Leia sempre, a leitura transforma.

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Comece já: 4 passos importantes para ser uma pessoa mais prática

18 de Janeiro de 2018



Por Bruna Vieira - Depois dos Quinze
Pode entrar, praticidade! Se você é do time que super se enrola e sonha em ter a praticidade como melhor amiga, então acabou de cair no post certo. A gente sabe que a simplicidade é uma grande facilitadora de deveres. Afinal, “é só” nos concentrarmos naquilo que importa e agirmos de forma atenta e hábil. Mas como fazer isso? Aqui estão alguns passos que nós mesmas seguimos – e que certamente poderão te ajudar também! :)

1. Faça uma avaliação geral do que você tem



Uma pessoa prática vive o momento presente por inteiro. Ela não se apega às questões do passado e usa o melhor que pode do “agora” para construir um bom futuro. Por isso que o primeiro passo para fazer as coisas com mais destreza e ter melhores significados é ser consciente e ter em mente quem você é e o que tem hoje.

Por exemplo, se quer ser mais prática e minimalista com relação a seu estilo, vale olhar minuciosamente o seu armário e ver o que você realmente usa dali.

Se quer fazer suas tarefas da escola ou faculdade com agilidade, seja mais responsável com a sua lista de to do e procure enfrentá-la sem preguiça – compre a briga e seja dona da situação. Para tudo isso você terá que ser corajosa e responsável, já que não é sempre que os processos são simples e fáceis.

2. Busque os propósitos escondidos



Tudo que você faz ou planeja fazer traz consigo um motivo. Ou vários, é claro. Mas é quando detecta omotivo central, o mais importante de todos, que começa a ter material suficiente para se planejar e traçar o caminho em busca da concretização.

No caso de um problema que você precisa muito resolver: entenda a raiz dele e comece logo a fazer o que precisa ser feito, e do início. Se você quer ser prática em atividades simples, precisa ter foco. Quando você foca naquilo que importa e elimina do seu campo de visão as distrações que estão em volta, o resto se desenrola de um jeito mais fácil.

3. Use um planner


Se planejar é importante para não se perder por conta de detalhes. É por este motivo que um planner pode ser interessante, já que você lista tudo o que precisa fazer e depois vai riscando cada uma das tarefas concluídas (e que prazer isso dá!). Já fizemos por aqui um post sobre como fazer um bullet journal – que vai ajudar muito nessa missão – e também demos dicas de aplicativos que ajudam nisso. Vale testar as duas formas e ver qual funciona melhor para você! Aliás, este exercício de eliminar o que não rola também é mega importante nesta caminhada, viu?

4. Tire vantagem da técnica pomodoro



Tem uma tarefa pela frente? Respire fundo. Mantenha a calma e a serenidade e tenha consciência de que você dá conta – é exatamente isso que as pessoas práticas fazem. A gente sabe que temos que colocar o coração em tudo o que fizermos, mas, aqui, ele não pode ter o controle sozinho – deixe a praticidade falar mais alto, seja ágil e passe pelos processos sobre os quais você acabou de ler por aqui (procure a raiz do problema, coloque o foco nele e se planeje) e, finalmente, bote a mão na massa. Neste link, demos a dica de um aplicativo no estilo “pomodoro”, aquela técnica de gerenciamento de tempo com intervalos que garante aumentar a produtividade. Vale muito a pena baixar!

E aí, vamos ser pessoas mais práticas juntas? :) Se você tem alguma dica de praticidade para dar pra gente, deixe-a aqui nos comentários!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

5 lições sobre bullying e inclusão de “Extraordinário

10 de Janeiro de 2018

Por: Wellington Soares

Além de emocionar, o filme pode servir de inspiração para combater agressões no ano letivo que vai começar
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Imagem: Divulgação

Todo mundo já viveu essa situação: você tenta aproveitar as férias, vai ao cinema e esbarra em um filme que faz você lembrar o tempo inteiro sobre a vida na escola, a rotina com os alunos e ter milhões de ideias. Foi isso que aconteceu quando algumas pessoas da equipe de NOVA ESCOLA foram assistir Extraordinário – inspirado no livro de mesmo nome da autora R. J. Palacio – e que está em cartaz nas salas de cinema.

