Leia sempre, a leitura transforma.

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

25 livros que os universitários devem ler

Universia Brasil - 13/04/2017

O hábito de leitura está novamente a ser difundido no meio universitário. Além de aumentar o vocabulário, mostrar ao leitor uma realidade diferente, melhorar a sua escrita e ajudar na compreensão de matérias acadêmicas e do mundo, os livros também se tornaram num meio de interação social. Preparamos uma lista com 25 livros que qualquer aluno na faculdade deveria ler para abrir um novo mundo de oportunidades. A saber:


1. Liberdade de Jonathan Franzen
O livro fala sobre o triângulo amoroso vivido por três alunos, que se veem diante a questão: seguir o coração ou a razão? Quando colocados perante a decisão de preservar uma amizade duradoura ou arriscar tudo em nome do amor, os amigos não sabem qual o rumo a seguir. O dilema é enfrentado por muitos jovens, que podem sentir-se inspirados pela leitura.

2. Este Lado do Paraíso de F. Scott Fitzgerald
Após a sua graduação, o ex-universitário vê-se perdido e não sabe exatamente o rumo que sua vida está a tomar, nem o que deve fazer desse momento em diante. Este conflito também é vivido por ex- alunos das faculdades, que depois de licenciados não sabem qual o caminho a trilhar.

3. Norwegian Wood de Haruki Murakami
O significado e importância da amizade e do amor verdadeiro são os principais temas deste livro emocionante, que ensina a valorizar os bens mais preciosos que temos: as pessoas que estão ao nosso redor e que nos apoiam.

4.1984 de George Orwell
Numa sociedade de grandes e fortes relações de poder, onde o estado tem controlo sobre tudo, alguns jovens questionam e enfrentam os mais influentes a fim de expor as suas opiniões. Será que também estaria disposto a arriscar a sua liberdade para isso?

5. Crime e Castigo de Fyodor Dostoyevsky

Após matar um penhorista, o jovem Raskolnikov tenta encontrar a sua verdadeira essência e procura incessantemente justificar a sua atitude e o seu lugar na vida. O livro faz-nos refletir sobre os valores que cada um traz dentro de si e mostra-nos que qualquer ação tem uma reação.

6. Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley
Considerada uma “utopia negativa” pelo próprio autor, o livro narra a história de um mundo futuro, onde a felicidade é valorizada e a individualidade não. Assim, as personagens seguem um padrão de vida e é levantada uma questão: É possível ser feliz sendo como os outros?

7. Cem anos de solidão de Gabriel Garcia Marquez
O livro mostra o quão importante é ter o apoio externo para viver uma vida de maneira otimista. Além disso, é possível ver como a solidão é capaz de destruir e dominar tudo ao nosso redor.

8. O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald
O romance, que acontece durante a primeira Guerra Mundial, mostra como os jovens devem acreditar na sua própria capacidade, expondo que eles podem realizar grandes feitos. Além disso, o livro mostra a impossibilidade de refazer algo errado do passado e expõe a importância dos amigos verdadeiros.

9. Lolita de Vladamir Nobokov
Compreensão, amor, perdão e sacrifício são algumas das lições passadas pelo livro polémico, que narra a história do amor proibido entre um homem de meia idade e Lolita, uma adolescente de 12 anos.

10. Adeus às armas de Ernest Hemingway

O desgaste emocional e físico vivido por jovens rapazes durante a primeira guerra mundial é ainda maior devido ao pouco contacto deles com o amor, além da pouca fé no futuro. O romance faz-nos refletir sobre importância do afeto na construção pessoal.

11. As Vinhas da Ira de John Steinbeck
Durante a crise nos Estados Unidos, uma família muda-se para Califórnia a fim de encontrar uma vida melhor. A importância do amor, das amizades, da família e do apoio são destacadas no texto.

12. O Mestre e a Margarida de Mikhail Bulgakov

A trama narra a chegada do diabo a Moscovo na década 20, e trata da luta entre o bem e o mal entre outros temas paradoxos, fazendo refletir como o lado mau pode ser mais honesto do que a sociedade e os regimes políticos.

13. A Cabana do Tio Tom de Harriet Beecher Stowe

Entre elogios e críticas, o romance de Stowe acontece num período controverso na sociedade norte-americana e, por isso, ensina-nos a compreender valores e princípios da nação norte-americana.

14. O Estrangeiro de Albert Camus

As indiferenças do universo unidas ao livre arbítrio e a intuição podem gerar uma grande mudança na vida dos jovens. A história narra a vida de um assassino que não se sente culpado pelo crime que comete até ao momento em que observa os absurdos do mundo que o cerca.

