Quando penso em escolher o que escrever da minha infância são tantas cenas que passam como um filme. A escrita de hoje será uma aventura nas alturas, as maiores que consegui escalar com oito, nove anos. Acho que fazíamos competição de quem subia mais alto nas árvores que tinha em nosso quintal e na casa dos meus avós.
Estudávamos
a sequência de galhos a subir, a grande dificuldade muitas vezes era descer,
dava um frio na barriga. Eu adorava esta brincadeira e acredito me sentia nas
nuvens, uma liberdade incrível e muitas vezes um refúgio.
Tinha uma
bergamoteira que não era muito alta na casa da vovó e até brincávamos de
casinha.
As árvores
além de nos darem emoções proporcionavam a degustação de frutos saborosos,
uníamos o útil ao agradável. As mais altas que subi foram um pé de caqui e uma
ameixeira.
As pernas
estavam sempre raladas ou roxas, mas nada além disso. O machucado mais feio foi
descendo da ameixeira cravei um dente de rastelo que atravessou um chinelo, eu
não conseguia subir sem chinelos, pois doíam muito meus pés. Foram muitos dias
para curar o machucado, muito banho de água com sabão e álcool para não
infeccionar. Era um dos recursos que mais usávamos. Imaginem 4 crianças fazendo
este tipo de brincadeiras.
Mais uma vez
a aventura fica na lembrança muito mais que os ralados e isso tudo nos
impulsiona para a próxima fase a adolescência, que não vou passar neste lugar
da infância. Mudamos para São Francisco de Assis quando eu tinha 10 anos.
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