O filme conta a história do pequeno August Pullman, um menino de 10 anos, e o início da sua vida escolar. Auggie – como é chamado pela família – nasceu com uma síndrome rara que causou diversos problemas de saúde, inclusive uma deformação em seu rosto. Por isso, a família decidiu não enviá-lo à escola até a 4ª série (nos Estados Unidos, a lei permite que os próprios pais deem aula aos filhos, a matrícula em uma instituição de ensino não é obrigatória).

Ao atingir a idade adequada para frequentar a 5ª série, Auggie é finalmente matriculado em um colégio. Mas o início da escolarização dá margem a medos e ansiedade, não apenas no menino, mas também à família, que teme pela maneira como as outras crianças vão lidar com sua aparência. Desnecessário dizer que as situações vividas pelos personagens são pensadas para emocionar os espectadores (é difícil não chorar pelo menos uma vez). Conversamos com Luciene Tognetta, coordenadora do Grupo de Pesquisas em Educação Moral (Gepem) da Unesp e da Unicamp, e levantamos cinco lições do filme sobre o combate ao bullying e sobre a inclusão de crianças com deficiência.

1. Discuta abertamente sobre as diferenças entre TODOS os alunos
Nos primeiros dias de aula, a aparência de Auggie chama a atenção das outras crianças. Imagem: Divulgação

A chegada de alunos com deficiência à escola regular é uma realidade cada vez mais comum. Dados da pesquisa Conselho de Classe, realizada pela Fundação Lemann, mostram que 22% dos professores brasileiros veem a inclusão como uma das três maiores prioridades para seu trabalho.

Um dos receios sobre a entrada desses alunos é a possibilidade de que sofram bullying e intimidação – como acontece com Auggie, no filme. Luciene Tognetta afirma que ensinar as crianças a conviver com outras que reconheçam como diferentes passa pela necessidade de fazê-las pensar que todos são, em alguma medida, diferentes uns dos outros. “E não basta falar que todos são diferentes, é preciso viver a diferença”, ressalta ela.

Entre as atividades sugeridas pela especialista estão rodas de conversa em que cada criança possa expor seus interesses, seus gostos e suas histórias. “Também é possível trazer espelhos e estimular os estudantes a observar as diferenças físicas também. Assim, eles verão que não é apenas um colega que é diferente”, afirma Luciene.

2. Prepare os próprios alunos para combater o bullying
Muitas vezes, os adultos se surpreendem por descobrir que as intimidações acontecem de maneira velada. 
Imagem: Divulgação

Uma das características do bullying é que ele acontece justamente longe dos olhos dos adultos, na relação entre as crianças. É o que acontece no filme: por muito tempo, diretor, pais e professores não tomam conhecimento das intimidações a que Auggie é exposto. Luciene Tognetta explica que uma boa maneira de contornar essa invisibilidade é investir na formação dos próprios alunos para que eles ajudem a resolver a situação na escola. “Quando um adulto trabalha sozinho, as crianças e os jovens tendem a encarar suas falas como ‘ordens’", afirma Luciene. "Quando o tema é levantado por pares, a compreensão é diferente”. E não basta dar sermões ou fazer palestras sobre o tema. No site Somos Contra o Bullying, há materiais de apoio para a criação das equipes de ajuda e sugestões de atividades e materiais para discutir temas como empatia, cooperação e solidariedade.

LEIA MAIS 7 passos para tirar o bullying do escuro

3. Atue também com os agressores e suas famílias
Julian é o principal motivador das agressões contra Auggie. 
Imagem: Divulgação.