15. A Arte da Felicidade de Dalai Lama
As respostas de Dalai Lama durante as entrevistas podem ajudar as pessoas a compreender o verdadeiro significado do amor e como procurar a felicidade na vida.

16. Fausto de Johann von Goethe
A aposta entre Deus e Mefistófeles pela conquista da alma de Fausto torna-se numa jornada de desafios pela sua liberdade. A narrativa mostra-nos a diferença entre o mal e o bem, ambos presentes no dia a dia de qualquer universitário, e também das pessoas.

17. Paraíso Perdido de John Milton
Todos conhecemos bem a famosa história de Adão e Eva, que não resistiram às tentações de Lúcifer. Contudo, a história do anjo caído não é conhecida por muitas pessoas. Através do contexto pouco explorado, o livro mostra o bem e o mal, e permite-nos ver de uma perspetiva diferente.

18. O Deus das Moscas de William Golding

Uma ilha caótica sobre o comando de crianças e divisões sociais mal estabelecidas é palco para o livro de Golding que enfatiza a importância de se ter um líder e regras para serem seguidas, a fim de estabelecer uma sociedade controlada.

19. O Sol é Para Todos de Harper Lee

Tal como na vida de quase todos os jovens, o preconceito, a desonestidade, e a injustiça andam lado a lado com diversão, aventuras e relacionamentos na vida do protagonista, que através de sua intuição e caridade apoia todos independentemente da cor da pele ou classe social.

20. O Concorrente de Stephen King
Quão longe as pessoas podem e devem ir para ter aquilo que querem e precisam? Numa sociedade caótica e decadente, responder a essa pergunta é ainda mais difícil. Essa é uma das reflexões propostas por King no seu livro.

21. Laranja Mecânica de Anthony Burgess
O livro é narrado pelo jovem Alex, que vive numa sociedade futurista onde a violência é tão grande como as agressões do governo totalitário contra ele próprio, um líder de um gangue de rua.

22. O Mal Estar na Civilização de Sigmund Freud
Os entendimentos culturais e sociais de Freud são motivos suficientes para tornar “O Mal Estar na Civilização” uma leitura obrigatória a qualquer universitário. O livro permite-nos entender a sociedade em que vivemos atualmente segundo o pensador.

23. O Rio que Saía do Éden de Richard Dawkins

De maneira simples e didática, o biólogo Dawkins esclarece a teoria da evolução, dando uma explicação interessante e bonita sobre a origem e desenvolvimento do mundo em que vivemos.

24. Hamlet de William Shakespeare

“Ser ou não ser?” Eis a questão que perdura desde que o livro de Shakespeare foi lançado e eternizado. Hamlet ajuda-nos a refletir sobre a importância das escolhas e das responsabilidades que cada um tem na vida.

25. A Divina Comédia de Dante

Através de uma jornada espiritual, o livro de Dante Alighieri mostra-nos como as nossas atitudes se refletem nas nossas vidas, assim sendo, tudo que fazemos tem consequências e, portanto, um dia pagaremos pelos nossos pecados.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Literatura estimula a abertura das mentes na infância

Larissa Pessoa - Jornal Cruzeiro do Sul - 27/03/2017
Vanessa com o filho João: estímulo à leitura - PEDRO NEGRÃO/ACERVO PESSOAL

















Para a pedagoga Vanessa Marconato Negrão, 33, “ler ascende clarões na alma”, e nada melhor do que estimular estes clarões ainda na infância. Ela, que também é mãe do pequeno João Pedro, de quatro anos, começa, a partir deste domingo (25), a publicar a coluna fixa “Eu já li”, no Cruzeirinho, com dicas de livros infantis e destaca que as obras sugeridas podem, e devem, ser lidas por todos os amantes da literatura.

A primeira obra que Vanessa divulgará no novo espaço do jornal Cruzeiro do Sul será Um dia, um rio, do escritor Léo Cunha. O livro é da editora Pulo do Gato, e conforme descreve a pedagoga, aborda a tragédia de Mariana de forma poética. “Existe uma ideia equivocada de que a criança não consegue absorver um tema complexo, mas isso é um erro.” O livro infantil, conta, já foi lido para João Pedro e ela também trabalhou com a obra em sala de aula. A experiência com os alunos, lembra, é sempre enriquecedora, pois através da leitura é possível transformar as crianças em agentes multiplicadores de conteúdo, e com Um dia, um rio, há a oportunidade de plantar a semente da conscientização ecológica.

