publicado em artes e ideias por Bruno Inácio
Personagens criadas respectivamente por Quino e Matt Groening são responsáveis por difundir importantes críticas e reflexões
Ver alguém questionando o sistema, desde que com argumentos plausíveis, é sempre muito interessante. Quando isso parte de duas garotinhas, as personagens Mafalda e Lisa Simpson, parece que as feridas – do governo, de órgãos, instituições e até do próprio povo – ficam ainda mais expostas.
Essas duas garotinhas, cada qual em seu espaço, conseguiram desenvolver o senso crítico de muitas pessoas, fazendo com que elas repensassem o mundo em que vivem.
Criação do argentino Quino, a personagem Mafalda – sim, aquela que você sempre encontra nas provas de português, em vestibulares e concursos públicos – é uma pequena questionadora. Suas perguntas provocadoras são capazes de deixar qualquer adulto sem reação. As críticas feitas por Mafalda geralmente vão ao governo, à guerra, ao capitalismo e à religião.
O apelo de Mafalda, no entanto, parece não ter sido tão ouvido, já que as suas tirinhas – feitas há mais de 50 anos – parecem ser mais atuais do que nunca.
Mais recente do que Mafalda é a personagem Lisa Simpson, criação de Matt Groening. Porém o seu papel no que se refere ao senso crítico é bastante parecido. Embora seja o seu irmão Bart que leva o título de rebelde, Lisa o merecia muito mais.
A jovem, que é budista, vegetariana e apaixonada por jazz, já criticou a Igreja, o materialismo, a manipulação na mídia, a corrupção no governo e, sobretudo, o descuido com o meio ambiente. Mesmo com pouca idade, ela se envolveu em grandes questões como a atuação em defesa de animais, das artes e até em causas feministas.
O que a difere de Mafalda, entretanto, é a dificuldade em fazer amigos. Sua inteligência acima da média e preocupações do mundo adulto – ou ao menos preocupações que deveriam ser do mundo adulto – a afastaram das outras crianças, enquanto Mafalda tem a sua turminha, formada por crianças que não se parecem com ela, mas que ao menos partilham de algo em comum, seja o interesse pela escola ou o amor pelos Beatles.
Apesar das pequenas diferenças, o que Mafalda e Lisa têm nos ensinado, ao longo de todos esses anos, é que devemos, enquanto adultos, recuperar a velha mania de perguntar o porquê daquilo que queremos e merecemos uma resposta. Às vezes é preciso que as crianças nos lembrem aquilo que insistimos em esquecer.
Fonte: © obvious
Personagens criadas respectivamente por Quino e Matt Groening são responsáveis por difundir importantes críticas e reflexões
Ver alguém questionando o sistema, desde que com argumentos plausíveis, é sempre muito interessante. Quando isso parte de duas garotinhas, as personagens Mafalda e Lisa Simpson, parece que as feridas – do governo, de órgãos, instituições e até do próprio povo – ficam ainda mais expostas.
Essas duas garotinhas, cada qual em seu espaço, conseguiram desenvolver o senso crítico de muitas pessoas, fazendo com que elas repensassem o mundo em que vivem.
Criação do argentino Quino, a personagem Mafalda – sim, aquela que você sempre encontra nas provas de português, em vestibulares e concursos públicos – é uma pequena questionadora. Suas perguntas provocadoras são capazes de deixar qualquer adulto sem reação. As críticas feitas por Mafalda geralmente vão ao governo, à guerra, ao capitalismo e à religião.
O apelo de Mafalda, no entanto, parece não ter sido tão ouvido, já que as suas tirinhas – feitas há mais de 50 anos – parecem ser mais atuais do que nunca.
Mais recente do que Mafalda é a personagem Lisa Simpson, criação de Matt Groening. Porém o seu papel no que se refere ao senso crítico é bastante parecido. Embora seja o seu irmão Bart que leva o título de rebelde, Lisa o merecia muito mais.
A jovem, que é budista, vegetariana e apaixonada por jazz, já criticou a Igreja, o materialismo, a manipulação na mídia, a corrupção no governo e, sobretudo, o descuido com o meio ambiente. Mesmo com pouca idade, ela se envolveu em grandes questões como a atuação em defesa de animais, das artes e até em causas feministas.
O que a difere de Mafalda, entretanto, é a dificuldade em fazer amigos. Sua inteligência acima da média e preocupações do mundo adulto – ou ao menos preocupações que deveriam ser do mundo adulto – a afastaram das outras crianças, enquanto Mafalda tem a sua turminha, formada por crianças que não se parecem com ela, mas que ao menos partilham de algo em comum, seja o interesse pela escola ou o amor pelos Beatles.
Apesar das pequenas diferenças, o que Mafalda e Lisa têm nos ensinado, ao longo de todos esses anos, é que devemos, enquanto adultos, recuperar a velha mania de perguntar o porquê daquilo que queremos e merecemos uma resposta. Às vezes é preciso que as crianças nos lembrem aquilo que insistimos em esquecer.
Fonte: © obvious
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