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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Minha melhor crônica sobre o amor

Camila Jornada em 03 de novembro de 2017

Eu quero me inspirar em Caio. Eu quero transbordar em Clarice. Eu quero viver o ultrarromantismo do Álvares. Eu quero sentir a transpiração de todos eles e que cada um me dobre os dedos sem intervalos, escrevendo abaixo de mau tempo, poemas, contos, fadas, sonhos, promessas, loucuras, vícios, dor, perfumes, Leminski, gemidos, bordejos, embriaguez, paixão e surrealismo de puro êxtase.

Eu insisto em concluir a inspiração na morte, no amor. Custe a causa que me custe, mas o amor deixa o lamento da morte na vida que ele me segura. O amor intoxica o que achamos ter sentido de desculpa, talvez porque o veneno da paixão é a loucura de desejar outro ser.

Eu leio tantas coisas inúteis. Eu vejo o mundo chato. Eu não consigo fazer aquilo que penso, imagino, crio, transformo. Eu não consigo levar meus delírios a sério. O engraçado é que ele me deixa de pernas bambas, isso sim é sério. É grave!

Leio poemas e penso em penetrá-los, viver a coisa escrita. Pois eu acho tão bonito, intenso e devorador conhecer as mágoas, as paixões, os sussurros de um poeta. Imagina o poema em si, uma desgraça!

Será o poema que postamos retrata nosso momento? Será o poema uma forma de correspondência entre aqueles “os seres entrelinhas”. Eu poeto o poeta e ele sabe a dor de tudo. Inclusive, de tudo.

Vejo que as pessoas gostam dos que falam do amor. Mas tem que saber falar. Ah e acima de tudo, saber viver o amor. Talvez isso seja a coisa mais chata dele. Falecer de amor é um convívio.

Amar é bom, talvez nem tanto. A paixão é gostosa porque descompassa os sentidos e tem sabor de vício.

A paixão é igual à droga. Depois que passa, a depressão te consome.

Acho que eu nasci pra paixão e sentir saudade do amor de vez em quando. Eu não sei outra forma a não ser pensar em mutações.

A coisa mais chata do amor é aquele momento em que acreditamos que é pra sempre.

A coisa mais chata da paixão é aquele momento em que “depois disso, vem isso: o amor”.

Tudo bem, tudo bem. O amor é bom, ok? Amem, apaixonem-se, depois também.

Não vá pensar que somente tu é que pensas coisas aleatórias. Mas eu gostaria de começar o pensamento por mim. Não vá pensar que acontece somente contigo, imagina. Nem pense isso! Acha que o teu imaginário é exclusivo na face da terra? Pensando assim, até consigo concluir que alguém já pensou coisinhas de mim.

Bem, amanhã é sábado, estarei de aniversário. Caso pensem em me dar algum agrado, eu agradeço o amor.


Publicado em Conteúdos Criativos

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