Segundo a colunista, atualmente vive-se uma crise cultural, pois as pessoas não leem e através da “Eu já li”, a pedagoga pretende valorizar a escrita e mostrar que as crianças podem sim ler e refletir sobre assuntos considerados tabus ou exclusivos aos adultos. “É um pecado reservar aos pequenos apenas temas bobos e rasos.”

A paixão pelos livros é tanta que em junho do ano passado Vanessa criou a página “Livros para João” no Facebook, onde também dá dicas de leitura para os pequenos. Em uma das publicações, ela sugere a série Livros para o amanhã, da Boitatá, selo infantil da Boitempo Editorial. A nova colunista conta que as obras são capazes de emponderar a criança para a cidadania, construir um senso de justiça social e formar para o questionamento crítico. Os livros da série, fala, foram escritos há 40 anos, e publicados originalmente pela editora catalã La Gaya Ciencia. “Como depois de quatro décadas, o amanhã parece ainda não ter chegado, essa coleção é um instrumento de esperança para os que não subestimam a capacidade de entendimento das crianças”, avalia.

Um problema sério no mercado editorial infantil, aponta Vanessa, são os muitos livros-brinquedo, com pouca qualidade literária. “Nesses livros a literatura não é protagonista e precisamos mudar isso”, afirma. Ela também critica o uso demasiado dos chamados livros utilitaristas, que sempre buscam uma moral da história, uma lição para a criança. Para Vanessa, é preciso estimular a leitura apenas pelo prazer que a leitura proporciona.

Com relação às leituras impostas na escola, a pedagoga tem dúvidas sobre a prática e destaca que se o interesse pelos livros fosse estimulado desde os primeiros meses de vida não haveria necessidade dessa obrigatoriedade. “Eu acho que ninguém aprende a gostar de ler lendo Machado de Assis, mas se não for imposto, será que eles vão ler?” Ela destaca que até entre os adultos há rejeição aos livros, e mesmo em áreas que a leitura é primordial, é possível encontrar profissionais avessos à literatura.

O primeiro contato da criança com as histórias escritas e contadas, diz Vanessa, deve acontecer o quanto antes e segundo ela, desde os três meses de idade já é possível fazer com que o bebê se envolva na cadência e na sonoridade do conto. “Desde muito cedo eles já são capazes de responder aos estímulos, não de forma verbal, mas das maneiras que eles conseguem naquele momento da vida.” Ela brinca e diz que livro não tem contraindicação, pois toda criança está apta a aprender.

Trajetória

O gosto pela literatura surgiu na infância, no sítio em que morava com a família em Jaguariúna, na região de Campinas. “Não tinha internet e eu não gostava de televisão, então mergulhava nos livros e praticamente morava na biblioteca da cidade.” Formada em pedagogia, Vanessa, além de atuar nas salas de aula, foi uma das primeiras profissionais a integrar o projeto Bebeteca, em Sorocaba. Com cursos e treinamentos, ela teve a experiência como mediadora de leitura para crianças, e recorda o impacto que essa atividade teve em sua vida. “Até ali eu via o livro como entretenimento e depois notei que a literatura vai muito além e é capaz de transformar vidas.”

Os desafios na sala de aula, afirma, também são muitos, mas com paciência e dedicação é possível despertar o interesse pela leitura nos pequenos. “Quando vem uma turma de crianças que não têm hábito de ler em casa, a gente recorre aos livros cheios de figuras e outros artifícios, mas depois a criança já consegue dar total atenção a um conto extenso e mais complexo” afirma.

Inspirações e referências

Para a pedagoga, Ruth Rocha e Eva Furnari permanecem muito significativas no mercado editorial, pois seus livros continuam clássicos infantis. Ela cita também Renato Moriconi e Ilan Bremman. “São autores e ilustradores que produzem muito, sempre com muita qualidade”, elogia. Vanessa chama atenção para a escritora portuguesa Isabela Minhós Martins e para a literatura lusitana como um todo, que, segundo ela, está entrado no mercado editorial brasileiro de maneira muito significativa nos últimos meses.

A colunista lembra também da sorocabana Silvana Rando, conhecida pela autoria de ótimas histórias e ilustrações voltadas aos pequenos. Ela também é ganhadora do prêmio Jabuti de 2011, e, como lembra Vanessa, ainda promove a literatura infantil em Sorocaba, através da Livraria do Elefante, um ponto de encontro para amantes das histórias bem escritas e contadas.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Uma Paixão Chamada Livros

Com uma fala assim denominada realizamos quarta e quinta-feira, dois encontros com turmas das séries finais do ensino fundamental da Escola Estadual Laerte Jobim que fizeram parte da programação da Semana Literária. Nesta fala conto aos estudantes o quanto a leitura fez a diferença na minha vida e na vida dos estudantes que passaram pela minha sala de aula, bem como os programas que desenvolvo com alunos do ensino médio do Instituto Estadual de Educação Salgado Filho.
É sempre um grande prazer falar sobre a importância da leitura e a diferença que ela pode proporcionar aos leitores. 
Gratidão à equipe organizadora e colegas pelo convite e aos estudantes pelo carinho e atenção.
Tive o privilégio de reencontrar minha amiga muito especial Fran acompanhada da professora Andria e assistir a contação de causos do João Antônio do autor homenageado Salvador Lamberti.










