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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A Literatura nos Games

POR: PAULA SOUZA


O constante crescimento do interesse de crianças, jovens e adultos por games fez com que as grandes produtoras recorressem à mais antiga forma de diversão: a literatura. E quando digo que é uma antiga forma de diversão, não estou apenas me referindo a livros, em papel. Pode-se dizer que vai desde uma história contada antes de dormir, até os encontros literários de professores e mestres em Literatura. Aliás, pode-se dizer que isso vem desde a época dos grandes filósofos, como Aristóteles, Sócrates, Platão e muitos outros.

Partindo do pressuposto que os games podem ser vistos como elementos culturais que auxiliam no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, o número de jogos interativos que surgem tem aumentado e muito. Como em um romance, os jogos precisam de um enredo e, cada vez mais, as grandes produtoras estão à procura de roteiristas para novos jogos.

Quando falamos em literatura, é normal as pessoas torcerem o nariz e acharem “chato”, né? Pois bem! Jogos envolventes tem sido criados, baseados em elementos da literatura.

Por exemplo, o jogo Device 6, que mistura referências de Franz Kafka e Lewis Caroll, usando os textos de maneira criativa, com frases se movendo na tela. Um outro exemplo, e esse eu experimentei, é o jogo Child of Light, que mistura a história de A Bela Adormecida, com personagens de literatura medieval, como ogros e figuras místicas. Sem falar que o jogo é todo elaborado em pequenos poema; isso, sem comentar do cenário que é fantástico: castelos, florestas, plantas com poderes curativos, entre outros. Imagina eu, que gosto de literatura, como não viajei… rsrsrs

Outros jogos como Dantes Inferno e God of War trazem elementos literários. Dantes Inferno, como o nome sugere, baseia-se na descrição do Inferno de Dante, na obra A Divina Comédia, de Dante Allighieri. Em God of War temos o guerreiro grego Kratos, que trabalha para os deuses do Olimpo e é traído pelo deus da guerra, Áries. Mas, uma obra que me chamou a atenção, é Assassin´s Creed, que virou obra literária após o lançamento do jogo. Ai, fica a grande pergunta: por que vou ler uma coisa que já joguei? Pois bem! As obras escritas trazem detalhes da vida dos personagens que, ou não foram contados, ou foram contados superficialmente. Além disso, há mais alma nos personagens e na trama, fazendo com que apareça uma certa tensão. Para quem não conhece o jogo e nem os livros, trata-se de uma irmandade (traduzido ao pé da letra “Assassinos do Credo”), destinada a proteger a humanidade das mãos dos Templários, cujo objetivo é trazer ordem e disciplina a qualquer custo. Mais do que isso, a história traz reflexões sobre valores morais, escolhas e decisões, e seus pesos na vida real. O livro é fiel ao jogo? Não, não é. Talvez, em uma tentativa de prender o leitor que já jogou e talvez, uma outra tentativa de conquistar um público, em sua maioria jovem, o que torna a linguagem utilizada um pouco limitada. Acho importante também destacar que, como disse a escritora Flávia Gasi, doutora pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo, os jogos não precisam se ater às suas fontes de inspiração. É comum os jogadores pesquisarem sobre os títulos, por exemplo, e mergulharem em mundos como a Mitologia Grega, ou a Era Medieval, Período Renascentista ou até mesmo à Era Moderna. No caso de Assassin´s Creed, a situação inversa.
Bem, depois disso tudo, ainda acha que Literatura é chato?

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