Leia sempre, a leitura transforma.

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quarta-feira, 30 de março de 2016

Os 10 melhores do Brasil _ Literatura



O novo modelo do Enem, assumido desde 2009, tem como um de seus fortes argumentos o rompimento da quantidade de conteúdo exigido nos vestibulares tradicionais, valorizando a capacidade de interpretação e a interdisciplinaridade dos estudantes.

Entretanto, observamos que os estudantes com melhor classificação no exame ainda são aqueles que acumularam, ao longo do ensino médio, uma enorme carga de informação.

Ou seja, a receita para o sucesso no Enem, por mais que este venha revolucionando a forma de acesso às universidades, continua a mesma: muito estudo e leitura.

Pensando nisso, e de olho nos conteúdos que o MEC ressalta que são cobrados no Enem, o InfoEnem iniciou no mês de fevereiro uma série de publicações semanais que destaca os 10 melhores sites e os 10 melhores blogs de cada disciplina. Assim separamos devido as diferentes propostas. Os sites trazem os conteúdos mais fixos. Já os blogs, atualizações e boas matérias.

Vale ressaltar que todos os sites e blogs recomendados em nossa série, de uma maneira ou de outra, podem ajudar nos estudos dos vestibulandos.

Evidentemente, devido a grande quantidade de informação que a internet traz, alguns sites e/ou blogs podem injustamente ficar de fora. Deixe seu comentário sugerindo outros espaços e/ou criticando nossas escolhas. Concordando ou discordando de nossa lista e notas, sua opinião é muito importante.

Agora é hora da Literatura.

Os 10 melhores sites de Literatura do Brasil:

Para os sites, nosso critério de escolha leva em consideração 5 tópicos que julgamos serem imprescindíveis e que atribuímos uma nota de zero a dez. Após a tabela, segue a descrição do que foi avaliado em cada tópico.

Para o InfoEnem, esses são os 10 melhores sites de Literatura.



Conteúdo: diz respeito a quantidade e qualidade de todo o material oferecido pelo site, como listas de exercícios, dicas, curiosidades etc.
Navegação: tem relação com a divisão e disposição do conteúdo no site, além da velocidade com que as páginas abrem. Quanto mais fácil e rapidamente você encontrar o que procura em um site/blog, melhor sua navegação.
Aparência: consiste na organização da página, como cores utilizadas, quantidade de anúncios de publicidade, logotipo (se houver), disposição do cabeçalho, corpo e rodapé.
Interatividade: envolve a parte do conteúdo que promova maior entretenimento, como jogos, vídeo aulas, apresentações com animações etc.
Atualizações: neste tópico consideramos a frequência com que os sites publicam notícias e artigos, assim como atualizam dados de suas páginas.
Os 10 melhores blogs de Literatura do Brasil:
Lembramos nossos leitores que, diferentemente dos sites, os blogs tem como principal característica trazer bons artigos relacionados às disciplinas. De uma forma geral, esses espaços não oferecem grande quantidade de conteúdos, entretanto compensam com a qualidade, trazendo leituras complementares e mais específicas.
Assim, utilizaremos os seguintes tópicos: Atualização, conteúdo e aparência. Segue abaixo os 10 melhores blogs de Literatura do Brasil:

Veja também:

Os 10 melhores do Brasil – Justiça seja feita
Os 10 melhores sites e blogs de Redação do Brasil
Os 10 melhores sites e blogs de Matemática do Brasil
Os 10 melhores sites e blogs de Gramática do Brasil
Os 10 melhores sites e blogs de Geografia do Brasil
Os 10 melhores sites e blogs de Química do Brasil
Os 10 melhores sites e blogs de História do Brasil 

segunda-feira, 28 de março de 2016

JK Rowling divulga cartas de rejeição de títulos escritos sob pseudônimo

O Povo - 25/03/2016


A autora da série de livros "Harry Potter", J. K. Rowling, mostrou aos fãs cartas recebidas por editoras quando tentava vender seus títulos sob o pseudônimo de Robert Galbrath. As "rejeições" foram postadas no Twitter, nesta quinta-feira, 24.