Aguardo os comentários dos estudantes neste post.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Por que ler ficção pode beneficiar sua carreira?

Época Negócios - 13/04/2017

Não é segredo e nem novidade que pessoas bem-sucedidas são ávidas leitoras. Ler ajuda a se manter conectado com as novas tendências e a aprender técnicas que podem ser usadas em sua carreira. Todo ano, Bill Gates e Warren Buffett publicam as listas dos melhores livros que leram nos últimos 12 meses – e as listas sempre estão cheias de títulos de não-ficção.

Mas e a ficção, ela é puramente entretenimento? Michel Morvan, fundador e CEO da empresa de tecnologia CoSMo, lê alguns capítulos de um romance policial toda noite e diz que não é apenas por diversão. À Fast company, ele disse que “para tocar um negócio, você precisa estar profundamente envolvido em todos os detalhes, desde a estratégia, produto e contratações. Mergulhar em uma história, identificando os personagens e tentando resolver os mistérios, tem dois efeitos em mim. Em primeiro lugar, é uma forma eficiente de me desconectar dos problemas que enfrento no trabalho. Além disso, imediatamente libera minha criatividade, minha mente não tem limites enquanto estou lendo, e não deveria ter enquanto estou conduzindo meus negócios.”

De fato, pesquisas mostram que ler ficção pode ajudar a aumentar habilidades que são tão importantes para o trabalho quanto conhecimentos técnicos que você adquire lendo não-ficção. Veja cinco maneiras como ler romances mexe com seu cérebro.

1. Melhor raciocínio
Ler ficção pode desencadear insights que podem ajudar o trabalho além da lógica, diz Michael Benveniste, professor de inglês na University of Puget Sound. Em situações que podem estar impregnadas com emoções ou experiências passadas, ler pode ajudar a cultivar outro tipo de raciocínio. “A ficção oferece um espaço para especular sobre o papel de valores difusos como crenças, normas e experiências em contextos sociais”, diz ele.

2. Maior entendimento de problemas complexos
Pessoas que leem ficção ampliam seu entendimento sobre os outros, de acordo com um estudo da Universidade de Toronto. “Esse efeito se deve em parte ao processo de engajamento nas histórias, que incluem fazer inferências e se envolver emocionalmente, e parte aos elementos da ficção, que incluem personagens complexos e circunstâncias que talvez não encontremos no dia a dia”, escreveu Keith Oatley, professor de psicologia cognitiva da Universidade de Toronto.

Oatley compara a ficção a simulações de computador para seu cérebro. “Assim como simulações podem nos ajudar a lidar com problemas complexos como pilotar um avião ou prever o tempo, os romances e histórias podem nos ajudar a entender as complexidades da vida em sociedade”, disse ele ao The New York Times.

3. Empatia
Imaginar a situação pela que passa um personagem pode fazer de você alguém mais empático em relação às pessoas na vida real. Isso acontece porque, quando você lê uma história, se conecta com experiências pessoais, de acordo com uma pesquisa realizada por Raymond Mar, psicólogo da Universidade de York.

Em um discurso durante a convenção anual da Associação Americana de Psicólogos, Mar disse que nós temos pensamentos e emoções que são consistentes com uma narrativa. Ao refletir sobre interações sociais passadas ou imaginar interações futuras, podemos ter algum insight sobre algo que aconteceu no passado que se relacione com um personagem em uma história.

“As experiências que tivemos em nossas vidas moldam nosso entendimento sobre o mundo, e imaginar experiências por meio de histórias fictícias provavelmente nos muda também”, afirmou. “Ainda que a ficção seja fabricada, ela pode comunicar verdades sobre a psicologia humana e sobre as relações humanas.”

4. Alívio do estresse
Ler um romance é um método mais eficaz de aliviar o estresse do que ouvir música, caminhar ou tomar uma xícara de chá, de acordo com um estudo da Universidade de Sussex. Ler reduz o estresse em 68%, de acordo com o neuropsicólogo cognitivo David Lewis. Apenas seis minutos de leitura diminuía o ritmo cardíaco e reduzia a tensão muscular das pessoas que participaram do estudo.

