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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Aventura nas Alturas

  

Quando penso em escolher o que escrever da minha infância são tantas cenas que passam como um filme. A escrita de hoje será uma aventura nas alturas, as maiores que consegui escalar com oito, nove anos. Acho que fazíamos competição de quem subia mais alto nas árvores que tinha em nosso quintal e na casa dos meus avós.

Estudávamos a sequência de galhos a subir, a grande dificuldade muitas vezes era descer, dava um frio na barriga. Eu adorava esta brincadeira e acredito me sentia nas nuvens, uma liberdade incrível e muitas vezes um refúgio.

Tinha uma bergamoteira que não era muito alta na casa da vovó e até brincávamos de casinha.

As árvores além de nos darem emoções proporcionavam a degustação de frutos saborosos, uníamos o útil ao agradável. As mais altas que subi foram um pé de caqui e uma ameixeira.

As pernas estavam sempre raladas ou roxas, mas nada além disso. O machucado mais feio foi descendo da ameixeira cravei um dente de rastelo que atravessou um chinelo, eu não conseguia subir sem chinelos, pois doíam muito meus pés. Foram muitos dias para curar o machucado, muito banho de água com sabão e álcool para não infeccionar. Era um dos recursos que mais usávamos. Imaginem 4 crianças fazendo este tipo de brincadeiras.

Mais uma vez a aventura fica na lembrança muito mais que os ralados e isso tudo nos impulsiona para a próxima fase a adolescência, que não vou passar neste lugar da infância. Mudamos para São Francisco de Assis quando eu tinha 10 anos.

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