Tudo começou quando um fã contou que havia sido rejeitado por um editor. J.K. então falou que a sua primeira carta de negação está pendurada na parede da cozinha. "Está pendurada porque ela me deu algo em comum com todos os meus escritores", disse.

Segundo a autora, "Harry Potter" também foi rejeitado pelos mesmos editores que negaram a publicação de um livro assinado sob o pseudônimo de Galbrath.

O nome Galbrath havia sido adotado novamente pela escritora, nos últimos anos, porque ela sentia uma pressão grande ao escrever e vender novas histórias.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Momento Pedagógico

Momento pedagógico - produção de materiais pelos estudantes dos 2º anos do ensino médio com foco temático "Discriminação Social".
Trabalho realizado coletivamente com as colegas Profª Eliandra Marques e Profª Gessiane Donadel Pes.

Eis alguns...









 












terça-feira, 22 de março de 2016

Discriminação Racial




Entre as programações no IEESF as turmas dos segundos anos do Ensino Médio Politécnico participaram de uma reflexão sobre discriminação.
O que é discriminação racial? 
É possível combatê-la? 
Como?

Vídeos:

A partir das falas e dos videos os estudantes farão suas produções utilizando os diversos gêneros textuais. 





As produções serão divulgadas neste blog e no jornal da turma.


sexta-feira, 18 de março de 2016

Congresso Nacional online Educadores do Futuro


20 de março às 8:00 até 24 de março às 17:00



No próximo dia 20 de março, terá início o Congresso Nacional Educadores do Futuro. Trata-se de um encontro online e gratuito com mais de 30 palestrantes, que irão debater técnicas para ajudar professores a aprimorar seus métodos de ensino.

Com duração de quatro dias, o evento se propõe a responder as dúvidas mais comuns dos professores, oferecendo ferramentas de didática, de desenvolvimento pessoal e produtividade, de forma a auxiliar quem está no ambiente escolar.

Profissionais da área de educação, de desenvolvimento humano e de gestão de pessoas irão compartilhar suas experiências durante o congresso, a fim de responder questões como: qual é o melhor caminho para manter a atenção dos alunos, como tornar o seu conteúdo mais atrativo e interessante, como ensinar online, como utilizar a inteligência emocional para gerir melhor os conflitos em sala de aula, o uso das tecnologias como aliadas, entre outras.

Entre os convidados está José Pacheco, mestre em Educação e fundador da Escola da Ponte; Rafael Luiz, professor de história e co-fundador do AppProva, que ajuda jovens na preparação para o Enem; Antônia Braz, psicopedagoga com mais de 30 anos de experiência; Jober Chaves, cofundador da Universidade do Inglês, entre outros.

O evento, online e gratuito, tem vagas limitadas. Para garantir a sua participaçãoacesse o link.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Novas Revalações ao Povo B rasileiro

Pedimos aos filhos da Luz que não pintem ou compartilhem, sob pretexto algum a Bandeira do Brasil em preto, denotando tristeza, revolta e luto, ou até mesmo libertação, seja para o que for, não alterem com cores deprimentes o forte magnetismo que esse poderosíssimo símbolo sagrado carrega, vocês não estão morrendo, estão renascendo para uma Nova Era nesta Pátria Amada que é o coração deste Planeta. A mudança que queremos para o vosso País e para todo o Planeta Terra é colorida e nada tem haver com aspectos sombrios ou de escuridão.

















Mestre El Morya

Fonte: Alquimiadaalma.com.br

segunda-feira, 14 de março de 2016

5 Dicas para ler mais (e melhor!)

Tico Farpelli - Correio de Uberlândia - 02/03/2016




Vamos falar de histórias? Este espaço é para você que gosta de viajar nas páginas de um bom livro e conhecer, por meio delas, lugares, pessoas e vivências diferentes. Seja bem vindo!

1) CARREGUE O LIVRO COM VOCÊ

É a mais simples das dicas, afinal, nunca sabemos quando teremos um tempo livre e, caso ele apareça dentro de um ônibus ou no horário de almoço, com o livro em sua mochila/bolsa, você não terá a desculpa de que não o leu por ter deixado em casa. Isto pode render a você algumas páginas extras, pois cinco minutos são preciosos para quem quer saber o desfecho daquele romance arrebatador.

