Quem nunca teve uma aventura que escondeu dos pais ou pelo menos a gente achava que eles nem desconfiavam. Era um tempo que tudo podia ser uma aventura porque assim a nossa imaginação tinha a permissão de realizar grandes aventuras.
Equilibrar-se
poderia ser uma delas. Assim nós saíamos para brincar e íamos até um pontilham
que estava sendo construído. Nós andávamos pelas vigas de uns 15 cm de largura
desafiando equilíbrio, coragem e mais alguma coisa que poderiam prevalecer
naquele momento, nos desafiávamos uns aos outros. Acredito que já estava no
final da travessia quando me desequilibrei e caí de encontro às pedras ralando
as duas pernas. Imagine o susto, o medo e ainda chegar em casa e esconder tudo
isso. Não lembro quando a mãe descobriu, mas fiquei uma semana andando de
calças para esconder os ralados. Essas aventuras não eram permitidas, mas como
morávamos num lugar pequeno tínhamos a liberdade de ir e vir na casa dos avós e
isto tudo ficava no caminho.
Talvez o que
mais doía era ter que esconder os machucados, pois sabia que tinha infringido
as regras e com certeza sobraria uma correção à altura.
Foram tempos
incríveis de liberdade, criatividade, convivências com primos, amigos, tios,
avós. Lembranças que guardamos, tempos que vivemos e construímos a base do que
somos.
É sempre bom
revisitar estas histórias da infância!
Comente o
que esta história te levou revisitar.
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