consegue aceitar, daquilo a que está resistindo.Deixe a Vida ser em você! Não é por que me alimento melhor ou de uma forma mais correta ao meu ver que me torno melhor do que alguém! Todos são especiais e fazem parte do processo evolutivo, a alimentação é apenas um caminho para isso, mas de que adianta alguém que se alimenta melhor que outro e não cumprimenta nem seu vizinho ou tem rixa com alguém? Julgar alguém ou algum fato é criar sofrimento para si mesmo. Sejamos completos no TODO, trabalhando também os corpos mentais, etéricos, emocionais, astrais, espirituais, enfim não fiquemos somente no físico!! Precisamos de todas as células planetárias possíveis! Seja você o que veio SER!!

Elias Pereira, 
Dezembro 1, 2014


Fonte: Zen%Bem

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Teste de leitura vai avaliar leitura digital

by Carlos Pinheiro



A partir de hoje e até 18 de Março, 5300 alunos de 4.º ano de 220 escolas portuguesas vão ser alvo de uma avaliação no âmbito do estudo internacional PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study), que é feito de cinco em cinco anos e vai envolver, este ano, 60 países e regiões.
Esta é a segunda vez que Portugal participa (há cinco anos ficou em 19.º lugar em 33 países), e a grande novidade das provas deste ano é que além do teste PIRLS (prova constituída por um conjunto de cadernos, com itens que envolvem diferentes finalidades e processos de compreensão da leitura), haverá uma nova prova, designada ePIRLS, que tem como objetivo de avaliar se as crianças desta faixa etária conseguem ler e utilizar a informação que leem online. Os resultados vão permitir aferir se estes alunos têm capacidade e competências para utilizar as novas tecnologias de informação (por exemplo, e-books) em processos de ensino e aprendizagem.
Mais informações sobre as provas podem ser obtidas
aqui. O tipo de prova ePIRLS pode ser visto em Projeto de Leitura Online