2) RESERVE UM TEMPO PARA LER

Tudo na vida deve ter organização. Se você pretende alcançar seus objetivos com a leitura, deve fazer o mesmo que faria com os deveres da escola ou com aquele concurso que pretende fazer. Reserve um tempo no seu dia para, longe de todas as interrupções, você possa se dedicar à história que está acompanhando.

3) LEIA UM LIVRO POR VEZ

Esta é uma dica mais pessoal. Algumas pessoas afirmam que você desenvolve melhor a memória ao ler vários livros de uma vez, já que se força a buscar na memória o ponto em que parou. Já eu, não consigo. Ao ler um livro por vez, você não terá aquela sensação de que a leitura está se arrastando e, com o término da história, terá a sensação de dever cumprido.

4) TENHA UM OBJETIVO

É bom fazer listas de livros que você já leu ou que pretende ler. Eu, particularmente, tenho uma pilha de livros em minha escrivaninha que me lembra todos os dias que tenho muitos livros ainda a ler.

5) DESCANSE E FIQUE SEMPRE EM FORMA

Fazer exercícios não servem apenas para manter o corpinho em dia. Seu cérebro também ganha com a prática. Quando seu corpo está em forma, você oxigena melhor o órgão e consegue se concentrar melhor naquilo que está fazendo. Descansar é primordial. Se não estiver bem, é certo que não conseguirá desenvolver a leitura em um ritmo agradável.



sexta-feira, 11 de março de 2016

Paleontólogos descobrem réptil fóssil de 250 milhões de anos no Rio Grande do Sul

Grupo de pesquisa é composto por pesquisadores da UFRGS, Unipampa, Univasf e Universidade de Birmingham
11/03/2016



Imagem: reconstrução do animal em vida - Voltaire Neto


Um grupo de pesquisa, composto por cientistas da UFRGS, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e por um pesquisador do Reino Unido, identificou uma nova espécie de réptil fóssil que viveu há 250 milhões de anos no Rio Grande do Sul. A descoberta ajuda a explicar como foi a evolução inicial do grupo de animais que originou os dinossauros, pterossauros, jacarés e aves. O trabalho foi publicado no periódico científico Scientific Reports, do grupo Nature, nesta sexta-feira, 11 de março.

Identificada a partir de um crânio bastante completo e bem preservado, a nova espécie foi batizada de Teyujagua paradoxa. Teyujagua significa “réptil feroz” na língua Guarani, em referência a Teyú Yaguá, um personagem mitológico indígena, representado por um lagarto com cabeça de cachorro.

“O Teyujagua é bem diferente de outros fósseis de mesma idade. Sua anatomia mostra que esse animal era um intermediário entre répteis primitivos e os arcossauriformes, grupo bastante diversificado que inclui todos os dinossauros extintos, além das aves e jacarés atuais”, explica Felipe Pinheiro, professor da Unipampa e coautor do trabalho.

A descoberta comprova que os arcossauriformes se tornaram diversos após um grande evento de extinção em massa que ocorreu há 252 milhões de anos, no fim do período Permiano. Essa extinção eliminou cerca de 90% de todas as espécies de seres vivos, desencadeada pelo efeito estufa causado por imensas erupções vulcânicas que ocorreram no leste da Rússia. Depois da extinção, o planeta estava despovoado, o que deu oportunidade para que alguns grupos de animais crescessem em número e diversidade. Os arcossauriformes se tornaram animais dominantes nas faunas terrestres do planeta, originando incontáveis formas carnívoras e herbívoras. “Tudo que a gente conhece hoje – jacarés, aves, lagartos – vieram dessas poucas espécies que sobreviveram a esse evento. Esses animais que sobreviveram, direta ou indiretamente, deram origem a tudo que veio depois”, explica o professor da UFRGS Cesar Schultz.

Pequeno, medindo cerca de 1,5m de comprimento, o quadrúpede possuía dentes curvados, agudos e serrilhados, que indicam uma alimentação carnívora. Suas narinas eram localizadas na parte de cima do focinho, o que é característico de animais aquáticos ou semiaquáticos, como os jacarés atuais. “O interessante é que a espécie descoberta possui uma mistura de características de diversos grupos animais. Características que depois deram origem a diferentes formas de seres vivos”, comenta Schultz.

