Pois é, eu
tenho. E adivinhem era uma boneca ou duas. Eu até gostava da minha boneca, mas
minha amiga tinha uma que chamava Suzi, era uma boneca elegante, que mexia
braços e pernas, tinha cabelos longos e um rosto bonito. Pedia nos natais e
nada, sempre vinha uma daquelas de plástico que não mexiam as pernas, só os
braços. Com o passar do tempo criaram uma que caminhava e adivinhe eu queria
uma destas. Não tive uma nem outra, mas brinquei muito com as que meus pais
podiam comprar e não faltaram brincadeiras criativas em minha infância. Tenho
lembranças muito boas.
Brincávamos
de criar peças de argila, de casinha e imitávamos com os primos os raros filmes
que assistíamos, pois não havia cinema, nem TV. As noites de lua cheia de verão
eram nossas preferidas para brincar de esconde-esconde. Em muitas noites, meu
pai, embora cansado, brincava com os filhos. Lembro-me dele deitado e nós todos
ao redor, pulando, brincando, puxando daqui, dali, pedindo cavalinho. Somos
cinco irmãos, mas nesta época o caçula era bebê.
Mesmo não
tendo as bonecas, minha infância foi maravilhosa. Tivemos dificuldades sim, mas
acredito que isso nos faz fortes, nos fez crescer e entender que não
precisávamos de coisas para ser feliz. A felicidade é algo que brota do nosso
interior.
Qual
história você tem para contar?
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