Leia sempre, a leitura transforma.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Recomeçar

publicado em recortes por Simone Guerra

O recomeço está na mudança de dentro para fora, quando o coração implora menos desatino e a alma grita por libertação. Devemos recomeçar para não ficarmos trancados no quarto escuro da escravidão, em que, as limitações e os insucessos, impedem a vontade de seguirmos...



Dar o primeiro passo para começar mais uma vez não é fácil. É querer se reerguer e estar disposto ao novo. Levantar depois da tempestade, é para quem se impõe diante da dor, do desassossego, enquanto que, os menos capazes, nem sequer tentarão dar um passo adiante, apenas lamentarão os seus desesperos.

O recomeço é o caminho árduo para aqueles que perderam tudo ou parte de suas vidas. Não é nada fácil superar o choro, a tristeza. Não é fácil enxugar as lágrimas, tentar um sorriso com vontade e seguir adiante. Não é fácil deixar para trás, se as memórias insistem caminhar com o presente. Nada é fácil, mas se faz possível quando decidimos não perder mais tempo com o que deu errado, nos machucou ou nos tirou o chão.

Devemos insistir que precisamos ser melhores, mais amados, mais acreditados e mais respeitados, mesmo que seja doído demais deixar para trás. A vontade de vencer os problemas, a dignidade e o sofrimento nos ensinam lições de vida. O recomeço não está apenas no levantar e seguir, não! O recomeço está na mudança de dentro para fora, quando o coração implora menos desatino e a alma grita por libertação.

Recomeçar implica em mudança, é um refletir libertador em tentar uma vida melhor. Recomeçar é ter olhar crítico sobre o passado e ir. É olhar com liberdade e dignidade o que partiu deixando saudade ou não. O passado, segue com nós, para nos lembrarmos dos sucessos e derrotas; do que foi bom ou não, e o que não devia ser...

Cometemos enganos, nos machucamos, mas não devemos permitir que, as lembranças de um passado marcante, bem resolvido ou de sofreguidão seja um martírio. Devemos recomeçar para não ficarmos trancados no quarto escuro da escravidão, em que, as limitações e os insucessos, impedem a vontade de seguirmos.

Os recomeços felizes também existem: ir morar sozinha, o novo emprego, a casa nova, mudar de cidade, ir para outro país... Recomeços felizes exigem de nós: disciplina, dedicação, controle e discernimento. Recomeçar a vida é dar bom dia para mais uma perspectiva, é viver a novidade de um novo caminho. Não podemos nos entregar a miséria de permanecermos na dor, na apatia, na tristeza, pois, é preciso audácia para viver a vida, e vontade de querer um mundo melhor todos os dias.

Ninguém deve aceitar a derrota como a última opção, mas que seja um impulso para se levantar e mudar, mais uma vez, o script das próximas cenas da vida. Que recomeçamos quantas vezes forem necessárias. E, a cada tentativa, que vou ser mais feliz desta vez, seja uma promessa sem cair na tentação da frustração.

Que possamos comungar nossos recomeços diários, quando abrimos nossos olhos pela manhã e, o sol lá fora, tímido ou não, possa iluminar nossa existência, mesmo que os nossos corações estejam chorando desamores, dores, insucessos e insensatezes.

Que possamos ter uma vida cheios da vontade de sermos felizes, porque recomeçamos mais uma vez, todos os dias.




SIMONE GUERRA
Entre palavras e sentimentos, minha vida faz-se metade educadora e metade escritora. Não tenho preferência, porque quando junto as metades, realizo-me. Facebook: www.facebook.com/entrepalavrasesentimentos - Blog: www.simoneguerraescritora.blogspot.com.br - Instagram: @simoneguerraescritora.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Felicidade em Comprimidos: A Triste Realidade da Geração Dopada

publicado em recortes por Erick Morais

Existe uma sociedade que toma Prozac e, assim, nunca ouviu falar em ficar triste, em sentir-se infeliz. Basta um comprimidinho diário e veja só, lá vai mais um rindo à toa. Os problemas... Que problemas? Ah! Que solução mágica inventaram. Como pode o homem ser feliz sem o Prozac? Pobre dos nossos ancestrais que não puderam engolir a felicidade com apenas um copo d’água.



Existe uma sociedade que quer ser feliz o tempo inteiro. Existe uma sociedade que não enxerga elegância em poder cair e se levantar. Existe uma sociedade que cobra “sucesso” o tempo inteiro de você. Existe uma sociedade onde desconhecem a dor e a tristeza. Existe uma sociedade que só enxerga o valor das vitórias. Existe uma sociedade que desconhece a vida.