O animal provavelmente vivia às margens de rios e lagos, caçando anfíbios primitivos e pequenos répteis parecidos com lagartos, os procolofonídeos. O fóssil foi encontrado no começo do ano 2015 pela equipe do Laboratório de Paleobiologia da Unipampa no município de São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, em rochas do início do período Triássico, testemunhando a recuperação da diversidade biológica após a extinção do período Permiano.

Seguem as escavações na localidade onde o Teyujagua foi encontrado, com a constante recuperação de novos fósseis. Essas descobertas podem fornecer informações sobre como eram os ecossistemas terrestres em uma época anterior ao surgimento dos primeiros dinossauros e sobre como as faunas se recuperam após grandes extinções em massa.

Os financiamentos para os estudos provem do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Marie Curie Career Integration Grant (Reino Unido).

Acesse o trabalho completo em www.nature.com/articles/srep22817.

Fonte: UFRS

quarta-feira, 9 de março de 2016

O que Mafalda e Lisa Simpson nos ensinam

publicado em artes e ideias por Bruno Inácio

Personagens criadas respectivamente por Quino e Matt Groening são responsáveis por difundir importantes críticas e reflexões




Ver alguém questionando o sistema, desde que com argumentos plausíveis, é sempre muito interessante. Quando isso parte de duas garotinhas, as personagens Mafalda e Lisa Simpson, parece que as feridas – do governo, de órgãos, instituições e até do próprio povo – ficam ainda mais expostas.

Essas duas garotinhas, cada qual em seu espaço, conseguiram desenvolver o senso crítico de muitas pessoas, fazendo com que elas repensassem o mundo em que vivem.

Criação do argentino Quino, a personagem Mafalda – sim, aquela que você sempre encontra nas provas de português, em vestibulares e concursos públicos – é uma pequena questionadora. Suas perguntas provocadoras são capazes de deixar qualquer adulto sem reação. As críticas feitas por Mafalda geralmente vão ao governo, à guerra, ao capitalismo e à religião.

O apelo de Mafalda, no entanto, parece não ter sido tão ouvido, já que as suas tirinhas – feitas há mais de 50 anos – parecem ser mais atuais do que nunca.

Mais recente do que Mafalda é a personagem Lisa Simpson, criação de Matt Groening. Porém o seu papel no que se refere ao senso crítico é bastante parecido. Embora seja o seu irmão Bart que leva o título de rebelde, Lisa o merecia muito mais.

A jovem, que é budista, vegetariana e apaixonada por jazz, já criticou a Igreja, o materialismo, a manipulação na mídia, a corrupção no governo e, sobretudo, o descuido com o meio ambiente. Mesmo com pouca idade, ela se envolveu em grandes questões como a atuação em defesa de animais, das artes e até em causas feministas.

O que a difere de Mafalda, entretanto, é a dificuldade em fazer amigos. Sua inteligência acima da média e preocupações do mundo adulto – ou ao menos preocupações que deveriam ser do mundo adulto – a afastaram das outras crianças, enquanto Mafalda tem a sua turminha, formada por crianças que não se parecem com ela, mas que ao menos partilham de algo em comum, seja o interesse pela escola ou o amor pelos Beatles.

Apesar das pequenas diferenças, o que Mafalda e Lisa têm nos ensinado, ao longo de todos esses anos, é que devemos, enquanto adultos, recuperar a velha mania de perguntar o porquê daquilo que queremos e merecemos uma resposta. Às vezes é preciso que as crianças nos lembrem aquilo que insistimos em esquecer.




Fonte: © obvious


segunda-feira, 7 de março de 2016

Etimologia Poética

publicado em recortes por Lucas Neves





















Falamos e escrevemos todos os dias, o tempo todo. Temos consciência do significado dos termos que usamos, mas será que eles sempre foram assim? Como surgiram? Que carga de conteúdo, história e cultura cada palavra carrega consigo? Garanto que muitas são admiráveis. Delicie-se!

