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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Releitura de poema de Mario Quintana

A Turma 201 fez uma releitura do poema Auto-Retrato de Mario Quintana.

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O AUTORRETRATO

No retrato que me faço
- traço a traço -
Às vezes me pinto lua
Às vezes me pinto flor 


Às vezes me pinto coisas
De que não existem mais...
Apenas nas minhas lembranças
Mas que um dia existirão...

E, desta vida, em que procuro
- pouco a pouco –
Minha igualdade

No final, o que sobrará?
Um louco a procura
De sua igualdade

M. P., 201 


O AUTORRETRATO

Vejo-me às vezes
Como um aprendiz
Sendo adestrado pelas
Regras da sociedade

Ás vezes me sinto como
Se tivesse voltado no tempo
Para mudar o meu passado

Isso me deixa confuso
Pois não sei meu futuro
Mas a cada segundo
Estou mudando-o

G. H., 201


O AUTORRETRATO

Eu sou Andressa
Alegre e sonhadora
Com mau humor
Sempre sincera

Alta, com olhos esverdeados
Gosto de ajudar
O que não gosto
É de ficar nervosa

Pronta para ajudar
Seja qual a situação
Magra e de bom coração
Faço tudo para divertir
Quem ao meu lado está
Dizem que sou teimosa
Mas quem não é?!
Não guardo rancor
Mas também desejo ser respeitada

Andressa Parise, 201


O AUTORRETRATO

No retrato que me faço
-Traço a traço -
Às vezes me pinto tempestade
Às vezes me pinto calmaria...

Às vezes me pinto brisa
Que às vezes estão passageiras
De que nem me lembro mais...

E, desta lida, em que busco
- Pouco a pouco -
Minha eterna essência
No final o que restarias?
Um coração bom, de alma bonita!

V. B., 201
O AUTORRETRATO 

No retrato que me faço
-Traço a traço -
Às vezes me pinto alegria...
Às vezes me pinto tristeza

Às vezes me pinto coisas que não fazem
Mais parte do meu cotidiano...
Ou coisas que já não existem mais nele...

E, ao passar de cada dia, em busca
- Pouco a pouco -
Meus eternos aprendizados.
No final, que restará?
Traços de uma criança...
Terminando por um adulto.

L. R., 201


O AUTORRETRATO

No retrato que me faço
- Traço a traço -
Às vezes ruas escuras
Às vezes bosques escuros

Às vezes me pinto coisas
Nas quais só há saudade
Ou coisas das quais não queria lembrar
E desta forma, me pinto

- Pouco a pouco -
Meu eterno retrato
Que no final, um dia se esquecerá
Como um desenho de criança,
Como uma carta de romance
Esquecido na gaveta

E. T. M., 201

O AUTORRETRATO

Às vezes me pinto lua
Às vezes me pinto chuva
Às vezes nem me pinto

De preto e branco me sinto zen
Às vezes me pinto chuva
Às vezes me pinto rua
Vendo a verdade nua e crua

P. L. C., 201

Nova Ortografia

Autorretrato é a grafia utilizada pela nova ortografia. Quando o poema foi escrito por Mario Quintana a grafia era Auto-retrato.

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