Existe uma sociedade que toma Prozac e, assim, nunca ouviu falar em ficar triste, em sentir-se infeliz. Basta um comprimidinho diário e veja só, lá vai mais um rindo à toa. Os problemas... Que problemas? Ah! Que solução mágica inventaram. Como pode o homem ser feliz sem o Prozac? Pobre dos nossos ancestrais que não puderam engolir a felicidade com apenas um copo d’ água.

Existe uma sociedade que toma Ritalina e, assim, nunca ouviu falar em desatenção. Há muito que se aprender. Há muito que se fazer. Portanto, ficais concentrados. Acabaram as desculpas para não ser o melhor, para aquela desconcentração que lhe custou o dez na prova. E não me venha com essa de que não precisa tirar dez sempre. Ora, você quer ser um alfa ou um gama menos?

Existe uma sociedade que toma Lexotan e, assim, nunca ouviu falar em ficar preocupado, ansioso com algo. A tranquilidade reina, sem direito a exceções. Todos são perfeitos no que fazem, têm relacionamentos maravilhosos e carreiras de sucesso. Todos os créditos, é claro, devem-se ao Lexotan. Para que ficar preocupado com o futuro quando essa maravilha nos dá garantia de tudo?

Existe uma sociedade que toma Rivotril e, assim, nunca ouviu falar em ficar estressado ou agitado. Que calmaria. Quanta paz. Quanto amor. Já não sabemos o que é ter olheiras, por causa de insônia. Tudo é tão tranquilo. E aqueles dias em que se acordava “virado” viraram lendas que pouco se ouve falar. Nem se fala naquelas sensações ruins de aperto no coração, né? Não consigo imaginar o quão ruim era a vida daqueles que desconheciam dessa dádiva.

Existe uma sociedade que não passa por incômodos ou dores existenciais. Existe uma sociedade que transformou tudo em mercadoria e, assim, compra-se tudo. Amor, tranquilidade, felicidade, disposição, atenção, sucesso, tudo em comprimidos. Dor? Que palavra estranha, está para ser abolida do vernáculo. O último relato de lágrimas já data de muito tempo. Oh! Admirável mundo novo cheio de belezas. Maravilhosas são as tuas pílulas. Maravilhoso é o sabor da tua felicidade.

Existe uma sociedade que toma essas maravilhas, que insistem em chamar de remédios, separadas. Mas, já estão produzindo todas juntas em um único e belo comprimido, o qual chamam de soma. Haveria nome melhor? A publicidade já está tratando de divulgar esse milagre, com o seguinte slogan – “E se por acaso alguma coisa andar mal, há o soma”. Quanta graça em único lugar.

Existe uma sociedade perfeita, em plena paz. Com apenas um problema, um selvagem, esquisito que ainda chora. Que lástima! Reclama aos quatro cantos o direito de ser infeliz. Diz não estar disposto a virar um dopado e perder sua autenticidade. Que audácia! Bem, ele já está sendo removido para a selva que é seu lugar. Entre nós só aceitamos aqueles que aceitam a felicidade. Confesso que só não entendo a música que o selvagem insiste em cantar: “Eu que já não quero mais ser um vencedor. Levo a vida devagar pra não faltar amor”. Faltar amor com o soma? Quanta ingenuidade.



ERICK MORAIS
Um menestrel caminhando pelas ruas solitárias da vida.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Prazo de Validade de um Favor…

por ERICO ROCHA - 20.11.2015
Quando você faz um favor a alguém existe um prazo para que essa pessoa se lembre desse favor e se sinta inclinada a retribuir? Algo como um prazo de validade?

Francis Flin fez um experimento para responder essa pergunta. Esse vídeo mostra a conclusão do experimento e como você pode usar isso para construir parcerias estratégicas para você e para seu negócio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Carta à Paixão

Publicado em Recortes por Salinê Saunders

Destinatária: Àquela que não pede licença.



Querida,

Quanto tempo nós não nos falávamos! É bom perceber que ainda temos assunto...sempre que nos encontramos parece que não nos víamos há poucos dias, né? Essa intimidade que construímos ao longo dos anos é rara, ainda te reconheço em cada detalhe, como antigamente.

