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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Startup cria livros que se conectam ao celular e fazem leitor conversar com os personagens


Rafael Lamarques, Daniela Morais e Rafael Eiki fundadores da Vivros (Foto: Pedro Chinen/ Divulgação )

Amanda Oliveira revistapegn.globo.com 08/06/2018

Tornar os livros mais vivos. Essa foi a ideia dos amigos Rafael Eiki, Daniela Morais e Rafael Lamarques quando decidiram tirar a Vivros do papel. Fundada em 2018, a startup produz livros físicos com um “toque” de interatividade. Com um celular em mãos, as crianças podem explorar as histórias e até mesmo conversar com os personagens.

Estudantes do curso de ciência da computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os fundadores buscavam criar obras que instigassem a criatividade dos leitores. “Nós queríamos estimular a leitura de livros físicos usando a tecnologia, diz Eiki. A startup foi uma das finalistas da Imagine Cup Americana Latina 2018.

Mas afinal, o que é um "vivro"?
O conceito foi formulado pelos empreendedores e tem como princípio apresentar as histórias de uma forma diferente. Apesar de ser um livro físico, o "vivro", como o produto foi batizado, contém um QR Code que interage com os smartphones (atualmente, disponível apenas para Android). Para ter acesso a essa função, as crianças precisam baixar o aplicativo da startup.

Dentro das páginas dos vivros é possível interagir com os personagens por meio dos chatbots e também jogar pequenos minigames, relacionados ao conteúdo das narrativas. “Dependendo da interação da criança, cada história possui um final diferente”, explica o empreendedor.

As histórias
Clara perdeu seu anel e precisa encontrá-lo. Esse é um dos enredos de um dos vivros da startup, chamado “O Anel e as Coisas” (veja o vídeo). A partir da sua busca pela cidade, a personagem pode conversar com itens da história como chinelos e árvores para obter algumas dicas e encontrar o seu anel. Os objetos também podem ser vistos por meio da realidade aumentada.

"O Buraco" também é um dos livros interativos da empresa. A narrativa une uma lontra e um peixe em busca de descobrir por que a floresta está cheia de buracos. “Lendo essa história, as crianças vão aprendendo alguns conceitos de biologia marinha, por exemplo", diz o estudante.

Segundo Eiki, as interações não se restringem ao mundo virtual. Os vivros também têm imagens tridimensionais – ou seja, figuras que saltam das páginas. A obra se torna, assim, uma espécie de brinquedo em que é possível até mesmo fazer dobraduras.

O produto ainda não está sendo comercializado, mas a proposta é que os livros custem de R$ 40 a R$ 60. O público-alvo da startup são leitores de sete a 10 anos.


Fonte: Revista PEGN

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