Pelo o que sabemos até então, o ser humano é o único animal que dá nome às coisas. Sentimos essa necessidade: nomear. Tudo precisa de um título, de um rótulo, enquadrar-se numa tabela. Isso, às vezes, é doentio; entretanto, geralmente é fruto de um medo comum e supremo: o medo do desconhecido. Ao nomear algo estranho, tornamo-nos mais íntimos dele. A coisa que antes assustava agora é comum, tem nome, significado e, finalmente, podemos encará-la.

Ah, é aí que eu queria chegar: significado. Vamos adquirindo a linguagem ao longo da infância, decorando nomes, aprendendo termos. Não questionamos muito, apenas tomamos conhecimento de que a palavra X tem um significado alheio a todas as outras, mas pode assemelhar-se com a palavra Y em certos aspectos. Dizendo assim, parece complexo, mas fazemos isso desde que nos conhecemos por gente. A questão é: quem nomeou tudo? Que trabalho magnífico essa pessoa fez! Saiu por aí, com um bloquinho, dando nomes a cada elemento que viu pela frente. Fantástico! Ora, claro que não foi assim. Vamos ver...

Tem um livro famoso, um grande best-seller, que circula por este planeta há alguns séculos, você deve conhecer, é a Bíblia. Nesse livro diz que, em determinando momento da história humana, nossa espécie resolveu construir uma torre para chegar até o Criador. Boatos de que o Cara não curtiu muito e, como castigo, confundiu a língua de toda a humanidade que, até então, falava um único idioma. Devo expressar um pensamento aqui, não consigo contê-lo: ou fizemos do limão uma grande limonada, ou esse castigo fora um enorme presente. Brincadeiras à parte, convenhamos que a riqueza de cada idioma torna nosso mundo fascinante e bem mais agradável, não é?

O idioma é uma arte! Impressionante a maneira como cada língua do mundo consegue expressar o mesmo sentimento por palavras diferentes. Alguns termos, às vezes, são exclusivos de um único idioma, é o caso de saudade, o substantivo lindo, nosso xodó, só nosso!

O fato é que, por mais diferentes que as palavras pareçam, elas seguem um padrão, um modelo. Esses modelos são como formas, que vão sobrevivendo por séculos, perdendo a transparência, o significado evidente, mas carregando para toda a eternidade uma raiz elucidativa, uma palavra mãe. Acho que este é um bom momento para conhecermos algumas mães de nosso fascinante idioma.

Etimologia é o estudo (lê-se: arte) da origem das palavras, sabemos. É evidente que cada palavra tem uma origem e eu, por não ser um dicionário etimológico, não vou ficar aqui citando uma por uma. Falaremos sobre as que mais me tocam, aquelas que me fizeram sorrir. Sei que estou baseando tudo no meu ponto de vista, mas você pode discordar à vontade. Discorde. Discordância. Discórdia. Acho que começamos bem...

Em Latim, cor significa "coração". Num caso específico da língua, essa palavra pode aparecer como cordis, significando "de coração". Já cum, em Latim, dá a ideia de união, junto de algo. Logo, cum + cordisresultou um concordar, unir corações. Entrar em concordância com alguém é, etimologicamente falando, unir dois corações a uma só ideia. O prefixo des, personagem marcante no nosso português, fornece a ideia de separação, negação. Sendo assim, discordar de algo é separar corações. Aproveitando o gancho, saber algo "de cor" é saber de coração, em inglês é mais evidente, pois a expressão by heart é muito mais clara. Por essas raízes também temos cordial, concórdia, etc...

Não gostou? Não saia reclamando ainda, acalme-se! Me respeite. Respeito. Respeito é bom, disso todos sabemos, mas também tem uma origem bacana. O verbo latino spectare, significa assistir, ver, olhar, daí temos espectador, por exemplo. O prefixo re concede a noção de repetição, como, por exemplo, em refazer e reler. Nesse caso, re + spectare originou respeito, palavra que diz, basicamente, "olhar de novo". É mais legal do que parece, juro. Ter respeito por alguém é considerar a opinião dessa pessoa, é querer evitar o sofrimento e a desaprovação dela. Por isso olhar duas vezes, respeitar é considerar a existência, parar um pouco antes de qualquer atitude para rever aquilo que consideramos. Definitivamente, precisamos disso, respeito é importante.