Estás linda! Não mudastes nada, talvez mais madura, realista mas, a essência continua a mesma, saracoteando moleca em todo canto como sempre. Dando susto e enchendo a casa de flor. Mas, mesmo com saudades preciso confessar algumas coisas e escrevo por que tu sabes bem que algumas coisas só saem de mim por escrito...e, normalmente, se tratando de ti é a única forma plausível.

Confesso que não estás me deixando confortável nesta última visita. Me sinto descontrolada. É isso! Descontrole é a palavra. Algo como uma respiração trancada por segundos longos demais. Ofegante, agoniada. Um descontrole latente, pulsante e morno que aquece meu corpo...mas é quente demais. Numa temperatura onde queima a pele e ferve os nervos, o sangue e os pensamentos. Perco o controle, oequilíbrio, o bom senso. Me perco.

Faço de uma forma onde não fiques constrangida mas, silenciosamente, aperto cada sintoma agonizante da tua companhia, numa tentativa vã de deixá-la tão pequena a ponto de ser imperceptível...a ponto de sumir por si. Implodir. Desaparecer daqui. Mas, tu gritas como uma criança faminta, que busca com anseio o único leite que saciará sua fome. Uma fome emocional. Uma fome vazia de um alimento inventado. Inventado sim! Por que tens o péssimo hábito de inventar as coisas. Inventar que faz sentido, que combina, que encanta...inventa até razões para que essa cara de boba se instale de uma vez por todas e me deixe constrangida em público.

Não compreendo a valorização demasiada que as pessoas te dão, os escritores, novelistas, músicos...te idolatram! Não que não sejas especial e encantadora. És! Mas é muito bafafá na tua volta entende? Te convidam a todo instante pra visitá-los com freqüência pra que o peito invente de fazer arte. Eu acho que tu deveria ir... Eu acho heim!? Vá querida, vá de uma vez! Tu descontrola todo meu equipamento cardíaco e não estou disposta a buscar ajuda médica agora nessa fase tão corrida da minha vida. Na verdade não compreendo o que trazes além de agonia e inspiração... Ok, ao menos trás a inspiração. Mas na próxima vez podes trazer a inspiração e deixar esse sufoco na casa de quem goste de recebê-lo, pois eu não gosto.

Racionalizar o coração tem sido meu exercício diário com essa tua visita imprevisível. Racionalizar o que não passa pela mente, o que me toma como marionete e embala meu corpo numa dança que faz dos meus planos mais sérios frágeis bolhas de sabão. Brincas de ser agulha e sai estourando uma a uma...brincas de ser presente mesmo quando me faço de ausência. Eu estava tranquila até chegares espaçosamente, deitar no meu colo pedindo conselhos, como se eu já fosse consciente o suficiente para te responder de uma forma digna. Não sou. Não sei o que dizer pra ti que me questiona incansavelmente, que me rouba os olhos desde meu primeiro encanto. Me rouba descaradamente a atenção e os devaneios pré-sono nessa forma louca de me por a mercê desse tumulto que és.

Paixão, por favor, volte mais tarde. Não estou com a casa pronta pra recebê-la e por favor, avise quando estiver vindo, pra que eu possa encaixar tua presença na minha vida. Eu te respeito, não quero cortar os laços, cultivo a esperança de reatarmos nosso contato qualquer dia, mas sinceramente não tenho vontade de dividir minha vida contigo, agora. Tu me causa ansiedade, bobice e uma vontade incontrolável de ver e rever filmes água com açúcar. Que coisa inconveniente!

Pratico repetidamente o dom de interpretar desde que ressurgistes na minha rotina. Mas não consigo ser tão boa a ponto de convencer a mim mesma que não mexes comigo... Cansei! Vou te passar o endereço de alguns amigos super legais que adorariam recebê-la agora no inverno! Nós combinamos umas férias tuas aqui em casa daqui a um ano pode ser? Conversamos por e-mail e acertamos os detalhes.

No mais, obrigada pela visita e desculpe a sinceridade. Sei que tua intenção era boa, mas tens que aprender de uma vez por todas a pedir licença. Levei um susto quando abri a porta e te vi instalada ali novamente, tomando conta de todo canto meu sem a menor cerimônia... Assim, sinceramente, não dá.

Até breve, e que o breve esteja longe... Mas nem tanto.



Essa menina diz que ama, e que amando, escreve. Diz que as coisas escritas são tagarelas e que adoram sair tocando as campainhas dos corações alheios. Essa menina diz um bocado de coisa, mas o que mais repete é que aceita café, por favor.
Fonte: © 
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O que você quer ser quando crescer?

publicado em recortes por Cláudia Alves

Já parou para pensar sobre suas respostas? Talvez nunca tenhamos crescido, por não termos nos tornado o que queríamos ser quando crescer. Ou, talvez, nunca soubemos responder a essa pergunta. 


