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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Por que o brasileiro lê tão pouco?

Por que ainda hoje, em 2015, não conseguimos criar um grande público leitor em nosso país?

Posted by: José Figueiredo , abril 25, 2015



No dia 31 de março desse ano o Jornal da Globo trouxe uma matéria na qual revelava uma assustadora realidade do nosso país: sete a cada dez brasileiros não leram um único livro no ano passado. Isso mesmo, 70% da população do nosso país simplesmente não abriu um único volume que fosse para folheá-lo. Em grandes cifras, dos 202.000.000 (duzentos e dois milhões) de brasileiros (estimativa feita no começo do ano) apenas 60.600.000 (sessenta milhões e seiscentos mil) cultivaram o velho hábito da leitura. Pode parecer grande a última cifra, mas quem assim o faz ignora sumariamente as outras 141.400.00 (cento e quarenta milhões e quatrocentos mil) pessoas que simplesmente não leram, seja qual for o motivo.

Em outras áreas das artes os números também não foram lá grande coisa, ficando muito abaixo da média.

Na matéria, que pode ser vista no link, os principais motivos apontados para esses baixos números são causados devido aos altos valores dos livros e à crise econômica que assola a nação.

Mas será que é esse o fato de termos um público leitor tão baixo? Por que o brasileiro lê tão pouco?

Uma possibilidade de resposta surge, a meu ver, no próprio vídeo. Aos quarenta e cinco segundos da matéria, surge um homem sendo entrevistado. Perguntado por que não leu um único livro no ano passado, sua resposta foi “porque deixei passar”. Ele afirma que não foi por falta de interesse, mas simplesmente “deixou passar”.

Uma verdade que pode parecer grosseira, e talvez seja em um primeiro momento, pode ser a causa desse mal nacional: a preguiça, pura e simplesmente a preguiça que toma conta da nossa gente. Aqui não faço distinção de credo, raça, cor, classe social e nível de escolaridade, pois todos, dos homens pompudos de terno que se orgulham de pôr nos seus currículos os MBAs aos mais simples cidadãos, passando inclusive por muitos professores, até os de literatura, do Brasil não gostam de abrir um livro. Falta-lhes palavras para responder qual o motivo dessa livrofobia, só sabem que, sei lá, nunca gostei de ler e na minha família nunca tive ninguém que fosse leitor. Há alguns que acusam, e com boa dose de razão, professores de literatura que destruíram seu gosto com tomos chatos de grandes nomes: Machado, Guimarães, Graciliano. Mas mesmo assim, ainda com a grande quantidade de professores de literatura a cometer atrocidades, isso não explica os sete não-leitores a cada dez. Nas escolas públicas há hoje o Plano Nacional do Livro e da Leitura, o qual faz com que caixas e mais caixas cheguem às escolas com livros bonitos e prazerosos. Estes, infelizmente, continuam a amargar a solidão das próprias caixas ou a das prateleiras de uma biblioteca esquecida.

E por que isso acontece ainda hoje em nosso país?

Não podemos culpar completamente os valores excessivos dos livros, uma vez que nas grandes, médias e pequenas cidades, por piores que sejam, há as antigas e boas bibliotecas públicas. Uma rápida pesquisa com os bibliotecários mostrará que o trabalho deles é ocioso pela falta de público.
Não podemos também culpar por completo a internet & Cia, pois eles abrem a possibilidade da leitura de livros em novos formatos nas mais variadas plataformas (computador pessoal, notebook, celular, tablet, kindle etc.). Se há uma revolução que a internet fez foi possibilitar, junto com o arquivo pdf, uma proliferação nunca antes vista na história da humanidade de acesso à informação – inclusive àquela dos livros. Se quisermos, em menos de cinco minutos, podemos ter toda obra de Shakespeare, Machado de Assis, Platão, Montaigne (a lista poderia se estender com muitos nomes). Ela, isso sim, permitiu que pessoas já dadas ao hábito da leitura tivessem acesso e experimentassem novas possibilidades de leitura.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Melhor ilustrador 2014

Um brasileiro entre os melhores ilustradores do mundo

O ilustrador Roger Mello ganha o Prêmio Christian Andersen de 2014


24/03/2014
Texto Beatriz Santomauro
Foto: Ilustração presente no livro









Foto: Divulgação
Ilustração presente no livro "Meninos do Mangue"



Roger Mello foi o vencedor do Prêmio Christian Andersen de 2014, um dos principais reconhecimentos do mundo para os profissionais da literatura infantil. Roger estava entre os seis ilustradores finalistas do prêmio pela terceira vez, foi o único brasileiro da lista e o único nome não-europeu. O prêmio foi anunciado hoje na Feira de Livros Infantis em Bolonha, na Itália.

Os jurados justificaram a escolha de Roger dizendo que ele explora a história e a cultura do Brasil sem subestimar a habilidade infantil de reconhecer e decodificar os fenômenos culturais e as imagens. Ainda afirmaram que suas imagens promovem tolerância, respeito para as tradições e culturas do mundo. Nada mal, hein? E o seu sucesso não é de agora.

Nascido em Brasília e morador de Rio de Janeiro desde o período em que cursou a faculdade de desenho industrial, é ilustrador desde 1988. Vencedor de diversos prêmios na Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), além de nove Prêmios Jabutis, ainda encontra tempo para se dedicar à escrita de peças de teatro.