Por falar em importante, vamos a ela. O prefixo in significa dentro, o inglês mantém essa noção claramente. Há um verbo latino, portare, que possui a ideia de movimento, levar algo, carregar. Temos, daí, importação e exportação, por exemplo. Importante então é in + portare, levar/carregar para dentro. Dar importância para algo é carregar essa coisa dentro de ti, ser importante para alguém é ser carregado para dentro daquela pessoa. Ser importante é ser amado, posto que amar é viver no outro.

Aprendendo algumas palavras, podemos começar a deduzir muitas formações. Deduzir. Induzir. Traduzir. Agora o verbo é ducere, significa guiar, levar. Induzir é, portanto, levar por dentro. O prefixo transsignifica "do outro lado", trans + ducere resulta em traduzir, levar para o outro lado, para outra língua, outra cultura. Esse verbo (ducere) também dá origem a ducto, viaduto (via significa estrada), etc...

Para fugir um pouco do Latim, vamos ao indo-europeu, idioma suposto que deu origem a muitas línguas clássicas. Dessa língua herdamos um radical interessante: greg-, que significa "rebanho". Já ouviu falar que o ser humano é um ser gregário? Significa, pois, que andamos em conjunto (cum + junctus). Temos também a palavra agregar, acrescentar ao rebanho; segregar, separar do rebanho; e congregar, juntar o rebanho.

Existem significados que exigem uma pesquisa mais profunda. É o caso do nome do primeiro mês do ano, janeiro. Chamado assim em homenagem ao deus romano Janus, que possuía duas faces, enxergava o passado e o futuro ao mesmo tempo. Faz sentido, pois é o mês no ano em que estamos presos ao ciclo que se encerrou (passado), mas geralmente otimistas com o que virá pela frente (futuro).



Entre passados e futuros, vivemos mesmo é no presente, palavra que não precisa de etimologia para ser poética, pois já traz um sentido esplendoroso. Presente, oferta, dádiva. É o que temos para hoje e todos os dias. Pois que sigamos vivendo, construindo e proporcionando a manutenção de nosso idioma e, consequentemente, transformando nossa história.




LUCAS NEVES
Jovem latinista, futuro professor. Fascinado pelas palavras, seus poderes e funções. A cada instante que passa, mais ávido por (des)aprender..Saiba como escrever na obvious.

Fonte: © obvious

sexta-feira, 4 de março de 2016

A reprodutibilidade Técnica na Era Digital

publicado em sociedade por Mateus Cadore

Sobre o crescimento gigantesco da produção audiovisual através da popularização de câmeras digitais e smartphones, as mudanças nos conceitos teóricos artísticos de Walter Benjamin sobre cinema que esse crescimento causou e as semelhanças desses novos produtores amadores de audiovisual com o Primeiro Cinema.


Estima-se que a cada minuto quinhentas horas de vídeos sejam upados no Youtube. Esse número é quase dez vezes maior que as sessenta horas por minuto no fim de 2011 e quase cem vezes maior que as seis horas por minuto dos primórdios do maior site de armazenamentos do mundo. Com seis bilhões de horas assistidas e mais de um bilhão de usuários ativos por mês, o tempo de produção apenas desse site é maior que o tempo de existência da humanidade como civilização. A reprodutibilidade técnica chegou a proporções inimagináveis na época em que Benjamin escreveu A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica. Hoje, com a popularização das câmeras de vídeo, e principalmente com a dos smartphones e celulares (no Brasil são 270 milhões de celulares para 200 milhões de brasileiros) capazes de filmar em qualidade invejável para as antigas câmeras, qualquer pessoa pode fazer seu próprio filme; mesmo que de apenas alguns segundos, mesmo que só o próprio autor o veja.