 

Quando criança, ela adorava desenhar casas e substituía as brincadeiras de bonecas por um papel em branco, um lápis e uma borracha. E com sua imaginação, vivia dentro das casas que desenhava.

Quando a perguntavam o que queria ser quando crescer, ela não hesitava e logo respondia: Arquiteta! Seu olhar brilhava e um sorriso tímido se escondia entre as bochechas avermelhadas.

Outras profissões disputavam o seu desejo. Uma vez, respondeu que queria ser policial, com o argumento que arrancou sorrisos dos adultos presentes: "Preciso proteger meus pais dos ladrões".

Na adolescência, quando se aproximavam os vestibulares - aquilo que parece definir o destino de todas as nossas vidas para sempre e amém! -, a pergunta se intensificava e parecia persegui-la por onde andava. O seu maior desejo era não crescer, para não ter que a responder decisivamente.

E quando se tornou adulta, então, percebeu que a resposta sempre esteve com ela. Hoje, não arquiteta e muito menos policial, ela é o que qualquer pessoa deveria desejar ser quando crescer.

Um dos seus maiores desejos é de voltar no tempo à todas as vezes que a fizeram a pergunta "O que você quer ser quando crescer?". Sem hesitar, ela responderia: Eu.

Aprendeu que uma profissão não é o que define o que ela é e será.

E você, o que quer ser quando crescer?


Cláudia Alves
Amante de voos e sorrisos. Se há leveza, eu voo. Se a vida chama, eu vou. Afinal, voar é preciso. Faço de tudo uma poesia, sem perder a prosa. Com silêncio misterioso e olhar observador.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Redes sociais: quais são os dilemas envolvidos na exposição dos alunos

© iStockphoto

Divulgar atividades que exponham alunos em redes sociais pede cuidados legais para preservar a segurança de crianças e jovens. Por outro lado, é possível fazer da página da escola uma ferramenta de conscientização e referência de boas práticas


"Achei estranho porque, depois que a imagem foi publicada, acabei virando um centro de atenção na escola. Até gente que eu não conhecia veio falar comigo - inclusive para dizer que eu estava ridícula com aquela roupa, que na verdade era o figurino de uma peça. Eu uso redes sociais, mas essa situação me fez perceber que essa exposição pode ter repercussões na vida real." Esse relato foi dado por uma estudante de 16 anos da rede estadual de ensino de São Paulo, que pediu para não ser identificada. O constrangimento não foi resultado de uma imagem publicada por ela mesma, por amigos ou familiares.  A foto era parte da divulgação de atividades na página de Facebook da escola onde a jovem estuda.

Se a exposição de crianças e jovens na internet já é por si um assunto delicado, o tema torna-se ainda mais complexo quando a própria escola faz a escolha de manter uma página ou perfil em alguma rede social - e, por meio dela, divulgar para pais, educadores e demais usuários da rede imagens de ações que envolvam seus alunos. A possibilidade de constrangimento, de cyberbullying e do uso indevido dessas imagens deve ser observada pelas instituições de ensino. Por outro lado, afirmam especialistas, é necessário ponderar que, se utilizada a partir de princípios claros e pautados pelo bom-senso, a página da escola pode se transformar em uma poderosa ferramenta de conscientização.

"Embora utilizemos as redes sociais e a própria internet já há alguns anos, nem sempre é tão simples perceber as consequências da postagem de uma foto. Uma vez on-line, é praticamente impossível que se tenha controle sobre o que está publicado", alerta Rodrigo Nejm, psicólogo e diretor de educação da Safernet, associação sem fins lucrativos que é referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos direitos humanos na internet. Para Nejm, quando a escola divulga suas atividades em algum canal de web, expondo a imagem de alunos, deve levar em conta critérios válidos para toda a rede, como evitar imagens que possam gerar erotização (crianças pequenas sem roupas, por exemplo) ou posts capazes de provocar constrangimento. "E isso também vale para o constrangimento futuro, já que a imagem certamente poderá ser vista por um longo período de tempo", reforça o especialista.