“Perder a noção do tempo ao ler um livro é a melhor forma de relaxar”, disse Lewis em uma entrevista ao Telegraph. “Não importa qual tipo de livro você lê, ao se envolver na narrativa, você pode escapar das preocupações e do estresse do dia a dia e passar um tempo explorando a imaginação do autor. É mais do que uma simples distração.”

5. Modelos fortes

Livros de ficção costumam ter personagens cujos traços são descritos em detalhes. Juliette Wells, professora da Goucher College, dá aula sobre ficção do século XIX e diz que ela consegue se aproveitar da força dos personagens de romances de Jane Austen.

“Muitas dessas dinâmicas mapeiam de forma útil o mundo do trabalho”, diz ela. “Às vezes me vejo silenciosamente citando Elizabeth Bennet, de Orgulho e Preconceito, quando ela diz: minha coragem aumenta sempre que tentam me intimidar.”

Fonte: Blog do Galeno

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Volta para a Biblioteca



Campanha entre os alunos do IEE Salgado Filho


Nossa biblioteca precisa de livros para que os leitores continuem construindo o hábito de leitura.
Durante o ano letivo muitos estudantes retiram livros e acabam esquecendo de devolvê-los. 
Esta campanha destina-se a trazer de volta os livros para a biblioteca e ainda arrecadar doações.
Aguardamos doações e retorno dos livros na escola!

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A Experiência do uso do Microfone

No dia 15 de maio de 2017 um terço de cada turma foi desafiada a apresentar suas leituras utilizando a mídia microfone. Os comentários estão postados no post anterior.
Seguem aqui as imagens.



 



 



segunda-feira, 15 de maio de 2017

Experiência - Microfone

Apresentação do Livro utilizando o microfone - 2016

É raro conhecer alguém que goste de utilizar essa ferramenta. De modo geral a sensação de falar utilizando o microfone é de desconforto.

As pessoas afirmam que a voz sai distorcida, não gostam da própria expressão verbal, o microfone atrapalha, e vai por ai. Diversos são os diagnósticos contrários ao temido microfone.
Quando surge uma oportunidade para falar em público é um momento importante que deve ser aproveitado.

Não conhecendo o microfone temos medo dele, conhecendo-o vamos descobrir que na verdade ele é um forte aliado que otimiza nossos potenciais de comunicação. (http://institutooratoriaemocional.blogspot.com/p/microfone-cobra-ou-espada.html)


Realizamos um trabalho com os alunos do ensino médio que foi um sucesso, conforme comentários postados desde 2011.

A cada ano que realizamos esta atividade nos convencemos de como ela pode ajudas os alunos a quebrarem barreiras e superarem expectativas. Realizaremos novamente este trabalho com as turmas de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

Em 2017 comente qual foi a sensação de apresentar o livro para os colegas e professora utilizando o microfone e como foi ouvi-los.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Pró-Livro lança plataforma que mapeia ações de incentivo à leitura Brasil afora

Leonardo Neto - PublishNews - 06/04/2017

Quando o Instituto Pró-Livro (IPL) entregou, no final do ano passado, a primeira edição do Prêmio IPL – Retratos da Leitura, Marcos Pereira, que preside a entidade até o começo de maio, anunciou a criação de uma plataforma que reunisse projetos de incentivo da leitura Brasil afora. Na manhã desta quinta-feira (6), Pereira esteve na Unibes Cultural, em São Paulo, para anunciar o lançamento da Plataforma Pró-Livro, um mapeamento de ações de fomento à leitura, que passará a servir de base para as edições futuras do prêmio.

“Existem projetos lindos e exitosos espalhados pelo Brasil, nossa intenção é dar visibilidade para que estes projetos possam conseguir recursos e se ampliarem”, explicou Zoara Failla, gerente executiva de projetos do IPL. “O objetivo da plataforma vai muito além da própria ferramenta. Temos a necessidade de transformá-la numa construção colaborativa. Ela só vai existir à medida em que ela for abraçada pelas pessoas que desenvolvem esses projetos que são tão bonitos e estão escondidos pelo Brasil. Nosso grande desafio será chegar até essas pessoas. Queremos que elas cadastrem seus projetos na plataforma ou teremos uma grande ferramenta digital vazia”, conclamou.