As vines são um ótimo exemplo dessa massificação da produção audiovisual: através de vídeos de no máximo seis segundos o espectador comum expressa os seus anos de consumo de material audiovisual e, inconscientemente, retorna ao período do Primeiro Cinema. Com vídeos em sua grande maioria de comédia, com piadas estereotipadas e trucagens simples, clássicas de Méliès – nos dias atuais feitas sem qualquer dificuldade técnica – ele descobre a técnica de filmagem e se fascina com seu poder sobre ela. Um bom exemplo para análise de produção de vines é o autor de codenome King Bach, um dos mais conhecidos viners do mundo. Em suas vines, o racismo é frequentemente abordado de maneira irônica e cômica. Por exemplo: Caminham em uma rua King Bach e um amigo branco. O amigo fala que se sente inseguro por ser branco e que não sabe se King o trocaria por outro amigo negro. King diz que isso nunca aconteceria (tudo isso em dois ou três segundos). A câmera então se vira para outro negro que cumprimenta Bach de longe, ao voltar a filmar Bach, ele está vestido como um estereótipo de negro americano (boné de aba reta, correntes de ouro, calça largada) e abandona o amigo branco, que fica incrédulo. Essa vine é filmada como plano sequência. O tema racismo pode ser encontrado também em várias outras vines do mesmo autor, como: só os negros podem falar a palavra nigga (que tem conotação racista); várias vines sobre o amor com frango frito (outro estereótipo) ou com o tênis de basquete Jordan’s (vários outros viners negros também produzem sobre esses temas). A trucagem clássica do Primeiro Cinema, como mencionado anteriormente, aparece frequentemente nessas vines (links para vídeos de vines nas referências), assim como o tipo de humor popular (chanchada) e politicamente incorreto, também frequente no primeiro cinema.

Como previsto pelo filósofo alemão, a divisão entre autor e espectador diminuiu ao ponto de praticamente não existir mais; existe apenas no culto ao estrelato. Com “a inquebrantável aspiração por novas condições sociais” mais acesa que nunca, a massa reivindica o seu direito de ser filmada e consegue a oportunidade de aparecer na tela através de si mesma, usando o aparelho para benefício próprio, do mesmo modo que apenas o ator cinematográfico podia no passado. E como o ator cinematográfico, o indivíduo, parte da massa, representa a si mesmo (ou quem pensa ou quer ser) diante do aparelho. Assim, “com a representação do homem pelo aparelho, a autoalienação humana encontrou um aproveitamento altamente produtivo”, uma produção superior à exponibilidade da arte e necessária à nova convivência social influenciada pela nova arte altamente reproduzida. E é aí que as previsões de Benjamin começam a falhar.

O antigo valor de culto das obras, que supostamente teria sido extinto com o avanço da reprodutibilidade técnica das obras de arte e sua emancipação da “existência parasitária no ritual” (pg 186), retorna justamente com o ápice desta reprodutibilidade (em números de obras e não em números de cópias da mesma obra, ainda mais por conta do crescimento da “fantasmagoria” das obras audiovisuais que cada vez mais fogem do material). No valor de culto, o que importa é que as obras existam, e não que sejam vistas. Se na Idade Média e na antiguidade Clássica o valor de culto era voltado às divindades, agora é voltado ao próprio indivíduo, ao culto social do individualismo e seus demais rituais. O “mero mortal” busca a sua confirmação como indivíduo único numa massa gigantesca de pessoas sem face, sem nome, através do maior número de visualizações possível de sua obra – muitas vezes usando da tática dadaísta de suscitar a indignação pública, o que acaba afastando a obra do reconhecimento positivo desejado, mas aproximando da viralização, mais desejada. Essa busca ilusória de reconhecimento fomentada pelo capitalismo mantém o culto ao estrelato tão almejado pelo mortal e condenado por Benjamin. Assim, parafraseando as palavras do autor do ensaio supracitado sobre a arte pré-histórica, os temas de sua arte são o homem e seu meio, copiados segundo a exigência de uma sociedade cuja técnica se funde inteiramente ao ritual, ao ritual social, novamente fugindo das previsões de Benjamin, que via na sociedade do século XX o oposto. A exposição desse mundo diminui ainda mais o privado do indivíduo, comum até em seus sonhos povoados pelas figuras e produtos condicionados pelo imaginário coletivo (que também influencia na forma em como esse indivíduo vê a própria arte e a de outrem). Entretanto, apesar das aspirações por fama, a maioria dos vídeos são esquecidos rapidamente, passam sem ser vistos; e até mesmo os que alcançam seu objetivo passam invisíveis também. Na era da máxima reprodutibilidade técnica – na qual a obra deixa de ser material e se torna um arquivo digital em uma nuvem virtual, impalpável, invisível –, a produção é tamanha que o tempo de sucesso é minúsculo. Ao contrário dos gregos que faziam a arte para a eternidade, a arte agora – assim como muito na vida pessoal e coletiva – tende a ser rápida, descartável, fugaz.