Permissão
Do ponto de vista legal, as escolas precisam solicitar aos pais autorização para o uso da imagem de alunos também para as redes sociais. Nas escolas particulares, onde existem contratos mais explícitos de prestação de serviço, é importante que se insira pelo menos uma cláusula em que os responsáveis autorizem a divulgação de imagens vinculadas a atividades escolares. No caso de escolas públicas, esse documento também deve ser produzido, mesmo que no formato de autorização específica. Aos pais cabe verificar se o documento ou a cláusula está de acordo com o que acreditam ser correto. "O importante é que saibam que, mesmo com a banalização da produção e difusão de imagens por dispositivos e meios digitais, também é preciso que fotos postadas em redes como o Facebook ou o Instagram estejam devidamente autorizadas", explica Fernanda Leonardi, advogada especialista em direito digital.

A escola precisará criar dinâmicas para evitar que não sejam publicadas imagens dos alunos para os quais não foi dada autorização. "Caso a imagem de um aluno seja divulgada sem essa autorização expressa, a escola pode, sim, ser acionada legalmente", completa a especialista. Fernanda aponta ainda que, mesmo se for abrangente, a cláusula que autoriza o uso de imagens de crianças e adolescentes pelas escolas pode contar com observações e restrições feitas pelos pais. "No contrato escolar dos meus filhos, por exemplo, eu fiz questão de fazer um adendo afirmando que as imagens não podem ser utilizadas para fins comerciais."

Compartilhando aprendizados
Se, por um lado, publicar imagens de alunos nas redes sociais das instituições de ensino pede cuidados, não podemos negar que os ambientes digitais se transformaram em um importante canal de comunicação, capaz de agregar, atrair e fomentar discussões e ações práticas no ambiente escolar.

"Acho que seria um acovardamento deixarmos de utilizar uma ferramenta que aproxima os jovens das atividades da escola por causa da vulnerabilidade presente na rede", analisa Aldair Almeida Dantas, diretora do Colégio Estadual Stiep Carlos Marighella, em Salvador (BA).  Para a gestora, utilizar o Facebook é uma maneira de dialogar com os alunos - afinal, trata-se de um espaço virtual que eles mesmos usam amplamente. A manutenção da página do colégio, afirma Aldair, segue critérios claros, evitando a exposição inadequada de alunos e zelando para que os pais estejam cientes de que qualquer divulgação será realizada apenas mediante autorização. Além desses cuidados, tanto a página em rede social quanto o site do colégio são monitorados por um especialista voluntário. 

Aldair conta que esse monitoramento foi essencial quando a escola mudou de nome, há cerca de um ano. "Embora a decisão tenha sido democrática, multiplicaram-se em nossa página comentários ofensivos daqueles que discordavam da mudança e que atacavam muitos dos nossos alunos. O responsável pelo monitoramento teve o cuidado de apagar textos ofensivos e comunicar explicitamente por que estávamos fazendo isso. Aprendemos com essa situação que não apenas as imagens, mas também as palavras, precisam ser tratadas com muito cuidado nos ambientes virtuais", afirma a gestora. Além dos cuidados com a divulgação, os estudantes do colégio recebem orientações sobre como usar a internet de forma a evitar exposição equivocada e excessiva e como não prejudicar outras pessoas com a publicação de material indevido.

Utilizar a página da escola no Facebook como referência em um processo maior de conscientização é, inclusive, uma das principais chaves para transformar o que poderia ser um mero canal de divulgação em uma ferramenta de caráter educativo. "É uma maneira de tocar no assunto, demonstrando claramente suas implicações - inclusive para os pais, que nem sempre enxergam as redes sociais em toda a sua vulnerabilidade", aponta Rodrigo Najm, da Safernet.

A escola Bakhita, em São Paulo, divulga imagens de seus alunos como resposta a uma demanda dos próprios pais, que pediam um acesso mais ágil e simplificado às atividades realizadas diariamente na escola. "Sabemos que existe esse papel da rede social como espaço para monitoramento, por parte dos pais, do que está sendo realizado. A nossa principal intenção, porém, é que a página no Facebook seja uma extensão da cultura escolar - que, no nosso caso, preza pela autonomia do aluno", diz Rafael Martins, educador e coordenador de TI e projetos na Bakhita. Isso significa, por exemplo, divulgar imagens que mostrem projetos realizados e momentos de troca que tenham sido importantes no ambiente escolar. 

"Realizamos atividades como a produção de blogs e, nesses ambientes, os alunos também podem sentir o impacto da exposição de suas proposições e ideias - além de perceber que terão de lidar com críticas e questionamentos de pessoas que estão conectadas, mas que não necessariamente são conhecidas. Quanto mais adquirirem essa compreensão, mais conscientes ficarão de que tudo o que expuserem em suas próprias redes sociais poderá chegar a um número considerável de desconhecidos. A intenção é que a página da escola seja um exemplo de uso correto, de propagação de ideias, atividades e ações, feita de maneira saudável e construtiva", explica Martins.