Para além de ser um depósito de projetos de incentivo à leitura, a plataforma quer possibilitar e o intercâmbio de informações entre os projetos cadastrados. “É importante essa troca de experiências. Nessas trocas, se constrói”, defendeu a gerente de projetos. Para isso, a plataforma criou um espaço para fóruns de discussões através do qual a curadora Heloisa Amaral vai propor temas para debates. Paralelo a isso, a plataforma sustenta ainda uma biblioteca colaborativa na qual o IPL quer reunir um acervo digital de estudos, teses, publicações e artigos sobre o assunto, alimentado pelos usuários e também pela curadoria do IPL. “A ideia é que a pessoa que acessar essa biblioteca tenha condições de buscar informações, estudos e experiências para embasar seu trabalho”, comentou Zoara. A plataforma traz ainda uma seção de notícias onde serão penduradas novidades sobre o IPL, sobre o prêmio e sobre outras inciativas na área de promoção de leitura, formação leitora e acesso ao livro.

Uma das principais funcionalidades do prêmio será a de servir como base de inscrições para o Prêmio IPL – Retratos da Leitura, que será entregue em novembro. Os projetos cadastrados e habilitados na plataforma poderão, em agosto, optar em participar do Prêmio. As diretrizes e orientações sobre o prêmio já estão definidas e podem ser acessadas na Plataforma. Como foi no ano passado, serão escolhidos projetos em quatro categorias: Empresas da cadeia produtiva do livro; Organizações Sociais, Mídia e Bibliotecas públicas e comunitárias. Na primeira etapa do julgamento, uma equipe de especialistas fará uma seleção de finalistas que serão submetidos à comissão de jurados que elegerá três vencedores em cada uma das quatro categorias.

O IPL terá troca de comando no dia 4 de maio, quando Marcos Pereira será substituído por Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, uma das mantenedoras do IPL ao lado do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), comandado por Pereira, e pela Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), presidida por Antonio Rios.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Quem lê livros é mais popular em aplicativos de namoro


Curiosa Mente


Um site de namoro descobriu quais são os tipos de leitura preferidas para tornar a pessoa mais atraente para potenciais parceiros. De acordo com o aplicativo eHarmony, as mulheres que listaram Jogos Vorazes como um de seus livros preferido tiveram maior popularidade. Já os homens que adicionaram os livros de negócios de Richard Branson aos favoritos também foram procurados mais vezes.

Os Homens que Não Amavam as Mulheres se mostrou como uma boa opção para os dois gêneros, mas ler qualquer coisa é algo positivo nessa área de conquista. A pesquisa realizada apontou que homens que adicionam leituras ao perfil recebem 19% mais mensagens, enquanto mulheres recebem 3% a mais.

Estudos já haviam mostrado anteriormente que pessoas que leem tem mais empatia, de acordo com o jornal britânico The Guardian. Uma pesquisa da Universidade de Toronto mostrou que leitores ávidos tiveram uma pontuação melhor no teste de empatia e no teste de leitura mental a partir dos olhos. No geral, acredita-se que ficção literária melhora a personalidade.

Uma análise da Reading Agency feita em 51 artigos e relatórios mostrou que leitura também melhora o relacionamento com os outros, reduz os sintomas de depressão e os riscos de demência, além de melhorar o bem-estar ao longo da vida.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Mapa literário: o escritor mais importante de cada Estado


Pamela Carbonari - Superinteressante - 23/03/2017


Quando estava na escola, minha professora de Literatura pediu que escolhêssemos um livro do Érico Veríssimo para analisar ao longo do semestre. Ainda era abril e, apesar de já fazer algum frio nesta época do ano no Rio Grande do Sul, o termômetro naquele dia passava dos 25 graus. Lembro de ir à biblioteca em busca do primeiro volume de O Tempo e o Vento suando e poucas páginas depois de começar a leitura, sentir uma leve friagem ao ler as passagens em que Érico narra o vento Minuano cortando as noites na estância da família Terra – “Noite de ventos, noite de mortos”.

Algum tempo depois, essa mesma professora sugeriu que lêssemos Graciliano Ramos. Pedi o livro Vidas Secas a um amigo que me emprestou com a seguinte recomendação: “Até a metade você vai conseguir ler tranquilamente, mas depois é melhor ter uma garrafinha de água junto contigo”. De fato, durante a leitura senti a secura da cachorrinha Baleia e a apatia dos filhos de Fabiano dentro da boca, não deixando uma só gota de saliva descer pela garganta. Só consegui chegar ao fim seguindo o conselho do meu amigo.

Anos mais tarde, antes de visitar a Bahia, decidi que precisava ler Gabriela, Cravo e Canela. Em menos de 50 páginas, já tinha absorvido a cadência do sotaque mesmo sem ouvi-lo, sentia vontade de comer tapioca, acarajé, moqueca e de tomar uma(s) no bar do Nacib como se estivesse na Ilhéus do início do século.