MATEUS CADORE
Consumidor e produtor de conteúdo audiovisual e literário..

Fonte: Obvious

quarta-feira, 2 de março de 2016

As 10 Competências do Professor Moderno

Posted on October 30, 2013 by mimi

A educação é um campo em constante evolução, o que exige que os professores estejam atualizados com as últimas novidades. Portanto, é necessário adicionar às competências tradicionais necessárias para ser um bom professor, outras características que ganharam força nos últimos anos e que são essenciais. Estas são na nossa opinião, as 10 competências do professor moderno



As 10 Competências do Professor ModernoCompetências Tradicionais

Estas primeiras 6 competências (em vermelho na imagem) não são novas, mas a sua importância são significativamente maiores para o professor moderno.

1. Comprometido: É essencial que o professor esteja comprometido com o seu trabalho e com a educação dos jovens. A responsabilidade que está nas mãos de um professor é enorme, por isso deve estar ciente disto e amar a sua profissão.

2. Preparado: A formação acadêmica é outra das competências tradicionais que são exigidas de um professor. Esta exigência está se a aumentar em uma sociedade cada vez mais preparada e competente. Quanto melhor preparado estiver o professor, melhor.

3. Organizado
: Uma boa organização do curso e planeamento prévio são fatores-chave para o sucesso. É muito importante que o professor organize um plano de estudos para ensinar adequadamente e elabora-lo para ter tempo de abordar todos os temas plenamente.

4. Tolerante:
Em uma sociedade cada vez mais diversificada e multicultural, é necessário que o professor não tenha preconceitos e trate todos os alunos igualmente sem mostrar favoritismo.

5. Aberto para perguntas: A discussão e colaboração na sala de aula são essenciais para incentivar os alunos e implementar novas técnicas de ensino. O professor deve estar aberto a responder às perguntas dos alunos e deve mostrar-se colaborativo.

6. Narrador: Uma das melhores maneiras de ensinar e transmitir ideias é através de histórias. Os melhores professores usam este método nas suas aulas há séculos. Devido à sua eficácia , esta técnica é utilizada hoje, não só pelos professores, mas também por muitos outros profissionais, como especialistas em marketing nas suas campanhas.
Novas Competências

É necessário acrescentar a estas competências tradicionais outras associadas às novas tecnologias ( em azul na imagem ). Com elas os professores passam a converter-se em professores modernos.

7. Inovador: O professor moderno deve estar disposto a inovar e experimentar coisas novas, tanto técnicas de ensino como aplicativos educacionais, ferramentas de TIC e dispositivos eletrônicos . O professor moderno deve ser o primeiro a buscar isso e trazer para a sala de aula.

8. Entusiasta de Novas Tecnologias: O professor moderno deve não só ser inovador , mas também um amante de novas tecnologias. Sejam iPads, projetores ou lousas, os alunos devem antecipar e estar em constante busca de novas TICs para implementar nas suas salas de aula.

9. Social: Uma das competências do professor tradicional era estar aberto a perguntas. O ensino tradicional deve enfatizar esta competição e levar a conversa para as redes sociais para explorar as possibilidades do lado de fora da própria classe.

10. Geek:
No melhor sentido da palavra. A internet é a maior fonte de conhecimento que o homem já construiu, então um professor moderno deve ser uma pessoa curiosa. Alguém que está sempre a pesquisar e a procurar dados e novas informações que possa usar para desafiar os seus alunos.

Então para ti quais são as competências do professor moderno? Adicionarias outro?

Queremos saber o que o pensas!