"A escola pode fazer do uso das redes sociais um tema, mais do que apenas uma prática. É algo que merece ser amplamente discutido e abordado para que a responsabilidade quanto à exposição de crianças e jovens seja tratada de forma mais madura e consciente", complementa Rodrigo Najm. "O ideal é que os agentes - pais, educadores, funcionários, gestores e alunos - sejam mobilizados a refletir e opinar sobre o uso feito pela escola, buscando informações de órgãos especializados, inclusive os que estão presentes na rede. Assim é possível que se quebre essa febre de exposição excessiva e sejam evitadas as possíveis consequências negativas, indesejáveis para todos."

Fonte: Revista Educação

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Valorizar os ganhos e aprender com as perdas

"Valorizar os ganhos e aprender com as perdas, no sentido de reconstruirmos o nosso caminho, mesmo que às duras penas, eternizará em nossas lembranças tudo aquilo que deverá ser o alicerce de nossos pensamentos e ações enquanto estivermos dispostos a encontrar a felicidade."



Viver implica inevitáveis perdas e ganhos, tendo ambos uma importância extrema ao nosso amadurecimento pessoal. No entanto, é muito difícil aprendermos a lidar com os aspectos negativos e que incomodam o nosso caminho, pois eles parecem se fixar em nossas memórias de forma indelével, perseguindo-nos enquanto vivermos. E, enquanto não conseguirmos digerir os obstáculos com lucidez e maturidade, não estaremos preparados para sorver todo o prazer inerente aos aspectos positivos que nos circundam diariamente.

Teimamos em nos prender ao que se foi, ao que já não tem mais razão de ser, ao que poderia ter sido e, enquanto isso, a vida passa lá fora, com todas as novas oportunidades que sempre traz consigo, muitas delas nos estendendo as mãos inutilmente. Sem que nos desapeguemos daquilo que já cheira a mofo, é impossível que abracemos o novinho em folha. Caso fiquemos lamentando aquilo que não deu certo, não teremos forças para fazer algo dar certo. Lágrimas excessivas acabam cegando nossos sentidos, enganando nossa percepção de mundo, retirando todo o colorido da vida de nosso olhar.

Existem tragédias cujas consequências são por demais dolorosas e inevitavelmente nos marcarão tão fundo, que jamais seremos os mesmos após o ocorrido, como, por exemplo, a perda de um filho, um acidente que nos limita fisicamente, um fenômeno natural que destrói tudo o que lutamos para obter. São os divisores de água que demarcam o antes e o depois em nossas vidas, são os alarmes necessários a que acordemos frente à finitude da vida, à pequenez de cada um de nós diante da força do universo, à insensatez do acúmulo de bens em desfavor do sentir e do compartilhar.





Para que possamos passar por tudo o que a vida nos reserva, no melhor e no pior, sem nos perdermos em meio a uma noite eterna, vale nos prepararmos enquanto há luz do dia. Nos momentos de calmaria, é preciso aproveitar os momentos, desfrutando-os junto com amigos e familiares, cultivando nossos relacionamentos com as pessoas que serão nosso arrimo, nosso porto-seguro, sempre que precisarmos. Vale acolhermos com amabilidade a todos que convivem conosco, pois a ajuda muitas vezes vem exatamente de quem menos esperávamos, de alguém em quem nem prestávamos atenção.

Temos que nos permitir sermos eternos aprendizes, a estarmos inacabados, em formação, abertos à reorganização dos pensamentos, à desestruturação de paradigmas, ao enfrentamento de verdades. É necessário criar uma consciência elástica, flexível frente às mudanças que abalarão tudo o que pensávamos saber a respeito das coisas, das pessoas, dos sentimentos. Compreender a própria finitude e a certeza de que nada nesta vida é certo nos ajudará a atravessarmos a nossa lida com mais sobriedade, segurança e capacidade de nos reinventarmos a cada abalo sísmico de nossos sentidos.