Quando conhecemos os pais de Julian, o principal agressor de Auggie no filme, parece ficar claro o porquê do comportamento do menino. Aqui, vale prestar atenção: as causas do bullying são múltiplas e, apesar do estilo usado pelos pais na criação dos filhos ser um dos principais fatores que influenciam no comportamento, ele não é o único. Não faz sentido, portanto, culpar unicamente os pais pelo bullying. Mas dá para ampliar as ações para as famílias. “Os pais não receberam formação para discutir essas questões. É importante que a escola também ofereça formações para eles”, DIZ Luciene. O livro Esses Adolescentes de Hoje, organizado pela especialista Luciene dá alguns encaminhamentos para esse trabalho. O material usado para a formação das famílias em diversas escolas no estado de São Paulo também está disponível no site Somos Contra o Bullying.

4. Combata a pressão que outros alunos possam sentir
Crianças que se aproximam de Auggie também sofrem com a intimidação. 
Imagem: Divulgação

Inicialmente, Auggie faz um único amigo, Jack, que passa a sofrer pressão dos outros alunos para que deixe de se relacionar com o protagonista. Situações como essas não são raras. “Em algumas instituições, vale a regra do ‘cada um por si’”, conta Luciene. Mudar esse cenário exige um trabalho sistemático e que tenha foco na prevenção. Garanta que os valores da escola sejam trabalhados constantemente com os alunos. “A instituição deve 'tornar legal' estar ao lado de quem é diferente e não ao lado de quem promove as agressões”, afirma a especialista.

5. Crie espaço para ouvir os estudantes e identificar problemas emocionais
A adolescente Via também enfrenta situações difíceis, mas que não são reconhecidas pelos adultos. Imagem: Divulgação.

O filme se dedica a retratar não somente a rotina de Auggie, mas também de diversas pessoas com quem o menino se relaciona. Chama atenção a história da irmã mais velha, Via. “Ela faz do ingresso no curso de teatro da escola uma válvula de escape para sua rotina”, diz Jorge Assumpção, diretor de Programação e Marketing da Paris Filmes, que distribui o filme no país e organizou rodadas de discussão sobre a obra com professores de escolas públicas. As angústias sofridas pela jovem quase sempre passam despercebidas, tanto pela família quanto pela escola onde ela estuda. Alunos como ela, muitas vezes, passam por situações difíceis sem que os educadores as identifiquem. Para mudar essa situação, Luciene sugere apostar em novas metodologias de ensino. “Quando os estudantes têm mais chance de se colocar, fica mais claro para os adultos os momentos pelos quais estão passando”, conta a especialista. Uma dinâmica possível é a realização de rodas de conversa para realizar um balanço sobre o dia. No final da aula, os estudantes podem ser estimulados a falar sobre como participaram das atividades, quais papéis assumiram – foram líderes? Demandaram muita ajuda? Conseguiram apoiar colegas? – e, assim, o professor se aproxima de cada estudante.

Fonte: Nova Escola

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

História de grandes mulheres do Brasil é contada em livro

Por Isabella Andrade - Especial para o Correio Brasiliense

A obra 'Extraordinárias - Mulheres que revolucionaram o Brasil' tem como objetivo divulgar a trajetória delas no país
Aryane e Duda (na ordem) querem que meninos e meninas leiam o livro














Com o objetivo de trazer à tona a história de grandes brasileiras que impactaram a história do país, Aryane Cararo e Duda Porto se uniram para escrever o livro Extraordinárias — Mulheres que revolucionaram o Brasil. A ideia é divulgar a trajetória de nomes importantes, vindos de diferentes etnias e regiões, que não costumam aparecer nos livros. As páginas contam com o desenho de grandes ilustradoras para acompanhar o relato de força que cada um dos personagens históricos mostrou para defender seus ideais. Com linguagem leve e fluida, o livro pode ser apresentado aos mais novos, curtido pelos adolescentes e apreciado pelos adultos. Um glossário especial acompanha o livro, detalhando termos e palavras-chave para melhor entendimento do texto.