Com ou sem cinestesias, os livros nos apresentam a lugares que, mesmo quando reais, talvez nunca visitaremos, nos transportam para enredos que não podemos mudar e nos deixam íntimos de personagens cujos sotaques, hábitos, personalidades e aparências são adaptações de alguém, releituras de várias pessoas coladas em um determinado tempo e espaço.

É essa junção de elementos que faz a obra de Jorge Amado ser sinônimo de Bahia e a de Érico Veríssimo de Rio Grande do Sul, é isso que faz a literatura ser um dos mais importantes símbolos para a formação da identidade cultural de um lugar.

Pensando nisso, selecionamos os 26 autores mais representativos de cada estado brasileiro. Nossa seleção se baseou em número de prêmios ganhos, participações em Academia de Letras de suas respectivas federações, cobrança nos vestibulares locais, número de traduções para línguas estrangeiras e, é claro, se o autor é reconhecido por sintetizar a identidade de cada estado — não sendo determinante seu local de nascimento.

Veja mais imagens do mapa neste link.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Livraria Cultura lança site para venda de livros usados


Ana Luiza Cardoso - Veja - 05/04/2017


A Livraria Cultura lançou recentemente uma loja virtual de livros seminovos, o Sebinho. Segundo a empresa, ofertas são renovadas diariamente e os descontos vão de 30% a 60% quando comparados aos preços de produtos novos.

Quem quiser revender livros usados para rede, pode usar o +Leitores. Para participar, é preciso ter cadastro no programa de fidelidade da casa, o +Cultura, e ter adquirido o título há não mais que seis meses na própria empresa. O item será avaliado em uma loja física e o valor será revertido em créditos no +Cultura para compras.

É possível usar esses créditos para qualquer compra na Cultura, seja site ou loja física.

Confira alguns livros disponíveis no site (até o dia 11):

A Divina Comédia, Dante Alighieri. 38,93 reais (novo) e 27,25 reais (seminovo)

A Cidade e as Serras, Eça de Queiroz. 22,90 reais (novo) e 9,16 reais (seminovo)

Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas, José Saramago. 29,90 reais (novo) e 14,95 reais (seminovo)

O Retrato, Érico Veríssimo. 54,90 reais (novo) e 38,43 reais (seminovo)

A Volta ao Mundo em 80 Dias, Júlio Verne. 22,90 reais (novo) e 16,03 reais (seminovo)

Noite do Oráculo, Paul Auster. 39,90 reais (novo) e 19,95 reais (seminovo)

Estratégia, Poder-Saber, Michel Foucault. 146 reais (novo) e 102,20 reais (seminovo)

O Guarani em Quadrinhos, José de Alencar. 38 reais (novo) e 19 reais (seminovo)


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Catadora vai à formatura carregando as latinhas que pagaram sua faculdade

Razões para Acreditar

A paraibana Luciene Gonçalves, 35 anos, conseguiu pagar os quatro anos do curso de serviço social em uma faculdade particular de Souza, no sertão da Paraíba, com o dinheiro arrecadado da venda de latinhas de alumínio.

A conquista serve de inspiração para as filhas que estão concluindo o ensino médio. O segredo para a vitória foi não perder tempo reclamando dos problemas da vida. “E eu sempre digo ao meu marido que não reclame, pois quem reclama não sai da lama”, disse a sucateira ao G1.

Ela entrou na faculdade junto com o marido, Pedro Filemon, 35 anos, também sucateiro e que escolheu estudar administração, após Luciene insistir para que ele participasse da seleção.

“Eu tinha que ser alguém na vida, não ser só sucateira, mas ter um curso superior pra dar exemplo para as minhas filhas. Tem gente que trabalha em escritório e diz que não tem tempo para estudar. Eu trabalho dentro da sujeira e pra mim não faltou garra para terminar meus estudos. Tem gente que reclama de barriga cheia”, afirma Luciene.

Luciene largou os estudos para trabalhar e ajudar a família. Dez anos depois de concluir o ensino médio, ela voltou para a sala de aula. “Serviço Social foi feito pra mim. Eu gosto muito de ajudar as pessoas. E depois que entrei no curso e fiz estágios, tive a certeza de que aquilo foi feito para mim”, diz.

Quando estava prestes a terminar o curso, o pai de Luciene ficou doente e ela era única pessoa que poderia acompanhá-lo na hemodiálise 3 vezes por semana.

“Às vezes chegava na sala de aula chorando, mas também amigas que foram como irmãs, que me apoiaram. Essa foi a época mais difícil, pois ocorreu quando eu já estava fazendo meu trabalho de conclusão de curso”, lembra Luciene.