Valorizar os ganhos e aprender com as perdas, no sentido de reconstruirmos o nosso caminho, mesmo que às duras penas, eternizará em nossas lembranças tudo aquilo que deverá ser o alicerce de nossos pensamentos e ações enquanto estivermos dispostos a encontrar a felicidade. E sabermos que essa felicidade é um caminho de busca nem sempre prazeroso determinará, enfim, a qualidade de nossa vida junto de quem nos provoca sorrisos sinceros, pois, tendo conhecido a escuridão, os caminhos de luz serão ainda mais mágicos e especiais.
MARCEL CAMARGO
Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.
"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar".
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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A estante encantada de Jordana

Ana Carolina Becker - Folha do Mate - 24/10/2015

A leitura na vida da estudante de Direito, Jordana Rex, 21 anos, iniciou-se muito antes de saber juntar as letrinhas. O gosto e a paixão pelos livros começou na infância, com os pais e familiares contando histórias a ela.
Em datas comemorativas sempre ganhou livros de presente: 'E não via a hora delas chagarem para ganhar uma história nova', conta, animada. Quando cresceu, passou a sentir um carinho por ter a oportunidade de retirar livros na biblioteca, 'e até hoje, carrego um junto comigo onde quer que eu vá.'

A partir do gosto que criou pela leitura, a jovem também desenvolveu mais interesse pela escrita e foi a partir disso que surgiu a ideia de criar o blog 'Queridinhos da Estante'. 'Este ano, por acaso, acabei descobrindo este universo virtual dedicado aos livros e fiquei completamente encantada com a ideia de ter um espaço onde eu pudesse compartilhar minhas leituras', salienta.

Segundo ela, essa foi uma forma de incentivar pessoas à leitura. O blog tem como objetivo dar dicas e opções das mais variadas leituras, com o intuito de incentivar e inspirar novos leitores e até escritores. 'Nunca é tarde! Há sempre um livro prontinho para ser lido por qualquer um', diz.

Para Jordana livro é conhecimento. 'Eles possuem inúmeros mundos diferentes e pensamentos diversos dos que possuímos. Eles te fazem refletir, pensar, sair da zona de conforto. Se você não gosta de ler é porque ainda não achou o seu tipo de livro ideal', salienta.

Fonte:Blog do Galeano

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Projeto convida professor inovador a escrever o capítulo de um livro

Obra irá reunir dez relatos, artigos ou pesquisas sobre o uso da tecnologia na sala de aula

Você é educador e tem experiências no uso de tecnologia ou novas culturas de aprendizagem? Uma iniciativa quer lançar um e-book gratuito sobre o assunto, que reunirá capítulos escritos por professores. Os interessados em publicar seus relatos de experiências, análises ou pesquisas sobre o tema têm até 30 de novembro. As inscrições estão abertas no site da campanha
Os temas dos artigos são: pensamento computacional; fora da caixa: docência, formação e novas tecnologias; novas culturas de aprendizagem: espaços maker, ensino híbrido e gamificação; criatividade e iniciativas de aprendizagem fora da sala de aula; recursos digitais educativos: objetos de aprendizagem, apps, redes sociais e afins; educação aberta: teoria e prática; Arte, literatura e comunicação em ambiente digital ou inclusão digital e práticas de letramento.
Cada capítulo enviado deve ter no mínimo dez e no máximo trinta páginas, além de ser escrito por até dois autores. A iniciativa é do Estúdio Abble de Aprendizagem, da Pipa Comunicação e do Grupo de Pesquisa Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE/UFPE). O livro será publicado digitalmente pelo selo editorial Pipa Comunicação.

Fonte: Revista Educação

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Filho Amado



Grati
dão, gratidão, amor, amor, luz, luz por todo carinho e amor recebidos, por todos os abraços, por todas as palavras, por todos os olhares...
Com o Lucas tudo é muito intenso. Lucas fez sua passagem para o plano espiritual, cumprindo assim sua missão.
No dia 3/11 já soubemos através da Tia Elsa que tinha sido conduzido ao Reino Cristalino e através da Raiza Preziuso que Lucas estava sendo guiado por 2 Anjos muito especiais que o acompanhavam até a Ponte de Rosas (Passagem para a Casa Angélica). Que estava RADIANTE, cheio de uma luz muito especial. Sua aura era muito bela e estava alegre, muito tranquilo, cheio de uma grande paz.
No dia 5/11 recebemos esta linda mensagem de uma pessoa que nos é muito especial.
Lucas diz:

Assim como na chegada a partida também foi anunciada.
Tudo já estava preparado. Só a minha espera. Foi realmente linda.
Para ela (mãe) lembrar dos patinhos, pois eles foram apenas passear além das montanhas. Cumpriu o seu papel muito além do esperado. Amou o cristal e seu corpo que lhe foi emprestado.
Prestar atenção na avó, pois ela não entende a sua passagem. Não se culpe por não ter dado adeus.
Na saudade ouvir o coração, pois ele estará lá dando respostas.