Duda Porto, responsável pela criação da primeira Biblioteca Multilíngue Infantil pública do Brasil, conta que a ideia do livro nasceu de um desejo latente de proporcionar um material informativo e inspirador para todas as idades. A autora e jornalista destaca que a representatividade do feminismo ganhou força na internet, mas pouca base nas salas de aula. “É simplesmente impossível compreender o atual momento da força feminina sem um olhar verdadeiro para o passado. Só assim a nova geração vai ter as ferramentas necessárias para construir o presente e o futuro”, afirma. Ao levar a público essas trajetórias, elas querem quebrar paradigmas e construir novas histórias com tolerância, empatia e inclusão.

Laudelina de Campos Melo por Laura Athayde

A pluralidade do nosso país está entre os fatores que mais impulsionaram Duda a mergulhar nas histórias, entendendo como a riqueza cultural e geográfica, por exemplo, se tornou determinante para cada mudança que nos leva para uma crescente igualdade de gênero. A pesquisa cuidadosa foi o ponto de partida para a construção de um bom livro. Fontes da internet, entrevistas com familiares, bibliotecas e acervos, historiadores e pensadores em geral tornaram o processo das autoras ainda mais instigante.

Cada perfil procura apresentar as raízes, educação, sociedade, luta e mudança promovida por cada mulher. A história dessas mulheres é a história das brasileiras em todos os tempos. “Ser forte é também ter um olhar mais profundo para a nossa história, que merece e deve existir na vida dos jovens como fonte de inspiração”, destaca Duda.

Dorina Nowill, por Yara Kono

Enquanto isso, Aryane Cararo lembra que mulheres brasileiras raramente aparecem nos livros de história e, quando aparecem, sempre estão em um papel secundário. “É impressionante como falta registro histórico sobre essas mulheres que foram tão importantes para o país. O livro também é necessário para homens e meninos, porque precisamos começar a ver nossa própria história com outros olhos, os olhos da igualdade de papéis”, afirma a autora e jornalista.

Cerca de 300 nomes foram analisados para chegar à seleção das 44 que entraram no livro, o que daria uma grande enciclopédia de mulheres extraordinárias. Para a seleção, Duda e Aryane buscaram representatividade de diferentes regiões e para orientar a pesquisa, tomar como base as perguntas: essa mulher mudou o curso da história de alguma forma? Foi um divisor de águas na sua área? Foi um marco? Atuar em diferentes áreas foi outra preocupação, para mostrar que há representantes em todos os campos de conhecimento.

“Espero que isso, de alguma forma, inspire nossas meninas, adolescentes e jovens a acreditarem que podem fazer a diferença, que também são extraordinárias e podem virar um marco na vida dos brasileiros”, afirma Aryane. Entre as páginas há quem fez história na cultura, na educação, na política, no meio ambiente, nos direitos humanos, nas guerras e conflitos, na saúde, na ciência, nas questões de gênero, no respeito à diversidade.

Aryane lembra que este é um livro necessário, que reúne histórias importantes e poucas vezes contadas. É preciso que essas histórias sejam contadas para meninos e meninos, homens e mulheres, para que eles conheçam as trajetórias que fizeram com que nossa sociedade chegasse até aqui e para que se faça justiça em nome do processo histórico.

A história não foi feita apenas por homens mas também por mulheres que não apareceram nos registros. Para as autoras, ao mostrar a importância que esses nomes tiveram e têm em nossa sociedade, é possível inspirar outras tantas meninas a se sentirem capazes de seguir suas próprias trajetórias de sucesso sem se prender a preconceitos ou limites pré-estabelecidos.


» Extraordinárias — Mulheres que revolucionaram o Brasil
Autoras: Duda Porto de Souza e Aryane Cararo. Editora: Seguinte (O selo jovem da companhia das letras). Ano: 2017. Páginas: 208.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018