No baile de formatura, ela decidiu homenagear o marido, que abriu mão de participar da comemoração. Luciene entrou no baile carregando latinhas e as imagens da festa emocionaram os internautas. “Eu quis homenagear e confesso que estou um pouco surpresa com a repercussão que está tendo”, conta.

Confira a entrada triunfal de Luciene no baile de formatura: https://www.youtube.com/watch?v=sy0iKHdycMs


Fonte: Blog do Galeno 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Jovem escreve redação sobre o ‘mundo em que gostaria de crescer’ e ganha concurso

Camila Boehm - Huffpost Brasil - 16/03/2017



Morador da cidade de Presidente Médici, no interior de Rondônia, distante 400 quilômetros da capital Porto Velho, Leonardo Silva Brito, de 17 anos, estudou a vida toda na escola estadual Carlos Drummond de Andrade, onde conheceu o Concurso Internacional de Redação de Cartas, do qual foi vencedor da etapa nacional em 2015 e ficou no terceiro lugar geral da competição.

“O concurso me moveu, me direcionou e me levou a conhecer coisas que eu não conseguiria ter contato fora de sala de aula. Foi muito bom pra mim, para a minha escola, para os alunos, ter contato com esse tipo de material relacionado tanto à história, política e geografia”, contou o rapaz à Agência Brasil. Na época em que participou, os estudantes deveriam tratar na redação sobre o mundo em que gostariam de crescer.

A 46ª edição do concurso feito no Brasil pelos Correios e coordenado em todo o mundo pela União Postal Universal, está com inscrições abertas até (17/3).

Escolas da rede pública e privada podem participar com, no máximo, duas redações por instituição, que devem ser escritas à mão e produzidas por alunos de até 15 anos.

O tema deste ano é “imagine que você é assessor do secretário-geral da ONU – qual o problema mundial que você o ajudaria a resolver em primeiro lugar e de que forma você o aconselharia para isso?”

No ano em que foi vencedor, Leonardo estava no segundo ano do ensino médio. No entanto, desde o sexto ano do ensino fundamental, ele participava da competição.

“Algumas [vezes] eu fui classificado, outras não. Eu sempre participava porque eu gostava muito dos temas que eram propostos pelo concurso. Eu esperava realmente desenvolver esse meu interesse por leitura e por escrita principalmente.”

“Eu falei na redação justamente que o mundo que eu gostaria de crescer não é um mundo só meu, porque ele já foi imaginado por muitas pessoas antes de mim e vai continuar sendo desenvolvido depois que eu me for. Eu citei bastantes pensadores que contribuíram para a formação de um mundo melhor. E eu acredito que é assim que será construído um mundo coletivo, onde cada um contribui com o que pode e da forma que pode”

Citando figuras como Malala, Chico Mendes e Madre Teresa de Calcutá, o jovem apresentou seu mundo ideal.



“Esse mundo onde eu gostaria de crescer é a interseção de todos esses sonhos dessas pessoas que acreditavam em um mundo melhor e fizeram acontecer. Eu coloquei [na redação] que seria um mundo coletivo onde cada um doasse parte do seu tempo para a construção realmente dessa utopia”.

Para Leonardo, ter coragem para botar em prática os sonhos e ajudar na construção desse mundo pode “transformar os próximos dias, anos, séculos aqui na Terra para as próximas gerações”.


Coletivo
O jovem lembra a todo momento, em entrevista à Agência Brasil, que sua participação no concurso foi resultado de uma ação coletiva.

“Quando foi lançada essa proposta [do concurso] para o nosso diretor, eles [coordenadores e professores] acolheram e levaram os alunos a fazerem oficinas de produção textual, então foi um trabalho em conjunto, na verdade”.

Ele acrescentou que foi muito bom todos os alunos terem contato com o tema do concurso, relacionado tanto à história, política e geografia.

O jovem contou sobre o reconhecimento que teve dos pais, que o acompanharam durante a premiação em Brasília.

“Eles ficaram primeiramente muito felizes porque é uma conquista muito grande. Se você pensar que eu estudo em escola pública estadual desde sempre, você representar o Brasil numa competição de cunho internacional é uma coisa muito bacana para qualquer um, e mais ainda para uma pessoa que sai de uma cidade tão pequena do interior do estado de Rondônia, de uma escola pública. Foi muito engrandecedor”

Nos concursos seguintes, o rapaz destacou que o interesse dos alunos de sua escola cresceu. Seu irmão, de 13 anos, também começou a participar após sua vitória na competição.

“Meus pais ficaram muito felizes em saber que eu dei, de certa forma, esperança para algumas pessoas que também gostariam de participar e que tem o sonho de um dia representar o Brasil em um concurso internacional”.