Irmãos não é fácil, pois o amor existiu na forma mais pura e verdadeira e isso fez dele (Lucas) pleno. Fiquem com um amuleto de algo que me lembre. Fé e luz e sempre pelo caminho do bem.
Fiquem bem, pois estou bem. A luz é forte e poderosa.
Mãe minha luz de amor sem fim. Voltei para minha casa. Foi minha última viagem. Não te preocupa não senti medo, a luz me acolheu. Tua tristeza eu entendo. Amou com muito amor e ensinamento o meu corpo. E agora quero que se alimente da luz, pois minha luz também tem de haver com a tua. Seres de luz interligados por toda eternidade a trabalho da humanidade. Minha luz sempre estará contigo. Serei teu guia.
Pai amado. Meu propósito feito. Semeie o amor. O mais puro e pleno. Todos somos seres de luz em corpos emprestados. Alguns não necessitam muito tempo por aqui. Mas a essência continua. Meu trabalho sempre foi a luz, o amor é alegria. O corpo físico tem suas limitações. E no momento minha luz necessita ser plena.
Luz, luz, luz o amor que move o mundo.
Lucas Cogo Miletto

Estamos bem com todas estas energias, luz, amor que estamos recebendo, o coração está leve e vamos ficar melhor.

Denise Miletto, José Paulo Manara Miletto, Rodolfo Cogo Miletto e Marcelo Cogo Miletto

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Avaliação Salgado News - 2ª Edição



201
A turma 201 nunca tinha participado da criação de um jornal, está é a segunda edição e nós estamos trabalhando para a terceira.

Este trabalho desenvolve a leitura, a criatividade, melhora o ensino. A intenção do jornal é dar visibilidade ao trabalho realizado em sala de aula pelos alunos e professora.

A turma escreveu a notícia sobre a cantina da tia Janete que foi uma novidade para escola, pois há muitos anos não funcionava uma cantina na escola.

O jornal ajuda no desenvolvimento de leitura e é bom para todos poderem ver o que é trabalhado dentro das salas de aulas, é bom também para terem mais olhos ao que está acontecendo no mundo lá fora. Falamos no jornal sobre o mundo das drogas, sobre maioridade penal, inclusão, etc. Isto é importante para trazer novos conhecimentos.

202
O Jornal Salgado News é muito legal porque isto mostra que a escola esta progredindo, o jornal apresenta os trabalhos de salas de aula realizados nas aulas de Literatura Brasileira.

Na primeira edição os alunos sugeriam mais páginas e isto foi contemplado na segunda edição.

Adoramos muito a cantina da tia Janeti que só falavam que ia ter a cantina e saiu e melhorou o recreio.

A turma 202 gostou de participar das apresentações realizadas na gincana julina e que foi registrado em fotos no jornal.

Alunos da 202 também participaram da gincana cultural da semana farroupilha no Ctg Negrinho do Pastoreio

Ficou combinado com a professora que cada turma tem que tirar uma foto da turma para a terceira edição.

204

A segunda edição do jornal significa muito para nós, é uma maneira de interagirmos, de trocar idéias de aprendermos uns com os outros.

Nesta edição alguns alunos da turma elaboraram as questões da entrevista com juiz de direito sobre a redução da maior idade penal e a entrevista de viver o drama no mundo das drogas.

No desafio de escrever sobre você é quem gostaria de ser os alunos mostraram sua autenticidade e mostraram que não tem medo de ser quem realmente são.

Revelamos também talentos mostrados na coluna “nossos talentos” criada nesta edição, foi mostrado o talento de Geandra de Melo na fotografia e Thalia Lunardi no desenho.

Alunos da turma 204 participaram e ficaram em segundo lugar da gincana cultural realizada no CTG negrinho do pastoreio que virou noticia em nosso jornal.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Movimentação Internacional

Uma semana cheia de atividades das quais participaram estudantes intercambistas do Rotary Club e estudantes do Ensino Médio do IEESF.
Várias rodas de conversa foram organizadas nas escolas estaduais e municipais, videoconferência, palestras e apresentação de trabalhos de diferentes temáticas e visitação às Mostras Pedagógicas que aconteciam durante a semana na rede municipal de ensino.

O Jornal Salgado News foi uma das atividades apresentada.